«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

ORAÇÃO DE UM HOMEM MEDÍOCRE

José Antonio Pagola


Senhor, hoje celebramos esse grande presente que Tu fazes a todos e a cada um dos seres humanos e que é o teu próprio Espírito. Hoje é PENTECOSTES.


Por que sinto, nesta manhã, com força tão especial o meu vazio interior e a mediocridade de meu coração? Minhas horas, meus dias, minha vida está cheia de tudo, menos de Ti. Tomado pelas ocupações, trabalhos e impressões, vivo disperso e vazio, esquecido, quase sempre, de tua proximidade. Meu interior está habitado pelo barulho e agitação de cada dia. Minha pobre alma é como "um imenso armazém" onde se vai colocando de tudo. Tudo tem lugar dentro de mim, menos Tu.


E agora, essa experiência que se repete uma vez ou outra. Chega um momento em que esse ruído interior e essa agitação me parecem mais doces e confortáveis que o silêncio sossegado junto a Ti.


Deus de minha vida, tem misericórdia de mim. Tu sabes que quando fujo da oração e do silêncio, não desejo fugir de Ti. Fujo de mim mesmo, de meu vazio e superficialidade.


Onde eu poderia refugiar-me com minha rotina, minhas ambiguidades e meu pecado? Quem poderia entender, ao mesmo tempo, minha mediocridade interior e meu desejo de Deus?


Deus de minha alegria, eu sei que Tu me entendes. Sempre foste e serás o melhor que eu tenho. Tu és o Deus dos pecadores. Mesmo dos pecadores comuns, ordinários e medíocres como eu. Senhor, não há um caminho em meio à rotina, que me possa levar até Ti? Não há alguma brecha no meio do barulho e da agitação, onde eu possa Te encontrar?


Tu és "o eterno mistério de minha vida". Atrai-me como ninguém, desde o profundo de meu ser. Porém, repetidamente, me afasto de Ti, silenciosamente, para coisas e pessoas que me parecem mais acolhedoras que teu silêncio.


Penetra em mim com a força consoladora de teu Espírito. Tu tens poder para atuar nessa profundidade minha, a qual me escapa quase por completo. Renova meu coração cansado.


Desperta em mim o desejo. Dá-me forças para começar sempre de novo; alento para esperar contra toda esperança; confiança em minhas derrotas; consolo nas tristezas.


Deus de minha salvação, sacode minha indiferença. Purifica-me de tanto egoísmo. Preenche meu vazio. Ensina-me teus caminhos. Tu conheces minha fraqueza e inconstância. Não Te posso prometer grandes coisas. Eu viverei de teu perdão e misericórdia. Minha oração de Pentecostes é, hoje, humilde como a do salmista: 


"Teu Espírito que é bom, me guie por terra plana" (Sl 142,10).


Tradução de: Pe. Telmo José Amaral de Figueiredo.


Fonte: MUSICALITURGICA.COM - Homilías de José A. Pagola - 22/05/2012 - 09h12 - Internet: http://www.musicaliturgica.com/0000009a2106d5d04.php

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