«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Crivella diz que será canal entre governo e evangélicos [Vale tudo para ganhar!]

Luciana Marques

Senador do PRB tomará posse como ministro da Pesca na próxima sexta-feira. 
Ele diz que sua chegada à Esplanada dos Ministérios não está condicionada à retirada da candidatura de Celso Russomano em São Paulo

No mesmo mês em que o Planalto enfrentou uma crise com a bancada evangélica do Congresso Nacional, a presidente Dilma Rousseff decidiu indicar o senador Marcelo Crivella (PRB) para o comando do Ministério da Pesca. Em entrevista ao site de VEJA, o senador disse que estreitará a relação entre o governo e a igreja evangélica – à qual se converteu aos 7 anos. Crivella, agora, será o braço da Igreja Universal do Reino de Deus no governo. Ele tem forte relação com a igreja, da qual já foi bispo.


Discreto e governista de carteirinha, Crivella [foto ao lado] não entrou na briga entre parlamentares evangélicos e o governo. A bancada evangélica reagiu negativamente diante da nomeação de Eleonora Menicucci na Secretaria de Políticas para as Mulheres por causa de seu posicionamento a favor do aborto. Eleonora tomou posse no último dia 10. Cinco dias depois, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, pediu desculpas à bancada evangélica, mas por outro motivo: suas declarações no Fórum Social Mundial, em que pregou o confronto com evangélicos. O episódio causou tanto desconforto que Carvalho se retratou depois.


É exatamente esse tipo de discussão pública que Crivella, ligado à Igreja Universal, tentará evitar. À parte dos debates religiosos, o futuro ministro promete organizar a indústria da pesca. Mas admite que terá de estudar bastante, já que não entende do assunto.


Sobre as eleições de 2012, Crivella garante: apesar de ter sido contemplado com um ministério, o PRB não vai retirar candidaturas da legenda em municípios. Celso Russomano, por exemplo, continuará pré-candidato da legenda rumo à prefeitura de São Paulo. Na capital do Rio de Janeiro, Crivella - que se candidatou à prefeitura nas duas últimas eleições - apoiará Eduardo Paes (PMDB). O prefeito tentará reeleição.


Leia abaixo a entrevista que o novo ministro concedeu ao site de VEJA:


De que forma o senhor pode colaborar para estreitar os laços entre governo e evangélicos? 
Sempre contribuí, independentemente de estar no governo eu nunca regateei o meu apoio à presidente, porque acredito nas suas intenções, na sua capacidade. E participei de sua campanha ativamente. De tal maneira que estarei disposto a conversar com todos os pastores que conheço há anos e todos movimentos evangélicos. Me converti com 7 anos de idade e tenho 54, portanto, conheço praticamente todas as igrejas do Brasil e todos os líderes. E o que puder fazer para dirimir as controvérsias, farei. A presidente pode contar com o apoio dos evangélicos na implementação das boas políticas públicas. Sendo integrante da bancada evangélica e fazendo parte do grupo dos assessores diretos da Presidência, acho que poderei ser, sim, um canal para estreitar os laços.  


Inclusive em temas controversos, como o aborto? 
A presidente já conhece a posição dos evangélicos sobre essas questões, somos pró-vida. Mas a minha missão é a pesca, melhorar o setor pesqueiro no Brasil, organizar o setor, a área industrial e cuidar dos pescadores. 


Agora que o PRB foi contemplado com um ministério, como ficam as alianças nas eleições municipais de 2012? 
Nós temos caminhado com o PT em vários locais, mas quero afirmar categoricamente que em nenhum momento nós do partido recebemos qualquer proposta política, de apoio ou de contrapartida para assumir o ministério.


Nem em São Paulo, onde Celso Russomano (PRB) deverá disputar contra o petista Fernando Haddad? 
Em São Paulo temos um excelente candidato, é o primeiro nas pesquisas. Jamais assumiria esse ministério se fosse condicionado a retirar a candidatura de um companheiro por quem tenho o maior apreço e respeito.


Quando recebeu o convite para assumir o cargo? 
Hoje foi a confirmação, mas recebi o convite no final de semana. Tratamos exatamente da entrada do PRB no governo e da pesca. Passei a ler sobre o assunto e conversar com amigos, tenho muito o que aprender.


A presidente fez alguma recomendação para o senhor? 
Tivemos uma conversa muito amena, muito agradável. Ela me pediu que tivesse um cuidado todo especial com os pescadores do Brasil. Ela acha que devemos organizar o setor da pesca. O Brasil está produzindo muito pouco, em torno de 1 milhão de toneladas e isso é menos do que o Peru produz. A presidente tem uma preocupação social muito grande, a mesma preocupação que me levou a passar dez anos na África. Espero estar à altura do que recebi. 


Fonte: VEJA - Brasil - 29/02/2012 - 16h35 - Internet: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/crivella-diz-que-sera-canal-entre-governo-e-evangelicos
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Troca revela declínio da influência católica 

Roldão Arruda

A indicação do senador evangélico Marcelo Crivella (PRB) para o Ministério da Pesca e Aquicultura confirma, entre outras coisas, o enfraquecimento da influência dos setores progressistas da Igreja Católica no governo.


Uma das intenções do presidente Luiz Lula Inácio da Silva (PT), ao criar a pasta, em 2003, era acolher na sua equipe o pensamento das pastorais sociais da Igreja, que sempre estiveram na base do seu partido. Uma dessas pastorais, a dos pescadores, foi um dos fatores que inspiraram a criação do ministério.


A pastoral existe desde 1970, tendo se fortalecido em Pernambuco, Paraíba, São Paulo e Santa Catarina. Seus agentes defendem os direitos sociais de pequenos pescadores e estimulam a criação de novos meios de geração de renda entre eles.
Foram esses princípios que o primeiro titular da pasta, o catarinense José Fritsch [foto acima - ele em primeiro plano], defendeu em sua gestão, entre 2003 e 2006. Petista histórico, ele iniciou a carreira política numa dessas pastorais sociais, a Comissão Pastoral da Terra, e manteve-se fiel a elas durante todo o tempo de governo. Na opinião de bispos ligados à área social, foi o melhor ministro até agora.


O segundo titular, Altemir Gregolin, também era petista e catarinense. Embora não tão próximo da Igreja, manteve os rumos do antecessor.


O quadro mudou de maneira brusca com a posse de Dilma Rousseff. Ela ofereceu o ministério como prêmio de consolação a Ideli Salvatti, após a senadora ter sido derrotada nas eleições para o governo de Santa Catarina. 


Ideli permaneceu no cargo cinco meses. Foi substituída por Luiz Sérgio Nóbrega de Oliveira, que acaba de ser trocado por Crivella.


Outro fator que confirma o declínio dos católicos progressistas é a decisão de afastar Gilberto Carvalho da interlocução com os evangélicos. Para quem não se lembra, a formação política do titular da Secretaria-Geral da Presidência também se deu nas pastorais sociais da Igreja.


Fonte: ESTADÃO.COM.BR - Política - 01 de março de 2012 - 03h06 - Internet: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,troca-revela-declinio-da-influencia-catolica-,842451,0.htm

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