«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

É a indústria... [Alerta!!!]

ANTONIO DELFIM NETTO
Em relação à política industrial ("Brasil Maior"), acreditamos que é razoável exigir cuidado sobre como executá-la num ambiente globalizado em que os produtos devem ser "mundiais" e cada país tenta criar uma plataforma de exportação. O que não é razoável é condenar, "a priori", qualquer política industrial apoiada na "teoria do equilíbrio geral", da qual não se pode extrair conclusões normativas.


Há um estado de guerra econômica entre três parceiros importantes, os EUA, a eurolândia e a China. Cada um deles usa como arma políticas industriais explícitas ou veladas, apoiadas na manipulação de suas taxas de câmbio.


Os EUA e a eurolândia utilizam suas políticas monetárias, e a China surfa uma espécie de "dollar standard", arbitrando a fixação de sua taxa à americana. Isso acabará num massacre do setor industrial dos países emergentes pela consequente tendência à valorização das suas moedas.


Quem ainda tem dúvida sobre o estado de guerra não deve deixar de ler o capítulo referente à política industrial dos EUA, contido no "State of the Union Address" [foto acima], que, todos os anos, o presidente americano apresenta ao Congresso no fim de janeiro.


"Pense-nos diz ele nas preliminares - na América que está ao nosso alcance. Um país que lidera o mundo na educação do seu povo. Uma América que atrai uma nova geração de indústrias de alta tecnologia e empregos bem remunerados. Num futuro no qual nós estaremos no controle de nossa própria energia, de nossa segurança, de nossa prosperidade e (sic) relativamente independentes das instabilidades do mundo. Uma economia construída para ficar, onde o trabalho duro vale o sacrifício e a responsabilidade é recompensada."


E continua: "Essa nova América começa com o setor industrial... Apostamos nos trabalhadores americanos. Apostamos na sua engenhosidade. Nesta noite, nossa indústria automobilística está de volta. Podemos trazer de volta também os empregos que foram exportados (para a China)".


A seguir explica como vai fazê-lo: 
1º) modificar o sistema tributário que estimula a fuga industrial; 
2º) aumentar os impostos das multinacionais que produzem no exterior; 
3º) reduzir a tributação do setor de alta tecnologia; 
4º) investigar as práticas comerciais de países como a China e 
5º) reafirmar o projeto, que vai muito bem, de dobrar as exportações nos próximos cinco anos.


A mensagem é simples: 


"É tempo de pararmos de beneficiar quem produz no exterior e exporta emprego e de estimular os que criam emprego aqui na América". 


Não importa a avaliação dos economistas sobre esse programa. O que interessa é o que Obama vai fazer com ele...


Fonte: Folha de S. Paulo - Opinião - Quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012 - Pg. A2 - Internet: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/24604-e-a-industria.shtml

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