«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Crise de água em SP: outro sistema entra em colapso

Fernando Brito
Blog Tijolaço
 
Represa de Jundiaí (SP) - integrante do Sistema Alto Tietê
Salvo uma reportagem ou outra, pouco tem sido dito sobre o “segundo front da seca” que ameaça São Paulo.

O Sistema Alto Tietê está secando cada vez mais rápido.

O segundo maior complexo de reservatórios destinados ao abastecimento da Grande São Paulo, que está servindo como “complemento” para áreas antes conectadas ao Sistema Cantareira, para reduzir a retirada de água na situação de emergência em que este se encontra, não está suportando nem o acréscimo inicial feito há meses e, muito menos, as novas sangrias feitas a partir do novo agravamento da crise.

O Tietê representa metade da produção do Cantareira e leva 15 m³/s à estação de Taiaçupeba.

A queda no sistema passou de 0,1% (meio bilhão de litros) por dia para 0,2% e, nos últimos dias, já bateu em 0,3%, ou 1,5 bilhão de litros a menos, diariamente.

Restam 24,3% dos reservatórios, ou cerca de 100 bilhões de litros.

O estado da represa de Jundiaí é este que você vê aí na foto [acima].

E a situação é o que descreve a repórter Sabrina Pacca, num relato do qual transcrevo um trecho de poucos dias atrás, publicado há dias:
Sabrina Pacca
Repórter do jornal "Diário de Mogi"

«É desolador o cenário das cinco barragens que compõem o Sistema Produtor Alto Tietê (Spat). Uma imensidão de área, antes alagada, hoje vazia. A sensação, em alguns pontos, é de se observar um pântano. Em outros, de caatinga. Os peixes desapareceram, para desgosto dos pescadores. Moradores já se veem podendo usar, a pé ou a cavalo, antigas estradas que estavam debaixo d´água há mais de 20 anos e que, com a estiagem, reapareceram, a exemplo da barragem do Rio Jundiaí, onde a realidade é a mais impressionante delas.

Pela terceira vez, nesse semestre, a reportagem de “O Diário” percorreu as cinco represas do Spat. Elas nunca estiveram tão secas e as comunidades que vivem no entorno nunca estiveram tão assustadas. Parece que o temor pela falta de água nas torneiras tomou conta daquelas pessoas, mais próximas a essas paisagens angustiantes.

“Todo mundo deveria visitar aqui. A Prefeitura deveria fazer excursões. Só vendo o que a gente vê, todos os dias, para que se tome consciência de que a água vai acabar mesmo e que vamos sofrer demais. É o sinal do fim dos tempos e está na Bíblia. Não tem jeito, a gente tem que economizar, pelo amor de Deus”, rogou o borracheiro, Elias Souza Alves, de 55 anos, que trabalha às margens da represa de Taiaçupeba, em Jundiapeba, que tem uma área de inundação de 19,36 km². (…)»

Como se trata da água que vai abastecer uma “pequena cidade”, São Paulo, e pouquíssima gente, apenas 4,5 milhões de pessoas, a gente tem de recorrer ao bravo Diário de Mogi, onde trabalha a repórter, e a seu fotógrafo Edson Martins, para ver e entender o que está se passando.

Não é assunto para um Jornal Nacional, não é?

Fonte: OUTRAS PALAVRAS – Outras Mídias – 14 de Julho de 2014 – Internet: clique aqui.

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