«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quinta-feira, 30 de março de 2023

Capitalismo comunista

 Sim, é isso mesmo!

 Giorgio Agamben

Filósofo italiano, autor de obras que percorrem temas que vão da estética à política 

GIORGIO AGAMBEN

Surge um novo capitalismo, pior que os anteriores

O capitalismo que está se consolidando em escala planetária não é o capitalismo na forma em que ele havia assumido no ocidente: é, antes, o capitalismo em sua variante comunista, que unia um desenvolvimento extremamente rápido da produção a um regime político totalitário. Esse é o significado histórico do papel de liderança que a China está assumindo, não somente na economia em sentido estrito, mas também, como mostrou eloquentemente o uso político da pandemia, enquanto paradigma de governo dos homens. 

O fato de que os regimes instaurados nos países supostamente comunistas eram uma forma particular de capitalismo, adaptada especialmente aos países economicamente atrasados, e por isso denominada como capitalismo de Estado, era algo perfeitamente conhecido para aqueles que sabem ler a história; inesperado era no entanto que essa forma de capitalismo, que parecia ter exaurido a sua tarefa e que portanto era obsoleta, estivesse destinada a se tornar, em uma configuração tecnologicamente atualizada, o princípio dominante na fase atual do capitalismo globalizado. É possível, de fato, que estejamos assistindo a um conflito entre o capitalismo ocidental, que convivia com o Estado de direito e as democracias burguesas, e o novo capitalismo comunista, um conflito do qual este último parece sair vitorioso. 

Aquilo que é certo, todavia, é que o novo regime unirá em si o aspecto mais desumano do capitalismo com aquele mais atroz do comunismo estatista, combinando a extrema alienação das relações entre os homens com um controle social sem precedentes.

Publicado originalmente em italiano no Quodlibet em 15 dezembro de 2020. A tradução é de Felipe Catalani. 

Fonte: blog – Boitempo – 9 de abril de 2021 – Internet: clique aqui (Acesso em: 30/03/2023).

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