«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Papa faz uma séria advertência

Quem segue o caminho do clericalismo
busca poder ou dinheiro

Domenico Agasso Jr.
Vatican Insider
30-10-2017 
PAPA FRANCISCO
Presidindo a Eucaristia na Capela Santa Marta, no Vaticano


«Um bom pastor tenta se aproximar dos fracos, dos marginalizados.
É capaz de se comover e compadecer-se, além de ajudar.
Por outro lado, quem segue o caminho do clericalismo não está próximo de pessoas reais e quer profundamente, senão apenas, poder ou dinheiro.»

O Papa Francisco afirmou em sua homilia na missa matutina do dia 30 de outubro de 2017, na capela da Casa Santa Marta.

O pontífice, de acordo com a Rádio Vaticana, comentou o episódio evangélico da cura de uma mulher que narrou o Evangelho de Lucas, proposto para ser a liturgia do dia. Francisco explicou que na sinagoga, em um sábado, Jesus conheceu uma mulher que não conseguia ficar com sua postura ereta. "Uma enfermidade da coluna vertebral - disse - que durante anos a deixava assim". Ao mesmo tempo recordou que o evangelista usa cinco verbos para descrever o que Jesus faz: "Ele a viu, chamou-a, falou-lhe, pousou as mãos sobre ela e a curou".

Cinco verbos de PROXIMIDADE - destacou o Papa - porque "um bom pastor está sempre próximo". Na parábola do Bom Pastor, ele está perto daquela ovelha perdida, deixando as demais para ir encontrá-la. Não pode estar longe de seu povo. Em contrapartida o clero, os Doutores da Lei, os fariseus, os saduceus, os ilustres, viviam separados do povo, censurando-os constantemente. Estes não eram bons pastores - esclareceu -, pois estavam fechados em seus próprios grupos e não se interessavam pelo povo. "Talvez fosse importante para eles, quando terminavam o serviço religioso, ver quanto dinheiro havia nas oferendas". Mas não estavam próximos das pessoas.

Por outro lado, Jesus está perto, e sua proximidade vem do que ele sente em seu coração: "Jesus se comoveu", tal como se pôde ler em outra passagem do Evangelho.
"Por isso Jesus sempre esteve lá com as pessoas excluídas por aquele grupinho clerical: haviam pobres, doentes, pecadores, leprosos, e estavam todos lá, porque Jesus tinha essa capacidade de se comover diante da doença, pois era um bom pastor. Um bom pastor se [1ª] aproxima e [2ª] tem capacidade de se comover. E eu diria que a terceira característica de um bom pastor é [3ª] não se envergonhar da carne, tocando a carne ferida, como Jesus fez com esta mulher: 'tocou', 'pousou suas mãos', tocou os leprosos, tocou os pecadores".

Um bom pastor - continuou o Papa - não diz: "Sim, está bem... Sim, sim, estou perto de ti em Espírito". Isto é distância. Mas ele faz "o que Deus Pai fez: aproximar-se, por compaixão, por misericórdia, da carne de seu Filho".

O grande pastor, o Pai, ensinou-nos como um bom pastor faz: humilhou-se, esvaziou-se, viu-se vazio, subjugou-se, assumiu a condição de servidão.

"Mas o que acontece com esses outros - aqueles que seguem o CAMINHO DO CLERICALISMO - a quem se aproximam?". Sempre se aproximam do poder em vigor ou ao dinheiro. E são maus pastores. Eles só pensam em como escalar no poder, serem amigos do poder e negociam tudo ou pensam apenas em seus bolsos. Estes são os hipócritas, capazes de qualquer coisa. A essas pessoas não lhes importa o povo. E quando Jesus lhes dá aquele bonito adjetivo que utiliza frequentemente para eles - "hipócritas" -, eles se ofendem: "Mas não, não, nós seguimos a lei". [A lei sempre foi o escudo, a proteção dos hipócritas!]

Quando o povo de Deus enxerga que os maus pastores são espancados, ficam felizes - recordou Francisco - e isso é um pecado, sim, embora eles tenham sofrido tanto que tentam se "aproveitar" um pouco desta situação. Mas o bom pastor - acrescentou - é Jesus que vê, chama, fala, toca e cura. É o Pai que se faz carne em Seu Filho, por compaixão.

"É uma graça para o povo de Deus ter bons pastores, como Jesus, que não têm vergonha de tocar a carne ferida, que sabem que - não só eles, mas também todos nós - seremos julgados: estive com fome, estive na cadeia, estive doente... Os critérios do protocolo final são os critérios da proximidade, os critérios desta proximidade total, para tocar, para compartilhar a situação do povo de Deus. Não esqueçamos isto: o bom pastor está sempre perto das pessoas, sempre, como Deus nosso Pai se fez próximo de nós, em Jesus Cristo que se fez carne".

Traduzido do italiano por Henrique Denis Lucas. Acesse a versão original deste artigo, clicando aqui.

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos – Notícias – Terça-feira, 31 de outubro de 2017 – Internet: clique aqui.

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