«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

ELEIÇÕES: QUEM PAGOU A CONTA?

Trinta grupos concentram doações à Câmara

Daniel Bramatti, José Roberto de Toledo e Rodrigo Burgarelli

 Estudo mostra de onde vieram contribuições a deputados eleitos para a próxima legislatura; JBS é a companhia que mais ajudou candidatos
Fonte: Transparência Brasil
 
Três dezenas de grupos empresariais doaram 63% do dinheiro recebido de empresas pelos deputados federais eleitos no domingo, dia 5. A concentração dos doadores fica evidente em levantamento feito pela Transparência Brasil, com base na segunda prestação de contas de campanha dos candidatos - e obtido com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo. O prazo final para a contabilidade definitiva das candidaturas só sai em novembro.

No total, os 513 deputados eleitos para a próxima legislatura declararam ter recebido R$ 168,3 milhões até a segunda parcial em doações para a campanha, feitas por 1.916 empresas. As 30 empresas que doaram praticamente R$ 2 em cada R$ 3 correspondem a apenas 1,5% do total de doadores que contribuíram para os candidatos que vão tomar posse em fevereiro de 2015. Elas doaram, no total dessa parcial, R$ 105,4 milhões para esses políticos.

"Essas empresas terão um poder de influência sobre os deputados eleitos desmesuradamente maior em comparação com outros doadores", afirmou o diretor executivo da Transparência Brasil e autor do estudo da ONG, Claudio Weber Abramo. "É dessa desigualdade que nasce o perigo de os beneficiários das doações acederem a pressões de seus principais financiadores, no sentido de atenderem a seus interesses no exercício do mandato."
Fonte: Transparência Brasil
 
Ranking

Por enquanto, a JBS é o maior financiador dos parlamentares eleitos. Até setembro, os deputados haviam recebido R$ 27 milhões do grupo que é dono de marcas como Friboi e Seara. As novas bancadas do PTB (R$ 8,3 milhões), do PP (R$ 7,3 milhões) e do PR (R$ 5,5 milhões) foram as principais beneficiadas.

Mas deputados de outros oito partidos também receberam da JBS. Ela doou R$ 1 de cada R$ 4 dos R$ 105 milhões recebidos pelos parlamentares eleitos das 30 maiores financiadoras de campanha.

Além da JBS, só outros dois grupos doaram mais do que R$ 10 milhões. O segundo nessa lista foi a OAS, com R$ 14,5 milhões em contribuições para os novos deputados. A empreiteira ajudou a eleger congressistas de nove partidos, com destaque para o PT (R$ 10 milhões em doações para os deputados petistas eleitos no domingo).

No total, nove empreiteiras de obras públicas estão na lista das 30 maiores doadoras - outras que se destacam são a Queiroz Galvão (R$ 3,5 milhões doados), UTC Engenharia (R$ 3,1 milhões) e a Odebrecht (R$ 2,5 milhões).
Fonte: Transparência Brasil
 
Limite

Em terceiro lugar, ainda entre as que contribuíram com mais de R$ 10 milhões, estão as empresas do Grupo Vale. Foram doados R$ 11,2 milhões a deputados eleitos por 13 partidos. Os maiores beneficiários foram os parlamentares do PMDB (R$ 3,1 milhões).

Em seguida, vêm a Ambev [fabricante de bebidas], com R$ 5,2 milhões. A empreiteira Queiroz Galvão foi a quinta maior doadora para a nova legislatura da Casa.

A concentração das doações por poucas empresas, segundo Abramo, deve-se a uma falha nas normas que regulam o sistema de financiamento eleitoral no Brasil. "O pior defeito é a ausência de um limite absoluto para as doações que uma empresa pode fazer. Basta derramar bastante dinheiro na eleição de alguém para a empresa garantir um poder de influência muito superior aos demais doadores", disse Abramo.
Claudio Weber Abramo - Diretor-Executivo da ONG Transparência Brasil
 
Efetividade

A Transparência Brasil também calculou o índice de efetividade das doações das empresas para os candidatos a deputado federal. Esse índice mostra qual foi o porcentual de doações de cada grupo empresarial para candidatos que acabaram eleitos para o novo parlamento - algo como uma “taxa de sucesso” das contribuições eleitorais.

Entre os três maiores grupos citados, a JBS também é a líder em relação à efetividade nas doações - 86% do que foi doado pela empresa acabou nas contas de candidatos eleitos. O Grupo Vale teve porcentual parecido de sucesso: 84%. Já a OAS, segunda maior doadora para os candidatos eleitos no total, teve índice de efetividade de 72%. Algumas empresas que fizeram menos doações tiveram efetividade de 100%, como a Telemont.

Fonte: O Estado de S. Paulo – Política – Sexta-feira, 10 de outubro de 2014 – Pg. A12 – Internet: clique aqui.

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