«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

sábado, 26 de setembro de 2020

26º Domingo do Tempo Comum – Ano A – Homilia

 Evangelho: Mateus 21,28-32

 Para ouvir a narração deste Evangelho, clique sobre a imagem abaixo: 

O Importante é Fazer não Falar

Depois da entrada de Jesus em Jerusalém e a violenta expulsão dos comerciantes do Templo (Mt 21,1-27), a grande «parodia do poder», o evangelho de Mateus coloca três parábolas tremendas, todas elas dirigidas contra os dirigentes religiosos (não contra o povo de Israel):

a) a parábola dos dois filhos (Mt 21,28-32);

b) a dos vinhateiros homicidas (Mt 21,33-46);

c) a do banquete do Reino (Mt 22,1-14).

Com essas parábolas, Jesus provoca mais tensão na situação de enfrentamento com os responsáveis pela religião. E chega ao ponto de lhes dizer que eles são:

1) os que não fazem aquilo que Deus quer;

2) os que se apoderaram do poder e assassinam aqueles que lhes estorvam;

3) os que não entrarão no banquete de Deus. 

Compreende-se que, ali mesmo, quiseram matar Jesus (Mt 21,46a). E não o fizeram porque o povo estava da parte de Jesus e os homens do Templo tinham medo das pessoas (Mt 21,46b. Cf. Mc 11,18.32; 12,12; Mt 14,5; 21,26.46; Lc 20,19; 22,2). Aqueles homens tão religiosos, além de traidores, eram covardes. 

A parábola é imediatamente compreendida: 

A ética de Jesus não é a ética dos propósitos e das palavras, mas a ética dos fatos. 


Para Jesus o que «se diz» não conta; o que conta é o que «se faz». Sobretudo, quando o que se diz é exatamente o contrário do que se faz. Isso é o que aconteceu com os dois irmãos [da parábola deste domingo]. E é o que ocorre, tantas vezes, com a elite religiosa:

* em suas pregações falam contra o apego ao dinheiro, aqueles que se parecem com qualquer coisa, menos a um pobre;

* falam contra o orgulho aqueles que ocupam sedes de poder e honra;

* são severos censores do sexo aqueles que ocultam e protegem a delinquentes sexuais. 

Jesus acentua a sua denúncia ao afirmar que os grupos mais depreciados pela elite religiosa (publicanos e prostitutas) estão à frente dessa elite no caminho para o Reino. É de se notar que o verbo [grego] «proágousin» (Mt 21,31b) está no tempo presente, isto é, «agora» os publicanos e as prostitutas «vão à vossa frente» no caminho para o Reino. 

A juízo de Jesus, os mais recuados [atrasados] no caminho para Deus são, precisamente, os que acham estar à frente dos outros e aqueles que se veem a si mesmos como o exemplo a seguir.

 Traduzido do espanhol por Pe. Telmo José Amaral de Figueiredo. 

Fonte: CASTILLO, José María. La religión de Jesús: Comentario al evangelio diario – 2020. Bilbao: Desclée De Brouwer, 2019, páginas 346-347.

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