«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Saúde dos oceanos está crítica


Giovana Girardi

Novo indicador sobre áreas costeiras de 171 países dá nota média 60, em 100, para a capacidade de prover serviços e manter a biodiversidade

Um grupo internacional de pesquisadores aliado a algumas das principais organizações ambientais do mundo divulgou nesta quarta-feira, 15, o primeiro indicador sobre a saúde dos oceanos. O resultado mostrou que a capacidade de fornecer benefícios aos seres humanos e ao mesmo tempo manter a qualidade de seus ecossistemas é crítica e está bem aquém do que poderia ser.
Foram analisadas as condições de dez objetivos socioecológicos dos oceanos nas zonas econômicas exclusivas de 171 países e territórios costeiros. Com notas variando de zero a cem, chegou-se a uma média global de 60.

O ineditismo do trabalho foi pela primeira vez considerar não apenas a preservação dos mares, mas seu uso sustentável: 

  • Os dados avaliados foram desde a capacidade de prover alimentos até a de 
  • preservar sua biodiversidade, passando por 
  • poluição e 
  • uso em turismo. 
A interpretação é quanto menor a nota, menos o país está sendo capaz de aproveitar os benefícios dos oceanos ou isso está sendo feito de um modo insustentável:

  • O Brasil ficou bem na média, com 62 pontos, atingindo a 35ª colocação
  • Serra Leoa, em último, teve nota 36. 
  • A mais bem colocada foi a Ilha Jarvis (território dependente dos Estados Unidos no Pacífico), com 86 pontos, mas o local é desabitado, 
  • assim como os Territórios Desabitados dos EUA no Pacífico, que aparecem em segundo lugar, 
  • e a Ilha Clipperton, em terceiro. 
  • Só em quarto lugar, com iguais 73 pontos, aparecem as primeiras nações propriamente ditas – Ilhas Seychelles e Alemanha.

Assim como ocorre em outros indicadores globais, há uma diferença clara entre os países desenvolvidos, com melhores notas, e os países em desenvolvimento, com as piores. Países africanos ocupam os dez últimos lugares.

“Sem dúvida nenhuma, os humanos têm impactos substancialmente negativos sobre o oceano, e as pontuações são negativamente correlacionadas com as populações costeiras”, escrevem os autores na revista Nature, que traz um artigo nesta semana mostrando a nova metodologia e os resultados.

O trabalho mostrou que entre os tópicos avaliados, a capacidade de prover alimentos é uma das mais críticas, refletindo o colapso dos estoques pesqueiros que já há alguns anos é denunciado pela comunidade científica. A nota média foi 24.

Abaixo dele, só ficou o turismo – com nota 10 –, mas os próprios autores admitem que o dado pode não refletir totalmente a situação dos países. O indicador foi mais complicado de trabalhar por não existirem muitas bases de dados globais com informações sobre turismo.

“O que esses dados mostram é que há muito espaço para melhorar. E a vantagem é que agora o indicador será calculado todo ano, o que vai permitir que saibamos muito rapidamente se as ações humanas estão melhorando ou piorando as condições desses objetivos”, explica a bióloga brasileira Cristiane Elfes, que colaborou com o estudo no Centro Nacional de Análise Ecológica e Síntese da Universidade da Califórnia, que liderou o trabalho.

A ideia, diz ela, é a partir de agora aplicar a metodologia em escalas regionais para conhecer melhor os indicadores de cada País e orientar ações mais específicas para melhorá-los. Cristiane está liderando essa iniciativa já para o Brasil, e a expectativa é que os dados sejam divulgados até o final do ano.

Estoque de carbono
No País, os indicadores variaram de zero (para o turismo) a 93 (armazenamento de carbono). O resultado ruim pode significar que o Brasil ainda não tem aproveitado bem esse potencial turístico ou, quando o faz, é de modo insustentável. Já o dado positivo lança um alerta para o futuro. É a análise de Guilherme Dutra, da Conservação Internacional, uma das ONGs que coordenou o projeto.

“Essa capacidade de armazenar carbono se deve particularmente aos enormes manguezais e gramas marinhas presentes na costa brasileira. Eles são capazes de guardar até dez vezes mais carbono que as florestas”, explica. “O temor é que os manguezais estão ameaçados pela mudança do Cógido Florestal”, alerta. Ele se refere à modificação que permite o uso de até 35% nas áreas remanescentes de manguezais nos Estados, prevista na medida provisória editada pela presidente Dilma Rousseff. 

Fonte: ESTADÃO.COM.BR - Planeta - 15 de agosto de 2012 - 22h30 - Internet: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,saude-dos-oceanos-esta-critica,917047,0.htm

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