«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O que aconteceu com o Sínodo? [Importante!]

Christian Albini *
Blog: Sperare per Tutti
29-10-2012

Das 13 assembleias sinodais, essa é a quinta que se realizou no pontificado de Bento XVI, a partir do seu início em 1967. O Papa Ratzinger intensificou os encontros sinodais, um sinal de que ele vai rumo a uma ampliação da colegialidade
CHRISTIAN ALBINI - autor deste artigo

Encerrou-se no dia 28 [de outubro] o XIII Sínodo dos Bispos sobre "A nova evangelização para a transmissão da fé cristã", que durou três semanas. Mas o que aconteceu nesse encontro que reuniu 262 bispos de todo o mundo, juntamente com 45 especialistas e 50 auditores e auditoras? Foi uma representação significativa do catolicismo, que não deve ser subestimado.

Das 13 assembleias sinodais, essa é a quinta que se realizou no pontificado de Bento XVI, a partir do seu início em 1967. O Papa Ratzinger intensificou os encontros sinodais, um sinal de que ele vai rumo a uma ampliação da colegialidade. Embora, como destacou um artigo de Alberto Melloni, a livre discussão em sala foi muito restrita, e o encontro teve somente um valor consultivo. É um pouco um emblema de algumas contradições da Igreja de hoje. Em todo caso, o fato de que esses encontros já ocorram regularmente é, contudo, uma riqueza que favorece o intercâmbio e o encontro dentro do vasto corpo da Igreja Católica.

Os padres sinodais redigiram uma Mensagem ao Povo de Deus, da qual eu lembro alguns aspectos fundamentais.


(O texto completo pode ser lido clicando aqui, em italiano [não há, ainda, em português ou espanhol]http://www.vatican.va/roman_curia/synod/documents/rc_synod_doc_20121026_message-synod_it.html).

A mensagem usa como imagem da experiência de fé o encontro de Jesus com a samaritana no poço (João 4, 5-42). A evangelização não é propaganda ideológica, mas sim uma experiência de relação que vai tocar os desejos mais profundos e autênticos do ser humano. Nova evangelização não é recomeçar tudo do início, mas sim um empenho, que recorre em todos os tempos, para que os fiéis evangelizem acima de tudo a si mesmos e façam dos espaços eclesiais poços nos quais todos possam se saciar livremente.

É indispensável aproximarmo-nos, a seguir, do alimento que vem da Palavra de Deus e ficar no nosso tempo e em nossa cultura sem contraposições e sem pessimismo. Isso significa que a Igreja "cultiva com particular cuidado o diálogo com as culturas, na confiança de poder encontrar em cada uma delas as 'sementes do Verbo', das quais já falavam os antigos Padres".

São fundamentais o estilo, a atitude dos cristãos, como evidencia esta importante passagem:

"Alguém perguntará como fazer tudo isso. Não se trata de inventar sabe-se lá quais novas estratégias, quase como se o Evangelho fosse um produto a ser colocado no mercado das religiões, mas sim de redescobrir os modos pelos quais, na história de Jesus, as pessoas se aproximaram dele e por ele foram chamadas , para introduzir essas mesmas modalidades nas condições do nosso tempo.

"Recordemos, por exemplo, como Pedro, André, Tiago e João foram interpelados por Jesus no contexto do seu trabalho, como Zaqueu pôde passar de simples curiosidade ao calor da partilha da mesa com o Mestre, como o centurião romano pediu a sua intervenção por ocasião da doença de um ente querido, como o cego de nascença o invocou como libertador da sua marginalização, como Marta e Maria viram premiada pela sua presença a hospitalidade da casa e do coração. Poderíamos continuar ainda, traçando as páginas dos Evangelhos e encontrando sabe-se lá quantos modos com os quais a vida das pessoas se abriu nas mais diversas condições à presença de Cristo".


Nessa perspectiva, capta-se o eco do que propõe Enzo Bianchi, que, de fato, estava presente no Sínodo como especialista no seu Nuovi stili di evangelizzazione. Assim o prior de Bose sintetizou o andamento dos trabalhos:


"A Igreja realmente mudou nesses últimos 50 anos: não mais hostilidade contra os 'infiéis', mas sim diálogo, responsabilidade comum pelo bem da sociedade, busca da paz entre as religiões, liberdade de consciência, afirmação da necessária 'razão humana' em toda doutrina religiosa.


A Igreja não quer promover um proselitismo que imponha o evangelho ou seduza os homens, mas quer que a boa notícia possa ser ouvida por todos, porque todo o ser humano tem direito a isso. Por isso, ela se empenha a evangelizar acima de tudo a si mesma e, portanto, a oferecer uma vida que tenha sentido, uma mensagem que afirme que o amor vivido pode vencer a morte. Mas a Igreja na sua obra evangelizadora está ciente de que o mundo não é um deserto, um vazio sem bem e sem valores, mas sim um mundo à espera de respostas adequadas, um mundo habitado e moldado a cada dia pelo ser humano que é sempre um filho de Deus, uma criatura feita à imagem e semelhança de Deus, capaz, portanto, do bem, mesmo se às vezes o mal a fira e a torne desumana. Para anunciar o Evangelho, os cristãos devem então ouvir o mundo, conhecê-lo, ler as suas alegrias e os sofrimentos e, acima de tudo, discernir nele os 'pobres', os últimos, as vítimas do poder e daqueles que dispõem da riqueza e não se importam com os outros. Se Jesus declarou que veio para trazer a boa notícia do Evangelho aos pobres, a Igreja não pode fazer o contrário, porque, no seguimento do seu Senhor, é chamada a ser, principalmente, Igreja pobre e de pobres.

Se alguém esperava do Sínodo palavras de esperança e de bondade para as histórias cotidianas de amor que hoje parecem cansativas, contraditas e nem sempre adequadas ao ideal de fidelidade e de união proposto pelo Evangelho, essas palavras foram ditas e ouvidas: reiterou-se diversas vezes que o amor do Senhor permanece fiel, mesmo quando há situações de infidelidade, porque a Igreja é a casa de todos os batizados, também daqueles que vivem situações de contradição com o Evangelho". 


(Leia o texto na íntegra do artigo de Enzo Bianchi sobre o Sínodo [em italiano], clicando aqui:

Os padres sinodais sintetizaram os trabalhos em 58 propostas enviadas ao papa, cujo texto está disponível de forma oficiosa somente em inglês (de fato, o "novo latim" da Igreja Católica).
Clique aqui para ter acesso ao texto em inglês:

As propostas:
  • atribuem uma importância fundamental à inculturação do Evangelho, que deve se encarnar na cultura de todo povo (n. 5). 
  • No anúncio do Evangelho, deve ser sublinhada a necessidade de escuta constante da Palavra de Deus através da lectio divina (n. 11) e 
  • a vitalidade dos ensinamentos do Vaticano II (n. 12). 
  • A missão cristã é indissociável da promoção dos direitos humanos (n. 15), 
  • da liberdade religiosa (n. 16), 
  • do desenvolvimento (n. 19), 
  • da acolhida dos migrantes (n. 21).
  • São só alguns elementos. Na base, há o fato de que a fé pode ser transmitida não como uma ideia a ser difundida, mas só modelando a própria vida sobre o Evangelho que deve ser "lido" nas pessoas e nas suas relações (n. 57). 
Isso significa, como disse Bento XVI no Angelus do dia 28, a necessidade de um "compromisso com a renovação espiritual da própria Igreja".

Tradução do italiano por Moisés Sbardelotto.

* Christian Albini cientista político e leigo católico italiano.

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos - Notícias - Quarta-feira, 31 de outubro de 2012 - Internet: http://www.ihu.unisinos.br/noticias/515072-o-que-aconteceu-com-o-sinodo
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Sínodo sobre a nova evangelização, luzes e sombras

Entrevista com Adolfo Nicolás

Revista Popoli
29-10-2012

O padre geral dos jesuítas participou do Sínodo dos Bispos sobre "A Nova Evangelização para a transmissão da fé cristã", que terminou no dia 28 de outubro. Publicamos a entrevista que o padre Adolfo Nicolás concedeu, às margens do evento, à Sala de Imprensa da Cúria Generalícia da Companhia de Jesus.

PE. ADOLFO NICOLÁS - Superior Geral dos Jesuítas
Uma análise geral do Sínodo.

Devo confessar que eu tinha alguns temores sobre o Sínodo antes do seu início. Eu me perguntava: moveremo-nos na direção de falar sempre das mesmas coisas ou seremos capazes de seguir em frente com coragem e criatividade?

A realidade do Sínodo foi nas duas direções. Posso indicar: 1) alguns aspectos positivos, inspiradores e encorajadores, e 2) algumas insuficiências que indicam campos em que a Igreja, ou ao menos a consciência dos bispos e dos outros padres sinodais, incluindo eu, ainda tem caminho a percorrer.

Podemos dividir os aspectos positivos em três categorias:

a) Contribuições geográficas. Esse aspecto refere-se à apresentação que nos deu o justo sentido da situação, dos argumentos e, muitas vezes, dos sofrimentos de alguns países, em particular o Oriente Médio, a África ou a Ásia. Um dos melhores aspectos do Sínodo é o próprio fato de que os bispos de tantas nações têm a possibilidade de se comunicar e de trocar livremente as experiências e o pensamento.

b) Iniciativas originais em andamento, especialmente as baseadas nos projetos de cooperação, de trabalho em rede e de intercâmbio em nível internacional, nos quais os leigos e os movimentos estão envolvidos a fundo e comprometidos. E isso não apenas através das intervenções nas sessões plenárias, mas sobretudo nas trocas informais e nos comentários sobre as próprias iniciativas fora das sessões.

c) Reflexões sobre os fundamentos, o significado e as dimensões da Nova Evangelização. Aqui podemos constatar uma grande convergência em alguns pontos, incluindo:

  • A importância e a necessidade da experiência religiosa (o encontro com Cristo);
  • A urgência de uma boa formação espiritual e intelectual dos novos missionários;
  • O papel central da família (Igreja doméstica) como lugar privilegiado para o crescimento na fé;
  • A importância da paróquia e das suas estruturas que precisam ser renovadas para se tornarem cada vez mais abertas a um compromisso e ministério dos leigos mais amplo;
  • A prioridade à evangelização, em vez da expressão sacramental, como afirma São Paulo de si mesmo: "Enviado a evangelizar e não a batizar". E assim por diante.

Entre as "insuficiências" podemos indicar o seguinte:

a) A voz do "Povo de Deus" não tem espaço para ser escutada. É um Sínodo de bispos e, portanto, não há muito espaço para a participação dos leigos, mesmo que tenha sido convidado um certo número de "especialistas" e de "observadores" (auditores). Isso me fez pensar na afirmação de Steve Jobs que dizia estar interessado em ouvir mais a voz dos clientes, em vez da dos produtores. E no Sínodo todos éramos "produtores".

b) E assim foi difícil não pensar que essa era uma reunião de "homens da Igreja, que reafirmavam a Igreja", o que é bom em si mesmo, mas que não reflete o que precisamos em tempos de Nova Evangelização. Há o perigo real de produzir sempre a mesma coisa.

c) Falta de reflexão sobre a Primeira Evangelização e, consequentemente, uma escassa consideração para saber se e o que aprendemos com a longa história passada e com os aspectos positivos dela, assim como com os erros que cometemos. Essa omissão poderia ter consequências muito negativas.

d) Pouca consciência e/ou conhecimento da história da evangelização e do papel que nela tiveram os religiosos e as religiosas. Em certos momentos, a vida religiosa foi ignorada ou foi lembrada apenas de passagem. Não que nós, religiosos, precisamos de afirmações adicionais, mas quero expressar a minha preocupação com o fato de que a Igreja corre o risco de perder a sua própria memória.

e) Talvez o ponto mais fraco do Sínodo foi a metodologia que foi seguida, muito semelhante ao modo pelo qual nós também levávamos adiante as nossas Congregações Gerais. Eu espero, no entanto, que a complexa realidade e as necessidades do futuro ajudem a Igreja a reorganizar os seus modos de proceder em vista de maiores frutos apostólicos.

Vocês podem entender que foi um tempo de muita reflexão, de aprendizado e de desafios. O convite a aprofundar a nossa fé, proposto pelo Santo Padre, pode nos ajudar a levar adiante uma dimensão mais profunda da Nova Evangelização. A realidade que nos circunda se tornou muito mais complexa, porque podemos abordá-la individualmente, e o desafio original da nossa missão de servir as almas e a Igreja continua e se desenvolve intensamente.

Espero que os jesuítas enfrentem os novos desafios com a profundidade que provém da nossa apropriação da espiritualidade inaciana e da análise séria do nosso tempo.

Eu rezo para que a reflexão sobre o Ano da Fé nas nossas comunidades e formas de apostolado nos ajude a renovar o nosso espírito e a nossa missão.

Na sua intervenção ao Sínodo, o senhor falou dos "sinais de santidade europeus". O que quis dizer? Não são esses, talvez, sinais cristãos universais?

Pe. Adolfo Nicolás: Naturalmente. Os sinais que descobrimos em um Santo são valores universais e expressam diversas dimensões da vida divina assim como ela se torna visível entre nós. Falamos aqui da caridade, da compaixão, do serviço aos que sofrem, que estão em necessidade, que estão solitários e aflitos. O que eu quis dizer é que nos acostumamos com esses sinais e estamos inclinados a pensar que não há outros. Se esse for o caso, não tornaremos Deus muito limitado, previsível e até mesmo reduzido à capacidade europeia de "ver" sinais familiares da sua presença e ação? Sem dúvida alguma, eu defendo que esses sinais são bons, críveis e sólidos. A minha interrogação refere-se ao que podemos ter perdido não descobrindo outros sinais, por não estarmos surpresos e em admiração pela ação criadora de Deus em "outros", em pessoas de diferentes culturas, tradições e filiação étnica. Pouco antes do Vaticano II, o padre Jean Daniélou escreveu um livro intitulado Santos Pagãos, um livro que era um desafio e uma inspiração, e talvez aqueles santos não eram tão pagãos, no fim das contas.

Pode nos indicar alguns sinais do que o senhor considera como uma santidade "asiática"?

Pe. Adolfo Nicolás: Com prazer. Como dado de fato, antecipando essa pergunta, eu consultei alguns especialistas asiáticos sobre esse tema e posso dizer que a consulta foi muito frutífera. Gostaria de dar alguns exemplos: a piedade filial, que às vezes alcança níveis heroicos, a intensa busca do Absoluto e o grande respeito por aqueles que estão envolvidos nessa busca, a compaixão como estilo de vida, enraizada na consciência da fraqueza e fragilidade humana, o desprendimento e a renúncia, a tolerância, a generosidade, a aceitação dos outros, a magnanimidade, o respeito, a cortesia, a atenção pelas necessidades dos outros etc. Resumindo, podemos dizer talvez que se os nossos olhos estivessem abertos para ver o que Deus faz no povo (nos povos) seríamos capazes de ver muito mais Santidade ao nosso redor, e muitos de nós seriam levados a viver a Vida de Deus de modos novos que talvez seriam mais adequados ao nosso modo de ser ou ao modo pelo qual Deus quer que sejamos.

Por que os missionários ou a própria Igreja não foram capazes de "ver" esses maravilhosos sinais como obra de Deus?

Pe. Adolfo Nicolás: É muito difícil interpretar por que uma coisa não ocorre. Seríamos tentados a introduzir explicações que poderiam ser precisas, mas também teorias que perdem de vista o objetivo específico. Talvez não estejamos confortáveis com um Deus das surpresas, um Deus que não segue necessariamente a lógica humana, um Deus que sempre sabe tirar o melhor do coração humano, sem fazer violência à tradição cultural, à religiosidade do povo simples. Quem pode dizê-lo? Nós, entusiasticamente, afirmamos a liberdade de Deus, mas não lhe deixamos muito espaço para influenciar nas nossas vidas... ou talvez "vimos" esses sinais com respeito e talvez até mesmo com estupor, mas não estávamos certos do seu significado ou não o aprofundamos.

O senhor, portanto, diz que há "Santidade" fora da Igreja. Mas, se há "Santidade", não devemos dizer que também há Salvação?

Pe. Adolfo Nicolás: Naturalmente. Nós sempre soubemos disso. Faz parte da Liberdade de Deus. Deus é livre para fazer o que quiser com as pessoas (homens e mulheres) em cada situação e em cada contexto. Jesus não teve dificuldades para reconhecer em um soldado pagão ou em uma mulher estrangeira a profundidade da fé que não encontrou, ao invés, entre os seus discípulos. Mas eu não tenho uma teoria da salvação e, portanto, posso poupar a próxima pergunta. A minha preocupação mais profunda é descobrir de que modo Deus está trabalhando no ser humano e como este coopera com a ação de Deus. E aqui não posso errar. Com as teorias, ao contrário, sim.

Na sua opinião, o que e de que modo devemos ressaltar a responsabilidade da Igreja para levar paz e harmonia à luz da Nova Evangelização ao nosso mundo cada vez mais violento?

Pe. Adolfo Nicolás: Estou convencido de que qualquer coisa que dizermos vem do mais profundo, do interior de nós mesmos. É o resultado da nossa fé, das nossas relações (incluindo a com Deus), dos nossos afetos e das nossas esperanças. Se o mais profundo estiver em comunhão com o Deus da paz, da justiça e da compaixão, em quem acreditamos, então viveremos, agiremos e falaremos de paz, de justiça e de compaixão. Se o mundo ao nosso redor se torna cada vez mais violento não significa que nós também devemos nos tornar, mas, ao contrário, que o nosso empenho, que vem do coração, pela paz e pelo diálogo se tornará muito mais relevante e será uma proclamação ainda melhor do Evangelho em que acreditamos. Naturalmente, isso assumirá formas diferentes quando pensamos na Igreja e nas muitas atividades e iniciativas que serão promovidas por cristãos comprometidos.

Tradução do italiano por Moisés Sbardelotto.

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos - Notícias - Quarta-feira, 31 de outubro de 2012 - Internet: http://www.ihu.unisinos.br/noticias/515073-sinodo-sobre-a-nova-evangelizacao-luzes-e-sombras-entrevista-com-adolfo-nicolas

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