«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

ELEIÇÕES 2014 - ALGUNS NÚMEROS INTERESSANTES...

Disputa teve 26% do eleitorado sem candidato

Fernando Torres
Valor Econômico

A presidente Dilma Rousseff (PT) foi reeleita ontem recebendo apoio de 38,2% dos 142,8 milhões eleitores brasileiros aptos a votar. Trata-se do menor percentual já registrado em disputas que foram ao segundo turno depois da redemocratização do país.
Quando ganhou as eleições de 2010, Dilma havia recebido apoio de 41,1% do eleitorado. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve 45,8% em 2002 e 46,3% em 2006. Em 1989, Fernando Collor obteve 42,8%.

O percentual baixo de apoio a Dilma se justifica pela combinação da disputa acirrada com o rival Aécio Neves (PSDB), que atraiu 35,7% do total de votos, e um nível ainda elevado de eleitores que não compareceram às seções, votaram em branco ou anularam seus votos. Ao todo, 26,1% do eleitorado, ou 37,2 milhões de brasileiros não escolheram candidato neste domingo.

Mantendo o comportamento verificado em todos os anos em que houve disputa de segundo turno para presidente, o nível de abstenção cresceu na segunda etapa. O índice de não comparecimento havia sido de 19,4% no dia 5 de outubro e aumentou para 21,1% na eleição de ontem, alcançando um total de 30,1 milhões de brasileiros.

Esse crescimento no segundo turno é justificado pela ausência da disputa local, que às vezes estimula mais o interesse do eleitor, além da proibida, mas sabidamente existente, prática de transporte de eleitores, que ocorre com mais frequência quanto há eleição para o legislativo.

Cabe notar, entretanto, que o índice registrado foi inferior aos 21,5% apurados no segundo turno das eleições de 2010.

Vale realçar, também, que o não comparecimento do eleitor às seções eleitorais não é interpretado pelos especialistas apenas como um sinal de protesto do eleitor, mas também decorrência da desatualização do cadastro dos Tribunais Regionais Eleitorais, que não é "limpo" de eleitores que já morreram ou não estão mais em seus domicílios eleitorais e não transferiram seus títulos. Isso fica bastante evidente quando se nota que há variações relevantes de abstenção entre diferentes Estados da federação.

Em relação aos votos em branco e nulos, também se confirmou o comportamento histórico, com redução dos percentuais na comparação entre o primeiro e o segundo turno. Os votos em branco caíram de 3,8% para 1,7% e os votos nulos diminuíram de 5,8% para 4,6%. De forma consolidada, o total de "votos inválidos" saiu de 9,6% para 6,3% entre o primeiro e o segundo turno da eleição. Em termos absolutos, o nível de votos nulos e em branco caiu de 11 milhões para 7 milhões.

Os especialistas indicam que essa redução ocorre porque, na segunda etapa da eleição, e em especial nessa, a rejeição por um dos candidatos acaba fazendo com que eleitor escolha um lado.

Um dado importante, e que talvez possa ser atribuído ao acirramento dos ânimos durante esta eleição, é que o percentual de "votos inválidos" deste segundo turno ficou abaixo do índice de 6,7% registrado na segunda etapa da disputa em 2010, interrompendo uma sequência de elevação que se verificava desde a eleição presidencial de 1989, quando foi de 5,83%.

Em uma repetição do que ocorreu na última eleição, o Estado do Maranhão registrou o maior índice de abstenções do país, com mais de 27%. Já do outro lado apareceu o Distrito Federal, com um índice de apenas 12,6% de falta de eleitores.

A maior soma de brancos e nulos ocorreu no Rio de Janeiro. Do total de eleitores que foram às urnas naquele Estado, 13,3% votaram em branco ou nulo neste segundo turno. No primeiro turno, o Rio de Janeiro também havia apresentado índice elevado nesse quesito, com 13,9%, atrás apenas do Rio Grande do Norte, que havia registrado 14,0% de brancos e nulos e agora viu o índice recuar para 10,3%. Os menores índice de "votos inválidos" neste segundo turno ocorreram no Acre, com 3,0% e no Mato Grosso do Sul, com 3,2%.

A maior queda na incidência de votos em branco e nulos ocorreu em Alagoas, com o índice recuando de 12,6% para 5,5% entre o primeiro e o segundo turno.

Já no sentido contrário apareceu o Distrito Federal, em que a soma de brancos e nulos alcançou 8%, 2 pontos percentuais acima do registrado no dia 5. Vale notar que a candidata Marina Silva (PSB) obteve 33,7% dos votos válidos em Brasília no primeiro turno - ficando em segundo lugar e apenas 0,2 ponto percentual atrás de Aécio Neves -, enquanto os "nanicos" receberam 4,8%, um dos índices mais altos do país.

No Estado de São Paulo, o maior do país, 6,5 milhões de eleitores, do total de 31,98 milhões aptos a votar, não foram às urnas ontem, com índice de abstenção próximo à média nacional, em 20,5%. No primeiro turno, a ocorrência de faltas havia sido de 19,5%.

Já o percentual de votos em branco e nulo teve redução importante no Estado. Em termos percentuais, recuou de 10,8% no dia 5 de outubro para 6,4% na disputa de ontem. No total, 1,6 milhões de "paulistas" deram 'votos inválidos" ontem, ante 2,7 milhões no primeiro turno.

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos – Notícias – Segunda-feira, 27 de outubro de 2014 – Internet: clique aqui.

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