«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

domingo, 18 de agosto de 2019

SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

Evangelho: Lucas 1,39-56


Somos uma Igreja Servidora e Peregrina

O cântico de Maria (Magnificat) descreve o programa que Deus tinha começado a realizar desde o começo, que ele prosseguiu em Maria e que se cumpre agora na Igreja, para todos os tempos.

Pela Visitação que teve lugar na Judeia, Maria levava Jesus pelos caminhos da terra. Pela Dormição e pela Assunção, é Jesus que leva a sua mãe pelos caminhos celestes, para o templo eterno, para uma Visitação definitiva. Nesta festa, com Maria, proclamamos a obra grandiosa de Deus, que chama a humanidade a se juntar a ele pelo caminho da ressurreição.

Em Maria, Ele já realizou a sua obra na totalidade; com ela, nós proclamamos: «dispersou os soberbos, exaltou os humildes». Os humildes são aqueles que creem no cumprimento das palavras de Deus e se põem a caminho, aqueles que acolhem até ao mais íntimo do seu ser a Vida nova, Cristo, para o levar ao nosso mundo. Deus debruça-se sobre eles e cumpre neles maravilhas.

José María Castillo
Teólogo católico espanhol

Maria:
Deus atua na história destronando os fortes e poderosos,
exaltando os humildes

Nem no Novo Testamento, nem nos primeiros séculos da vida da Igreja, há testemunhos sobre a assunção de Maria aos céus. Os primeiros dados que se conhecem sobre a festa litúrgica da Assunção datam do século VI.

A crença na Assunção se foi impondo na Idade Média. O Papa Pio XII definiu esta crença, como dogma de fé, em 1 de novembro de 1950, após uma consulta aos bispos do mundo inteiro, que afirmou a fé da Igreja na Assunção de Maria.

O conteúdo desta festividade é a crença em que Maria, a mãe de Jesus, «terminado o curso de sua vida mortal, foi assunta em corpo e alma à glória celestial» (Pio XII). O mais lógico é que Maria morreu, o que alguns teólogos já chegaram a negar. O conteúdo do dogma católico se centra na crença de que Maria vive glorificada, também em sua corporalidade, com o Senhor.

Uma vez que, a crença na vida depois da morte transcende a história, esta festividade é uma ocasião privilegiada para que a memória do que foi a vida de Maria neste mundo sirva para fortalecer nossas convicções cristãs.

Maria foi uma mulher de fé, como diz Isabel no Evangelho de hoje. E essa fé a levou ao convencimento de que Deus atua na história:
* destronando os soberbos e poderosos, enquanto que
* enaltece aos humildes;
* aos famintos os enche de bens e
* aos ricos despede-os de mãos vazias.

Assim vivia a mãe de Jesus, Maria, a fé que a levou a educar seu filho segundo os critérios que, em seu ministério público, transmitiu às pessoas. Se Jesus mostrou, em sua vida, a preferência e sensibilidade que sempre teve para com as pessoas mais humildes, mais pobres e desamparadas deste mundo, isso ele aprendeu de sua mãe, que o educou nesses critérios e lhe inculcou essas convicções.

Concluindo...

Nossa fé em Jesus Cristo não combina com o sofá, com a poltrona, com o comodismo, o sedentarismo, a vida medíocre, vazia e sem significado que grande parte das pessoas vive hoje!

Ser cristão(ã), ser seguidor(a) de Jesus Cristo é ser alguém sempre em saída, sempre na estrada, sempre a caminho, ao encontro de todos aqueles e aquelas que precisam de nós!

Nesse sentido, fazem muito bem ao povo de Deus romarias, peregrinações, caminhadas e eventos semelhantes a esses! Eles ajudam o povo a se recordar que a fé de Jesus e a fé em Jesus nasceram e se nutriram da fé peregrina do povo judeu:
* no deserto, libertando-se do Egito;
* no exílio, sobrevivendo à opressão babilônica;
* na afronta e perseguição à sua fé provocada pelos gregos em sua dominação;
* na resistência pacífica e ativa de Jesus e dos cristãos aos romanos e sua falsa «paz».

Fontes: Dehonianos - Província Portuguesa dos Sacerdotes do Coração de Jesus – Liturgia – Ano A – Solenidades e Festas – Internet: clique aqui; CASTILLO, José María. La religión de Jesús: comentario al Evangelio diario – ciclo B (2017-2018). Bilbao: Desclée De Brouwer, 2017, páginas 293-294; Pe. Dr. Telmo José Amaral de Figueiredo.

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