Vendendo ilusões: não caia nessa!

 Sergio Moro, o candidato coach

 Mariliz Pereira Jorge

Jornalista e roteirista de televisão

 

O Brasil não aguenta mais amadores

Quando vejo gente disposta a votar em Sergio Moro para presidente entendo o sucesso do coach que convenceu 60 pessoas despreparadas a subir os 2.400 metros do Pico dos Marins, interior de São Paulo. A metade que chegou ao cume precisou ser resgatada, uma epopeia de nove horas, que evitou uma tragédia, segundo os bombeiros. 

O curso vendido por Pablo Marçal, chamado de «O pior ano de suas vidas», incluía essa expedição. Marçal em sua conta no Instagram escreveu, «só conquista o topo dessa montanha quem está disposto a entregar todos os recursos durante o caminho. Sangue, suor, lágrimas e gordura. O que te impede de viver aventuras como essa?». 

Não ser trouxa me parece uma boa razão. Isso inclui não cair no papo furado de coaches e não votar em aventureiros. Sergio Moro é um pré-candidato que se encaixa nas duas categorias. Curso de oratória e fonoaudiologia são parte do verniz. O despreparo ele tenta camuflar levando para o seu entorno nomes palatáveis a quem se deixa iludir. É a pegadinha do Posto Ipiranga. Cai quem quer.

Não há nada no histórico de Sergio Moro que o habilite à Presidência.

Entendo que depois de Jair Bolsonaro haja quem considere qualquer coisa melhor. Moro não é melhor, e qualquer tentativa de um plano seu de governo poderia ser batizada de «Os piores anos de sua vida – Parte 2». O Brasil não aguenta mais amadores. Não temos mais quatros anos para desperdiçar com aventureiros. Moro já deixou claro que é exatamente isto: amador e aventureiro.

A frase da camiseta, nesta montagem fotográfica, é: "In Moro we trust", que significa: "Em Moro nós confiamos". Quem confia? Os norte-americanos, obviamente!

O ex-juiz precisa dar um rumo na vida depois de ter encerrado sua carreira no Judiciário para integrar um governo fascista e incompetente. Mas o que ele oferece como candidato é uma jornada sem equipamentos de segurança por uma trilha com histórico de acidentes fatais, em que o eleitor tem que dar «sangue, suor, lágrimas» e o resgate só chegará depois de quatro anos. 

Mas Sergio Moro representa algo muito pior: a clara intervenção norte-americana no Brasil em favor de seus interesses e contra os nossos!

Para saber mais e melhor sobre isso, clique sobre a imagem abaixo, e assista ao vídeo disponível, na íntegra:

Fonte: Folha de S. Paulo – Opinião/Colunas e Blogs – Quarta-feira, 12 de janeiro de 2022 – Pág. A2 – Internet: clique aqui (Acesso em: 13/01/2022).

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