«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

domingo, 16 de abril de 2023

O nosso catecismo ajuda a crer em Deus?

 O dinheiro tem um poder de sedução que falta ao mistério de Deus

 Santiago Agrelo

Franciscano espanhol, da Ordem dos Frades Menores, arcebispo emérito de Tanger 

DOM SANTIAGO AGRELO MARTÍNEZ

Hoje como ontem, aqueles que, vendo-te, o virem; aqueles que, reconhecendo-o em ti, se afeiçoarem a ele, encontrarão Jesus

Estes são tempos difíceis para a fé em Cristo Jesus.

Ele disse assim: “Você não pode servir a Deus e ao dinheiro”. E desde sempre até hoje, o Dinheiro tem um poder de sedução que falta ao mistério de Deus.

Aqueles que servem ao Dinheiro são a humanidade poderosa!

A seu lado, como cortejo necessário para a sua impressionante procissão, aglomera-se uma multidão de humanidade atraída e distraída pela sedução da tecnologia, a ilusão do espetáculo, a miragem da felicidade e uma mascote que o ajuda a iludir a solidão. 

Para além desse cortejo processional, fora de vista, há ainda outros, inumeráveis, os da rua, os da sarjeta, os dispensáveis, os últimos, os ninguém

Aquele mundo que escolheu servir ao Dinheiro, não quer saber de Jesus, mais ainda, precisa ignorar Jesus para não saber dos pobres, não saber das vítimas, não saber dos irmãos, não saber de si mesmo!

E você, Igreja em missão, saiba que é enviada a esse mundo escravizado, distraído e solitário; você sabe que este mundo precisa de Jesus. 

Se queres anunciar que Cristo Jesus vive e dá vida, não podes confiar a tua mensagem às palavras: são profanadas, prostituídas, perderam a cor da verdade. 

“Eles preferem esquecer o nome de Jesus” 

O mundo ao qual você se dirige também não é o mundo de Tomé, aquele discípulo que, para acreditar que Jesus vive, exige ver e sentir. Hoje, nem você que já crê nem o mundo indiferente à sua fé não serviriam ao convite de Jesus: “Ponha o dedo... coloca a mão”. Nada disso o levaria à fé: seria apenas um divertido show de ilusões. 

O mundo para onde vais com a tua mensagem, se não é aquele que crucificou Jesus, se não é aquele que o quer morto e sepultado, é o dos que preferem esquecer até o seu nome:

* Eu me pergunto se o seu catecismo ajuda a acreditar em Jesus.

* Eu me pergunto se o seu missal ajuda a conhecer Jesus.

* Pergunto-me se as suas procissões, as suas peregrinações, as suas devoções, os seus ritos conduzem a Jesus ou afastam-no dele. 

Eu me pergunto sobre a linguagem da fé. Como podeis dizer hoje: “Ponha o dedo... coloca a mão», para que se abram os olhos da fé às mulheres e aos homens deste vosso mundo, como ontem Tomé? O que podemos fazer para que a pedra rejeitada seja a pedra angular na vida de tantos que estão longe do Deus de Jesus? 

Hoje como ontem, aqueles que, vendo-te, o virem, encontrarão Jesus; aqueles que, reconhecendo-o em ti, se apegam a ele. 

Detalhe da pintura à óleo de CARAVAGGIO - "A incredulidade de São Tomé" (1601-2)

“Tudo deve ser comum” 

Hoje como ontem, aqueles que, vendo-te, reconhecem o reino de Deus presente, encontrarão Jesus; os que, vendo-te, confessam que o evangelho é pregado aos pobres; aqueles que, vendo-te, descobrem um mundo de homens e mulheres em comunhão, como naquela primeira comunidade em que “os que abraçavam a fé viviam todos juntos e tinham tudo em comum”.

Agora, como então, a fé deve ser comum, o pão comum, a oração comum. Tudo deve ser comum.

Comungar com Cristo Jesus: na comunhão com ele somos um com todos; na comunhão com ele somos evangelho para os pobres; na comunhão com ele tornamos o Reino de Deus presente no mundo

Comungar com Cristo Jesus para que você possa mostrar a Cristo Jesus. 

Feliz Domingo da Divina Misericórdia (2º Domingo de Páscoa – 16/04/2023)! 

Traduzido do espanhol por Pe. Telmo José Amaral de Figueiredo. 

Fonte: Religión Digital – Colunista – Sexta-feira, 14 de abril de 2023 –Internet: clique aqui (Acesso em: 16/04/2023).

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