«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

CRESCE O ANALFABETISMO RELIGIOSO

O autor da Bíblia? ''Moisés''.
E isso não acontece somente por lá!!!

Vera Schiavazzi
La Repubblica
27-08-2013
Paolo Naso - cientista político e da religiões

Apenas em cada três italianos sabe dizer a quem são atribuídos os Evangelhos. Esse é um dos (muitos) dados que testemunham – na pesquisa da Eurisko GFK encomendada pela Igreja Valdense – a extraordinária ignorância dos italianos em matéria religiosa.

Embora 90% afirmem ter recebido uma educação "católica", e 50,9% declarem rezar "regularmente" (mesmo que apenas 11% frequentam a igreja e apenas 29% pegam a Bíblia nas mãos fora das celebrações litúrgicas). Metade dos entrevistados acreditam que quem escreveu o livro mais famoso do mundo foi Jesus (20%) ou Moisés (26%); 41% sabem citar apenas um dos dez mandamentos; 17% não lembram nem o fundamental "não matar".

Ideias mais do que nunca confusas também sobre as três virtudes teologais, viga central de todo ensinamento catequético: apenas 17,2% lembra "fé, esperança e caridade". Talvez por estarem conscientes do seu analfabetismo religioso, 56% dos italianos são a favor de aulas sobre as várias religiões e não apenas a católica. Ainda mais alto é o número daqueles que admitem que quem poderia ensinar religião são professores de várias religiões ou de nenhuma religião, contanto que estejam "preparados". Mas o fato é que hoje as informações sobre as "outras religiões" são adquiridas mais na paróquia (43%) do que na escola ou nas universidades (25%) e através dos meios de comunicação (29%).

Esse interesse é confirmado pelo fato de que 63% dos italianos se dizem a favor da abertura de mesquitas. Quanto à ética, os italianos confirmam escolhas autônomas e, às vezes, contrapostas às da cúpula eclesiástica: isso com relação ao reconhecimento dos casais gays (sim para 63%), com relação ao testamentos biológicoS (sim para 74,5%) e para a inseminação heteróloga (65%).

"Esses dados – comenta o cientista político Paolo Naso, que coordenou a apresentação no debate dessa segunda-feira – ressaltam como os jovens são muito mais "analfabetos" do que os seus pais, embora 87% dos entrevistados declaram ter se valido do ensino da religião católica na escola. E, com efeito, é acima de tudo a paróquia que é indicada como o lugar onde se podem obter informações sobre outras religiões".

Há muito a fazer, portanto, "tanto dentro das confissões individuais, quanto nas instituições, porque, como também mostrou a experiência francesa, a laicidade não pode ser a da ignorância, mas sim a da competência".

Tradução do italiano por Moisés Sbardelotto.

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos - Notícias - Quarta-feira, 28 de agosto de 2013 - Internet: http://www.ihu.unisinos.br/noticias/523131-o-autor-da-biblia-moises-o-crescimento-do-analfabetismo-religioso

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