Fundamentalismo evangélico e integralismo católico
Antonio
Spadaro & Marcelo Figueroa*
La
Civiltà Cattolica
Edição
4.010, julho de 2017
Um «ecumenismo do ódio»!
Por isso, é preciso combater a manipulação dessa
temporada de
ansiedade e de insegurança
PAPA FRANCISCO E DONALD TRUMP Encontro entre o pontífice e o presidente dos Estados Unidos ocorrido em 24 de maio de 2017 Cidade do Vaticano |
In God We Trust: esta é a frase impressa
nas notas dos Estados Unidos da América, que é também o atual lema nacional.
Ele apareceu pela primeira vez em uma moeda em 1864, mas não se tornou oficial
até a aprovação de uma resolução conjunta do Congresso em 1956. Ela significa: “Em Deus nós confiamos”. E é um lema
importante para uma nação que, na raiz da sua fundação, também tem motivações
de caráter religioso. Para muitos, trata-se de uma simples declaração de fé,
para outros é a síntese de uma problemática fusão entre religião e Estado,
entre fé e política, entre valores religiosos e economia.
Religião, maniqueísmo político e culto do apocalipse
Especialmente em alguns governos dos Estados
Unidos das últimas décadas, notou-se o papel
cada vez mais incisivo da religião nos processos eleitorais e nas decisões
de governo: um papel também de ordem moral na identificação do que é bom e do
que é mau.
Às vezes, essa interpenetração entre
política, moral e religião assumiu uma linguagem
maniqueísta que subdivide a realidade entre o Bem absoluto e o Mal
absoluto. De fato, depois que Bush, no seu tempo, falou de um “eixo do mal” a ser enfrentado e fez
referência à responsabilidade de “libertar
o mundo do mal” após os eventos do 11 de setembro de 2001, hoje, o
presidente Trump dirige a sua luta contra uma entidade coletiva genericamente
ampla, a dos “maus” (bad) ou até “muito maus” (very bad). Às vezes, os
tons usados em algumas campanhas pelos seus partidários assumem conotações que
poderíamos definir como “épicas”.
Essas atitudes
se baseiam nos princípios fundamentalistas cristão-evangélicos do início do
século passado, que gradualmente se radicalizaram. De fato, passou-se de uma
rejeição de tudo o que é “mundano”, como a política era considerada, à busca de
uma influência forte e determinada daquela moral religiosa sobre os processos
democráticos e sobre os seus resultados.
LYMAN STEWART |
O termo “fundamentalismo
evangélico”, que hoje pode se assemelhar a “direita evangélica” ou “teoconservadorismo”,
tem as suas origens nos anos 1910-1915. Naquela época, um milionário do sul da
Califórnia, Lyman Stewart, publicou
12 volumes intitulados “Os Fundamentos”
(Fundamentals). O autor tentava
responder à “ameaça” das ideias modernistas da época, resumindo o pensamento
dos autores dos quais ele apreciava o apoio doutrinal. Desse modo, ele
exemplificava a fé evangélica quanto aos aspectos morais, sociais, coletivos e
individuais. Vários expoentes políticos
e também dois presidentes recentes, como Ronald Reagan e George W. Bush, foram
seus admiradores.
O pensamento das coletividades sociais
religiosas inspiradas em autores como Stewart
considera os Estados Unidos como uma
nação abençoada por Deus e não hesita em basear o crescimento econômico do
país na adesão literal à Bíblia. Ao longo dos anos mais recentes, ele também se
alimentou da estigmatização de inimigos
que são, por assim dizer, “demonizados”.
No universo que ameaça o seu modo de entender
o American way of life [trad.: modo de vida americano], alternaram-se
ao longo do tempo:
* os espíritos modernistas,
* os direitos dos escravos negros,
* os movimentos hippies,
* o comunismo,
* os movimentos feministas e assim por diante, até chegar, hoje,
* aos migrantes e
* aos muçulmanos.
Para sustentar o nível do conflito, as suas exegeses bíblicas sempre se
empurraram cada vez mais para leituras descontextualizadas dos textos do Antigo
Testamento sobre a conquista e sobre a defesa da “terra prometida”, em vez
de serem guiados pelo olhar incisivo e cheio de amor do Jesus dos Evangelhos.
Dentro dessa narrativa, o que impulsiona ao
conflito não é banido. Não se considera
o vínculo existente entre capital e lucros e a venda de armas. Ao
contrário: muitas vezes a própria guerra
é assimilada às heroicas ações de conquista do “Deus dos exércitos” de Gideão e
de Davi. Nessa visão maniqueísta, as armas, portanto, podem assumir uma
justificação de caráter teológico, e não faltam ainda hoje pastores que buscam,
por isso, um fundamento bíblico, usando trechos da Sagrada Escritura como
pretextos fora de contexto.
Outro aspecto interessante é a relação que
essa coletividade religiosa, composta principalmente por brancos de extração popular do profundo Sul estadunidense, tem com
a “criação”. Há como que uma espécie
de “anestesia” em relação aos desastres ecológicos e aos problemas gerados
pelas mudanças climáticas. O
“dominionismo” que professam – que considera os ecologistas como pessoas
contrárias à fé cristã – afunda as suas raízes em uma compreensão literal dos
relatos da criação do livro do Gênesis, que coloca o ser humano em uma
situação de “domínio” sobre a criação, enquanto esta última permanece submetida
ao seu arbítrio em bíblica “sujeição”.
Nessa visão teológica, os desastres naturais, as dramáticas mudanças climáticas e a crise ecológica global não só não são
percebidos como um alarme que deveria induzi-los a rever os seus dogmas, mas,
ao contrário, são sinais que confirmam a
sua concepção não alegórica das figuras finais do livro do Apocalipse e a sua
esperança em “novos céus e nova terra”.
Trata-se de uma fórmula profética: combater
as ameaças aos valores cristãos estadunidenses e esperar a iminente justiça de
um Armagedom, uma prestação de contas final entre o Bem e o Mal, entre Deus e
Satanás. Nesse sentido, todo “processo”
(de paz, de diálogo etc.) desmorona diante da iminência do fim, da batalha
final contra o inimigo. E a comunidade dos fiéis, da fé (faith), torna-se a comunidade dos
combatentes, da batalha (fight).
Tal leitura
unidirecional dos textos bíblicos pode levar a anestesiar as consciências ou a
apoiar ativamente as situações mais atrozes e dramáticas que o mundo vive fora das
fronteiras da própria “terra prometida”.
ROUSAS JOHN RUSHDOONY |
O pastor Rousas
John Rushdoony (1916-2001) é o pai do chamado “reconstrucionismo cristão” (ou “teologia dominionista”), que teve grande impacto na visão teopolítica
do fundamentalismo cristão. Ela é a doutrina que alimenta organizações e redes
políticas como o Council for National
Policy e o pensamento dos seus expoentes, como Steve Bannon, atual chief
strategist da Casa Branca e defensor de uma geopolítica apocalíptica [1].
“A primeira coisa que devemos fazer é dar voz
às nossas Igrejas”, dizem alguns. O real significado desse tipo de expressões é
que se espera a possibilidade de influenciar na esfera política, parlamentar,
jurídica e educacional, para submeter as
normas públicas à moral religiosa.
A doutrina de Rushdoony, de fato, defende
a necessidade teocrática de submeter o Estado à Bíblia, com uma lógica nada
diferente daquela que inspira o fundamentalismo islâmico. No fundo, a narrativa
do terror que alimenta o imaginário dos jihadistas e dos neocruzados bebe de
fontes não muito distantes entre si. Não
devemos esquecer que a teopolítica propagandeada pelo Estado Islâmico se fundamenta
no mesmo culto de um apocalipse a ser apressado o mais rápido possível. E,
portanto, não é por acaso que George W. Bush foi reconhecido como um “grande
cruzado” precisamente por Osama bin Laden.
Teologia da prosperidade e retórica da liberdade religiosa
Outro fenômeno relevante, ao lado do
maniqueísmo político, é a passagem do original pietismo puritano, baseado em “A ética protestante e o espírito do
capitalismo”, de Max Weber, à “teologia da prosperidade”, propugnada
principalmente por pastores milionários
e midiáticos, e por organizações missionárias com uma forte influência
religiosa, social e política. Eles anunciam um “evangelho da prosperidade”, para o qual Deus quer que os fiéis
estejam:
* fisicamente saudáveis,
* materialmente ricos e
* pessoalmente felizes.
É fácil notar como algumas mensagens das campanhas eleitorais e as suas semióticas abundam
em referências ao fundamentalismo evangélico. Acontece, por exemplo, de ver
imagens em que líderes políticos aparecem triunfantes com uma Bíblia nas mãos.
NORMAN VINCENT PEALE |
Uma figura relevante, que inspirou
presidentes como Richard Nixon, Ronald Reagan e Donald Trump, é o pastor Norman Vincent Peale (1898-1993), que
oficiou o primeiro casamento do atual presidente e o funeral dos seus pais. Ele
foi um pregador de sucesso: vendeu milhões de cópias do seu livro “O poder do pensamento positivo” (1952),
repleto de frases como: “Se você acreditar em algo, você irá obtê-lo”, “Se você
repetir ‘Deus está comigo, quem está contra mim?’ nada vai pará-lo”, “Imprima
em sua mente a sua imagem de sucesso, e o sucesso chegará”, e assim por diante.
Muitos televangelistas da prosperidade
misturam marketing, direção estratégica e pregação, concentrando-se mais no SUCESSO
PESSOAL do que na salvação ou na vida eterna.
Um terceiro elemento, ao lado do maniqueísmo
e do evangelho da prosperidade, é uma forma particular de proclamação da defesa
da “liberdade religiosa”. A erosão
da liberdade religiosa é claramente uma grave ameaça dentro de um secularismo
galopante. No entanto, é preciso evitar que a sua defesa ocorra ao ritmo dos
fundamentalistas da “religião em liberdade”, percebida como um desafio virtual direto à laicidade do
Estado.
O ecumenismo fundamentalista
Aproveitando-se dos valores do
fundamentalismo, está se desenvolvendo uma estranha forma de surpreendente ecumenismo entre fundamentalistas
evangélicos e católicos integralistas, unidos pela mesma vontade de uma influência religiosa direta sobre a
dimensão política.
Alguns que se professam católicos se
expressam, às vezes, em formas até pouco tempo atrás desconhecidas para a sua
tradição e muito mais próximas dos tons evangélicos. Em termos de atração de
massa eleitoral, esses eleitores são definidos como value voters [trad.: eleitores de valor]. O universo de
convergência ecumênica entre setores que, paradoxalmente, são concorrentes em
termos de pertença confessional é bem definido. Esse encontro por objetivos comuns ocorre no campo de temas como:
* o aborto,
* o casamento entre pessoas
do mesmo sexo,
* o ensino religioso nas
escolas e
* outras questões
consideradas genericamente como morais ou ligadas aos valores.
Tanto os evangélicos quanto os católicos
integralistas condenam o ecumenismo tradicional e, por outro lado, promovem um ecumenismo do conflito que os une no sonho nostálgico de um Estado de traços
teocráticos.
A perspectiva mais perigosa desse estranho
ecumenismo está relacionada à sua visão
xenófoba [aversão aos estrangeiros] e
islamofóbica [aversão aos islâmicos, muçulmanos], que invoca muros e deportações purificadores. A palavra “ecumenismo”,
assim, traduz-se em um paradoxo, em um “ecumenismo
do ódio”.
A
intolerância
é marca celestial de purismo,
o
reducionismo
é metodologia exegética, e
o
ultraliteralismo
é a chave hermenêutica.
É clara a enorme diferença que existe entre esses conceitos e o ecumenismo
encorajado pelo Papa Francisco com diversas referências cristãs e de outras
confissões religiosas, que se move na
linha da inclusão, da paz, do encontro e das pontes. Esse fenômeno de
ecumenismos opostos, com percepções contrapostas da fé e visões de mundo em que
as religiões desempenham papéis irreconciliáveis talvez seja o aspecto mais
desconhecido e, ao mesmo tempo, mais dramático da difusão do fundamentalismo
integralista. É nesse nível que se compreende o significado histórico do empenho do pontífice contra os “muros” e
contra toda forma de “guerra religiosa”.
A tentação da “guerra espiritual”
O elemento religioso, em vez disso, nunca
deve ser confundido com o político. Confundir
poder espiritual e poder temporal significa sujeitar um ao outro. Um traço
claro da geopolítica do Papa Francisco consiste em não dar margens teológicas ao poder
para se impor ou para encontrar um inimigo interno ou externo a ser combatido.
É preciso fugir da tentação transversal e “ecumênica” de projetar a divindade
sobre o poder político que se reveste dela para seus próprios fins.
Francisco esvazia, a partir de dentro, a máquina narrativa dos milenarismos
sectários e do “dominionismo”, que prepara para o apocalipse e para o
“confronto final” [2]. A
ênfase da MISERICÓRDIA como atributo fundamental de Deus expressa essa
exigência radicalmente cristã.
Francisco
pretende despedaçar o laço orgânico entre cultura, política, instituições e
Igreja. A
espiritualidade não pode se ligar a governos ou a pactos militares, porque ela
está a serviço de todos os seres humanos. As
religiões não podem considerar alguns como inimigos jurados, nem outros como
amigos eternos. A religião não deve se tornar a garantia das classes
dominantes. Porém, é precisamente essa dinâmica de espúrio sabor teológico que
tenta impor a própria lei e a própria lógica no campo político.
Chama a atenção uma certa retórica usada, por
exemplo, pelos comentaristas do Church Militant, uma plataforma digital estadunidense de
sucesso, abertamente inclinada em favor de um ultraconservadorismo político, que usa os símbolos cristãos para se
impor. Essa instrumentalização é definida como “autêntico cristianismo”. Ela, para expressar as próprias
preferências, criou uma precisa analogia entre Donald Trump e Constantino, por
um lado, e entre Hillary Clinton e Diocleciano, por outro. As eleições estadunidenses, nessa ótica, foram entendidas como uma
“guerra espiritual” [3].
CRUZADO Há um desejo de explorar as inseguranças e incertezas do tempo atual para promover novas "guerras santas" |
Essa abordagem bélica e “militante” parece
ser decisivamente fascinante e evocativa para um certo público, especialmente
pelo fato de que a vitória de Constantino – dada como impossível contra
Maxêncio, que tinha às suas costas todo o establishment
romano – devia ser atribuída a uma intervenção divina: in hoc signo vinces
[tradução livre: por este sinal vencerás].
O Church
Militant se pergunta, portanto, se a vitória de Trump pode ser atribuída às
orações dos estadunidenses. A resposta sugerida é positiva. A missão indireta para o presidente Trump,
novo Constantino, é clara: ele deve agir em conformidade. Uma mensagem
muito direta, portanto, que quer condicionar a presidência, conotando-a com os traços de uma eleição “divina”. In hoc signo vinces, justamente.
Hoje, mais do
que nunca, é necessário se despojar o poder das suas vestes confessionais
suntuosas, das suas couraças, das suas armaduras enferrujadas. O esquema teopolítico fundamentalista quer instaurar o reino de uma
divindade aqui e agora. E a divindade, obviamente, é a projeção ideal do poder
constituído. Essa visão gera a ideologia de conquista.
O esquema
teopolítico verdadeiramente cristão, ao contrário, é ESCATOLÓGICO, isto é, olha para o futuro e pretende orientar a história
presente para o Reino de Deus, reino de justiça e de paz. Essa visão gera o
processo de integração que se desdobra com uma diplomacia que não coroa ninguém como “homem da
Providência” [grande risco político da atualidade
em vários países, inclusive no Brasil].
E é também por isso que a diplomacia da Santa Sé quer estabelecer
relações diretas, fluidas com as superpotências, mas sem entrar em redes de
alianças e de influências pré-constituídas. Nesse quadro, o papa não quer nem dar nem tirar razão, porque ele sabe que, na raiz
dos conflitos, sempre há uma luta de poder. Por isso, não se deve imaginar
uma “inclinação” por razões morais ou, pior ainda, espirituais.
Francisco rejeita radicalmente a ideia da
implantação do Reino de Deus sobre a terra, que tinha estado na base do Sacro Império Romano e de todas as
formas políticas e institucionais similares, até a dimensão do “partido”. Se
assim fosse entendido, de fato, o “povo eleito” entraria em uma complicada
trama de dimensões religiosas e políticas que o fariam perder a consciência do
seu estar a serviço do mundo e o contraporia a quem está longe dele, a quem não
pertence a ele, isto é, ao “inimigo”.
Eis, então, que as raízes cristãs dos povos nunca devem ser entendidas de maneira
etnicista. As noções de “raízes” e de “identidade” não têm o mesmo conteúdo
para o católico e para o identitário neopagão. O etnicismo triunfalista, arrogante e vingativo, em vez disso, é o
contrário do cristianismo.
O papa, no dia 9 de maio, em uma entrevista
ao jornal francês La Croix, disse: “A Europa, sim, tem raízes cristãs. O
cristianismo tem o dever de regá-las, mas em um espírito de serviço, como para
o lava-pés. O dever do cristianismo para
a Europa é o serviço”. E ainda: “A contribuição do cristianismo a uma
cultura é a de Cristo com o lava-pés, ou seja, o serviço e o dom da vida.
Não deve ser uma contribuição colonialista”.
Contra o medo
Sobre qual
sentimento se apoia a tentação sedutora de uma aliança espúria entre política e
fundamentalismo religioso?
Sobre o medo
da fratura da ordem constituída e sobre
o temor do caos. Ou, melhor, ela
funciona justamente graças ao caos percebido. A estratégia política para o sucesso torna-se a de:
* elevar os tons da
conflitualidade,
* exagerar a desordem,
* agitar os ânimos do povo
com a projeção de cenários inquietantes para além de todo realismo.
A religião, nesse ponto, se tornaria garantia
da ordem, e uma parte política encarnaria as suas exigências. O apelo ao apocalipse justifica o poder
desejado por um deus ou conivente com um deus. E o fundamentalismo, assim, se revela não
como o produto da experiência religiosa, mas como uma concepção pobre e
instrumental dela.
Por isso, Francisco está desenvolvendo uma sistemática contranarrativa em relação
à narrativa do medo. Portanto, é
preciso combater a manipulação dessa temporada de ansiedade e de insegurança.
No entanto, para isso, corajosamente, Francisco não dá nenhuma legitimação
teológico-política aos terroristas, evitando toda redução do Islã ao terrorismo
islâmico. E não a dá nem mesmo àqueles que postulam e que querem uma “guerra
santa” ou que constroem cercas de arame farpado. O único arame farpado para o cristão, de fato, é o da coroa de espinhos
que Cristo tem sobre a cabeça [4].
NOTAS
1. Bannon crê na visão apocalíptica que
William Strauss e Neil Howe teorizaram no seu livro The Fourth Turning: What Cycles
of History Tell Us About America’s Next Rendezvous with Destiny. Cf.
também N. Howe, “Where did Steve Bannon get his worldview? From my book”, in The Washington Post, 24 de fevereiro de
2017.
2. Cf. A. Aresu,
“Pope Francis against the Apocalypse”, in Macrogeo,
9 de junho de 2017.
3. Cf. “Donald
‘Constantine’ Trump? Could Heaven be intervening directly in the election?”, in
Church Militant.
4. Para aprofundar
essas reflexões, cf. D. J. Fares, “L’antropologia politica di Papa Francesco”,
in Civiltà Cattolica 2014, I, p. 345-360;
A. Spadaro, “La diplomazia di Francesco. La misericordia come processo
politico”, ibid., 2016, I, p. 209-226; D. J. Fares, “Papa Francesco e la
politica», ibid., 2016, I, p. 373-385; J. L. Narvaja, “La crisi di ogni
politica cristiana. Erich Przywara e l’‘idea di Europa’”, ibid., 2016, I, p.
437-448; Id., “Il significato della politica internazionale di Francesco”,
ibid., 2017, III, p. 8-15.
* Antonio Spadaro é presbítero jesuíta
italiano, jornalista, diretor da revista La
Civiltà Cattolica; Marcelo Figueroa é pastor
presbiteriano argentino, diretor da edição argentina do jornal L’Osservatore Romano.
Artigo traduzido do italiano por Moisés Sbardelotto.
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