«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

PROFESSORES FALTAM, EM MÉDIA, 29 DIAS POR ANO

Paulo Saldaña

O número de ausências de professores da rede municipal de São Paulo em 2013 se manteve na mesma média dos últimos quatro anos. No ano passado, os 61.855 docentes tiveram 1,77 milhão de ausências. É como se, na média, cada professor tivesse faltado 29 dias no ano. Em 2012, essa média foi de 28 dias.
Os índices são considerados preocupantes pela Prefeitura de São Paulo, que tem demonstrado esforço para tentar reduzi-los. Ações, como o novo cálculo do PDE, têm causado indisposição entre os professores. "Esse tipo de armadilha quebra a relação de confiança com a administração que já era mínima ou zero e leva à radicalização dos profissionais", informou em nota em seu site o Sindsep, um dos sindicatos dos servidores.
O número de ausências soma quase 15% do total de dias letivos de aula obrigatória. A maior parte das ausências é de licenças médicas, representando 43% do total de dias. Foram 769 mil dias de ausências desse tipo. Em seguida, aparecem as faltas - 27% do total.
Como os servidores podem abonar 10 faltas ao ano, esse tipo de ausência é a principal dessa categoria. Foram 366 mil.
Entre os nove tipos de registro de ausências da rede municipal, apenas dois apresentaram alta em relação a 2012 nos valores absolutos: as faltas injustificadas e as licenças por acidente de trabalho, que aumentaram 49%, chegando a 263 mil dias. Foi como se cada professor da rede se ausentasse 4 dias por ano por acidente de trabalho.
As condições de trabalho e da própria carreira são apontadas por vários especialistas como o maior motivo de ausências. É comum, por exemplo, que professores façam dupla jornada. A secretaria de Educação já anunciou medidas para atenuar os problemas de saúde, como mutirões de atendimento médico pela cidade.
A professora Sandra Beja, de 35 anos, tirou mais de 10 licenças médicas em 2013 por causa de depressão. "Ninguém fica doente porque quer", diz ela, que atua em uma creche na zona norte. "Eu não vi esse esforço de atendimento de saúde e preciso fazer meu tratamento em médico particular." 
PARA LEMBRAR
No Estado de São Paulo, o número de faltas de professores também é alto. Em 2012, cada um dos 230 mil professores faltou, em média, 21 dias de aulas usando licença-saúde. Se contabilizados os 6 dias extras de faltas abonadas que todos têm direito, a quantidade de ausências por ano chega a 27 dias. O governo gasta R$ 67 milhões por mês para suprir as ausências.
Fonte: O Estado de S. Paulo - Metrópole - Segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014 - Pg. A16 - Internet: clique aqui.
ANÁLISE
Falta é preocupação para toda sociedade
Anna Helena Altenfelder*
Anna Helena Altenfelder
Nossos professores vivenciam, no dia a dia das escolas, questões como déficit de formação, falta de condições de trabalho, esgotamento físico e mental, carreira pouco motivadora, remuneração insuficiente, políticas educacionais estabelecidas à revelia e perda de prestígio social. A análise do absenteísmo passa, portanto, por todos esses fatores.
São questões percebidas pelos professores como obstáculos, gerando imobilidade e um estranhamento entre o que idealizam para a sua atividade e o que de fato conseguem realizar. Resolver a questão do absenteísmo implica, assim, a formulação e implantação de políticas que superem esses obstáculos, o que exige investimento e envolvimento de diferentes setores.
A necessidade de priorização da educação nas políticas públicas é consenso no discurso, mas estamos longe de concretizá-la. O absenteísmo deve ser uma preocupação de toda sociedade, já que estudos comprovam o impacto sobre o desempenho dos alunos e, consequentemente, sobre a garantia do direito a aprendizagem. Não devemos perder de vista que esse deve ser o foco das políticas educacionais: garantir um ensino de qualidade para todos.
* SUPERINTENDENTE DO CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM EDUCAÇÃO (CENPEC).
Fonte: O Estado de S. Paulo - Metrópole - Segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014 - Pg. A16 - Internet: clique aqui.

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