«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Impacto de desastres naturais recai sobre pobres

JAMIL CHADE

Em 10 anos, 2 bilhões de pessoas pelo mundo foram afetadas,
mas só 4% das vítimas foram registradas nos países ricos
FILIPINAS - 8 DE NOVEMBRO DE 2013
Mais de 5.600 pessoas morreram, 26 mil sofreram ferimentos e milhões ficaram desabrigadas,
após a passagem do tufão Haiyan.
 
Chove mais forte nos países pobres que nos ricos? A seca é mais intensa nas áreas miseráveis do mundo que nos grandes centros de poder? Se as mudanças climáticas atingem todo o planeta, sem distinção de fronteira ou regime político, um levantamento de uma década de desastres naturais revela que são os pobres os que mais morrem e sofrem com enchentes, secas ou furacões. Mas o problema não são os eventos climáticos, mas a própria pobreza.

Em dez anos, 2 bilhões de pessoas em todo o planeta foram atingidos por desastres naturais, um volume recorde e que mostra o impacto de eventos extremos como chuvas, secas ou furacões. Os dados estão sendo publicados hoje [16/outubro] pela Federação Internacional da Cruz Vermelha que indica que, apenas em 2013, 100 milhões de pessoas foram afetadas.

Segundo o levantamento da entidade, entre 2004 e 2013, foram mais de 6,5 mil desastres naturais registrados em todo o planeta e em todos os continentes. As mortes em todo o mundo também batem recordes. Na última década, o número de vítimas fatais superou a marca de 1 milhão.

Mas o que os números revelam é que não são apenas os tufões ou inundações que explicam as mortes. Metade delas foram registradas nos 40 países mais pobres do mundo, com mais de 500 mil mortes. Os 50 países ricos do mundo, porém, somaram apenas 4% das vítimas fatais.

Os países mais pobres representam ainda 82% das mortes por tempestades e 61% das mortes por secas.

Em termos gerais, os 50 países mais ricos do mundo representam apenas 2% das pessoas afetadas pelos desastres.

Se o custo humano de um desastre é relativamente pequeno nos países ricos, o custo econômico é de grandes proporções. Em dez anos, os desastres naturais custaram à economia mundial US$ 1,66 trilhão.

Só em 2013 o custo chegou a US$ 119 bilhões, ainda que distante dos US$ 391 bilhões de 2011.

Desse total, US$ 1,1 trilhão de perdas foram geradas nos países ricos, onde tudo está segurado. Na África, porém, o custo financeiro dos desastres foi de apenas 0,4% do total. Nos países pobres, o volume chegou a meros US$ 51 bilhões.

Geografia

Pelo tamanho de sua população, a Ásia concentrou 1,6 bilhão da população afetada no mundo pelos desastres naturais. Nas Américas, o número chegou a 90 milhões.

No total, 7 milhões de brasileiros foram afetados por desastres desde 2004. Mas o número reflete uma diminuição do número de pessoas impactadas. Na década anterior, de 1994 a 2003, o número de brasileiros que sofreu com chuvas, secas ou inundações superou a marca de 22 milhões de pessoas.

Se o total da população afetada caiu, o número de mortos no Brasil subiu de forma importante. Entre 1994 e 2003, foram 2,4 mil mortes. Uma década depois, a taxa subiu para 3,7 mil, o que coloca o País na 13a posição entre os locais que mais registraram mortes por conta desses desastres naturais.

Em 2013, 383 brasileiros morreram por conta de desastres e cerca de 261 mil pessoas foram impactadas pelo País.

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Fonte: ESTADÃO.COM.BR – Sustentabilidade – 16 de outubro de 2014 – 00h38 – Internet: clique aqui.

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