«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Água morna

Dora Kramer
Candidatos à Presidência da República em 2014:
Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB)

O eleitorado já fez a parte que lhe cabe nessa altura: posicionou-se quanto ao que espera de quem venha a comandar o País nos próximos quatro anos, dizendo que deseja mudanças; um Brasil melhor, portanto:
  • Emprego, 
  • renda, 
  • devolução dos impostos na forma de bons serviços, 
  • oportunidades, 
  • representação política com um mínimo de qualidade, 
  • estabilidade nos preços, 
  • segurança e 
  • a elevação do grau de maturidade no diálogo entre Estado e sociedade.

Os candidatos a presidente da República, contudo, ainda estão devendo uma resposta à altura desses anseios. E que não peçam para cada cidadão ler atentamente os programas de governo registrados na Justiça Eleitoral.

A conquista da emoção e da razão do público se dá no ambiente da interlocução que consigam construir mostrando que estão identificados com os desejos e sabem exatamente como realizá-los. De preferência, pensando em algo que ainda não tenha ocorrido ao eleitor, mas que uma vez dito desperte o inconsciente coletivo.

Isso quer dizer ir além do óbvio, fazer a diferença e ousar com vontade de acertar. Hoje os principais concorrentes parecem todos na defensiva, com muito mais medo de errar.

O governo tentando se equilibrar na sua zona de conforto das realizações passadas e promessas vagas de "fazer mais" e a oposição igualmente genérica, não raro demagógica e temerosa de se confrontar com programas governamentais de resultado inócuo.

Um exemplo? Aécio Neves prometendo reformular o programa Mais Médicos. Segundo ele, vai rever as regras de contratação com o governo cubano. Conversa de mineiro, pois sabe perfeitamente bem que a questão da saúde pública não se resolve com a importação de profissionais.

Podemos citar também a proposta do candidato Eduardo Campos sobre o passe livre para estudantes do transporte público. Isso lá é assunto para pretendente à Presidência de uma República complexa como a do Brasil? A ideia aí é atrair a juventude. Sacada boa, porém óbvia demais e pequena ante a intenção de quem se propõe a dar um choque de renovação na política.

Esse poderia ser um bom tema para todos eles. Mas nenhum deles se atreve (no sentido original do termo, clarear as trevas) a propor algo de realmente inovador: a mudança do modelo das relações entre Executivo e Legislativo.

Eduardo Campos, em tese, propõe. Na prática, faz todo tipo de aliança na eleição e diz que isso é tática para tentar se eleger. Por que não seria para, se eleito, governar? Sobre a reforma política, nenhum dos três sai do lugar.

Dilma quer plebiscito e financiamento público, ambas sugestões inexequíveis; Aécio defende um voto distrital que sozinho não faz verão; Campos sobre o misto de financiamento público e privado junto com lista fechada e limitação de mandatos legislativos.

O eleitor só fica olhando enquanto nenhum deles dá uma palavra sobre voto obrigatório ou facultativo, porque não lhes interessa a quebra dessa reserva de mercado.

Carochinha

Uma graça a justificativa de suas excelências para a suspensão dos trabalhos legislativos até as eleições: livrar o contribuinte do risco da aprovação de propostas demagógicas que resultem em aumento de gastos públicos.

Quanto a obrigar o contribuinte a pagar-lhes os salários enquanto cuidam das respectivas vidas políticas no lugar de exercer o mandato, os congressistas já não têm restrições.

Ademais, se a preocupação com o populismo é assim tão séria, bastaria que os líderes partidários usassem o mesmo poder que tiveram de suspender as sessões deliberativas para derrubar por votação simbólica as tais propostas demagógicas.

Vitamina

Quanto mais se noticia o afastamento entre a presidente Dilma e o coordenador de internet da campanha, Franklin Martins, mais os dois se reaproximam.

Fonte: O Estado de S. Paulo – Política – Sexta-feira, 18 de julho de 2014 – Pg. A6 – Internet: clique aqui.

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