«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

segunda-feira, 13 de junho de 2022

Os brasileiros estão bem mais pobres!

 Mais de 106 milhões sobreviviam com apenas R$ 13,83 por dia em 2021

 Daniela Amorim & Vinicius Neder

Jornalistas 

IBGE mostra que renda dos mais pobres não passou de R$R 415,00 mensais por pessoa no período, no menor resultado histórico

O segundo ano da pandemia foi marcado por um empobrecimento recorde dos brasileiros, após as políticas de transferência de renda para mitigar a crise causada pela covid-19 darem um alívio em 2020. Com o enxugamento do Auxílio Emergencial e uma recuperação do mercado de trabalho marcada pela geração de empregos precários, a metade mais pobre da população sobreviveu com apenas R$ 415 mensais por pessoa em 2021, pior resultado histórico, uma queda de 15,1% em relação aos R$ 489 recebidos em 2020, em valores já atualizados pela inflação. 

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) 2021 - Rendimento de todas as fontes, divulgada nesta sexta-feira, 10 de junho, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Com o rendimento médio de R$ 415 por mês para a metade mais pobre, são 106,35 milhões subsistindo com apenas R$ 13,83 por dia por pessoa. O empobrecimento é histórico mesmo quando se compara com quase dez anos atrás: em 2012, a metade mais pobre da população ganhava R$ 448 por mês por pessoa. O valor de 2021 é 7,4% menor do que o registrado em 2012. 

E existem pessoas que dizem não ver pobreza e fome no Brasil!!! Cegueira pura!!!

Regiões Norte e Nordeste são as mais afetadas 

Com a diminuição do Auxílio Emergencial – tanto no valor quanto no número de pessoas beneficiadas –, as perdas foram mais dramáticas nas regiões Norte e Nordeste, onde a transferência de renda desempenha um papel fundamental para a subsistência de grande parte da população na pandemia. 

Os 50% mais pobres do Nordeste sobreviviam com R$ 251 mensais, ou R$ 8,37 diários por pessoa da família no ano passado, um recuo de 23% ante 2020. No Norte, a renda média da metade mais vulnerável foi de R$ 281 mensais em 2021, R$ 9,37 diários, 19,9% a menos que no ano anterior. 

Os mais miseráveis pioraram ainda mais! 

O quadro é ainda mais drástico entre os mais pobres de todos. Em 2021, o País tinha 10,635 milhões de pessoas sobrevivendo com apenas R$ 39 mensais por pessoa, ou seja, os 5% mais miseráveis da população tinham, em média, somente R$ 1,30 por pessoa por dia, considerando todas as fontes de renda disponíveis. A renda desses miseráveis despencou 33,9% em relação a 2020.

Na comparação com 2012, o tombo no poder aquisitivo desses brasileiros foi de 48%. 

“Teve menos gente ganhando (o Auxílio Emergencial), e quem ganhava teve menos parcelas, com valor menor”, lembrou Alessandra Brito, analista do IBGE. “O auxílio foi um colchão para a renda não cair tanto em 2020. Com a melhora da pandemia e o retorno do mercado de trabalho, as regras do auxílio foram alteradas.” 

A MISÉRIA aumentou assustadoramente, no Brasil, nesses últimos anos: famílias perderam casa, perderam emprego, perderam renda, perderam o direito de comer!

Todos perderam renda, os pobres ainda mais! 

O tombo na renda dos mais pobres em 2021 aumentou a desigualdade, embora todas as faixas tenham registrado perdas. Entre o 1% mais rico da população, a renda média mensal per capita foi de R$ 15.940, queda de 6,4% ante 2020. Em relação ao primeiro ano da série, 2012, a perda foi de 6,9%. 

“Todo mundo perdeu (renda). Não é só o auxílio, porque não afetou só os mais pobres”, apontou a analista do IBGE. 

Como o rendimento dos mais pobres caiu em ritmo mais acelerado, o índice de Gini do rendimento médio domiciliar per capita – indicador que mede a desigualdade de renda, numa escala de 0 a 1, em que, quanto mais perto de 1 o resultado, maior é a concentração – aumentou de 0,524 em 2020 para 0,544 em 2021. Na passagem de 2020 para 2021, o índice de Gini cresceu em todas as regiões brasileiras, o que mostra um aumento na desigualdade disseminado pelo País. 

Considerando a renda auferida por toda a população, o rendimento médio mensal real domiciliar per capita foi de R$ 1.353 em 2021. Assim como no caso da metade mais pobre da população, é o valor mais baixo já visto na pesquisa iniciada em 2012, 6,9% menor que os R$ 1.454 estimados em 2020. Houve redução em todas as regiões, sendo os valores mais baixos os auferidos no Norte (R$ 871) e Nordeste (R$ 843). A Região Sul registrou o maior rendimento domiciliar per capita médio, R$ 1.656. 

Fonte: O Estado de S. Paulo – Economia & Negócios – Sexta-feira, 1o de junho de 2022 – 10h00 (Horário de Brasília – DF) – Internet: clique aqui (Acesso em: 11/06/2022 – às 13h).

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