«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

O governo “compra” os deputados que precisa

 PEC dos precatórios rachou a esquerda e mostrou a dubiedade e fragmentação do centro para 2022

 Eliane Cantanhêde

Jornalista 

ARTHUR LIRA, presidente da Câmara dos Deputados trabalhou incansavelmente para a aprovação da PEC DA REELEIÇÃO, melhor nome para a PEC dos Precatórios

Para o presidente, o que interessa é que a PEC cria recursos para Bolsonaro financiar a troca do Bolsa Família pelo Auxílio Brasil, com R$ 400 e tentar conquistar os mais pobres!

A Proposta de Emenda Constitucional que cria um calote nos precatórios e implode o teto de gastos para comprar votos para a reeleição do presidente Jair Bolsonaro serve como uma prévia para as eleições de 2022 e...

... mostra como o Congresso só pensa nas suas emendas e os partidos estão infiltrados pelo bolsonarismo.

PEC dos precatórios ou PEC da Reeleição? 

A votação rachou a esquerda e mostrou a dubiedade e a fragmentação do centro, comprovando que o PT não arrasta os votos de velhos aliados, caso do PDT e do PSB, e que nem os partidos de centro que têm candidatos contra Bolsonaro fecham as portas para ele. 

Para o presidente, o Planalto e os tais “ministros políticos”, pouco importa o impacto na Bolsa, no câmbio, na segurança jurídica, na própria credibilidade do País. O que interessa é que a PEC cria recursos para Bolsonaro financiar a troca do Bolsa Família pelo Auxílio Brasil, com R$ 400. 

A intenção é torrar as leis e a responsabilidade fiscal para garantir o “seu” programa de renda durante o ano eleitoral. A conta é salgada: para aprovar a PEC, foi preciso jorrar mais dinheiro ainda para as emendas parlamentares.

Mas o bônus vale a pena: comprar votos do eleitorado mais fiel ao ex-presidente Lula, entre os mais pobres e menos escolarizados, especialmente no Nordeste.

Que partidos temos neste país!!! 

Dito tudo isso, por que a PEC rachou a esquerda, a oposição e a “terceira via”? Foi aprovada em primeiro turno na Câmara com ajuda de gordas parcelas de PDT, PSB, PSDB, PSD, DEM e PSL. O que pesou foi a gula por mais emendas, o apoio velado a Bolsonaro, ou as duas coisas? 

Ainda falta o segundo turno na Câmara e dois turnos no Senado. Como a diferença na primeira votação foi de apenas quatro votos, o destino é incerto e não sabido.

O certo e sabido é que, enquanto lançam candidatos, ou “candidatos”, os partidos de centro não descartam Bolsonaro.

Exemplo: o PSD lança o senador Rodrigo Pacheco, mas negocia com Lula e dá 29 dos seus 35 votos da Câmara à PEC da Reeleição. Um pé em cada canoa. E o União Brasil, resultado da fusão do DEM com o PSL? Segundo levantamento do repórter Lauriberto Pompeu, 56 dos seus 88 deputados defendem o apoio ou admitem apoiar a reeleição de Bolsonaro. 

Placar final da votação em 1º turno da PEC dos Precatórios - votação apertada

Bem... se é possível o presidente negar a ciência na pandemia, no ambiente, na vida e na morte e ganhar uma medalha do mérito científico, se confunde John Kerry com o humorista Jim Carrey, se chama a Torre de Pisa de Torre da Pizza e seus apoiadores dentro e fora do Congresso acham natural, até bacana, tudo é possível no Brasil. 

Fonte: O Estado de S. Paulo – Política – Sexta-feira, 05 de novembro de 2021 – Pág. A12 – Internet: clique aqui (Acesso em: 05/11/2021).

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