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Mostrando postagens de maio, 2013

Os índios, a legislação e quem a desrespeita [Revoltante!]

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Washington Novaes Índio caiová-guarani com a Constituição Brasileira em suas mãos Diz o relatório anual O Estado dos Direitos Humanos no Mundo , divulgado pela Anistia Internacional (BBC Brasil, 22/5), que "vivemos em um país sob um déficit de justiça muito grande" em vários setores , principalmente indígenas e de moradores de favelas, como sintetizou seu diretor executivo no Brasil, Átila Roque. Segundo ele, o "marco institucional" garante os direitos, "mas na prática isso não se realiza". Como é observado no documento, para os indígenas 2012 foi um ano de "acirramento da violência" , usada como "instrumento para favorecer interesses econômicos" - com "brutalidade chocante", de que o caso dos índios caiovás-guaranis, de Mato Grosso do Sul (MS), é um dos exemplos. E poderá haver muitos outros se prosperarem projetos em tramitação no Congresso Nacional, como o de emenda constitucional que propõe retirar da Fundação Naci

Megaeventos e "uma limpeza urbana injustificada''

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Entrevista com Sônia Fleury IHU On-Line “Esses processos das remoções têm tido um impacto muito grande nas relações sociais”, diz a cientista política A reestruturação urbana do Rio de Janeiro irá remover “cerca de 30 mil pessoas, dando prioridade para investimentos empresariais e negócios”, disse Sônia Fleury à IHU On-Line . Para ela, “trata-se de um processo decisório, autoritário, fechado, não transparente e simbolicamente muito violento” . Ao comentar os dados do documento Megaeventos e violação dos direitos humanos no Rio de Janeiro , publicado recentemente, Sônia assinala que haver uma “concentração das obras do PAC em certas áreas da cidade, que não são exatamente nas quais as pessoas estão morando. De certa forma, há um deslocamento dessa população pobre para essas áreas mais longínquas das cidades, o que representa perda em termos de transporte, horas e gastos para essa população chegar aos locais de trabalho”. Para a realização dessa reestruturação, assegura n

O pensamento de Hannah Arendt em um filme fascinante

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Rose Pacatte * National Catholic Reporter 25-05-2013 Margarethe Von Trotta - cineasta A diretora Margarethe von Trotta , cujo numinoso filme de 2009 Visão contou a história da vida de Santa Hildegarda de Bingen, se debruçou sobre a história de outra mulher influente, a filósofa e teórica política Hannah Arendt (1906-1975) Hannah Arendt [o filme] começa em Nova York, em 1960, onde Arendt (Barbara Sukowa), uma imigrante alemã e judia secular, escreve e ensina em uma universidade. Quando o Mossad, a agência de inteligência israelense, captura o oficial nazista Adolf Eichmann e o leva clandestinamente a Jerusalém para ser julgado, Arendt, que tem um grande interesse filosófico no totalitarismo, discute com seu marido, Heinrich (Axel Milberg), sobre o fato de pedir que William Shawn (Nicholas Woodeson), o editor da revista The New Yorker, a envie para cobrir o julgamento iminente para a revista. Shawn hesita, porque, como observa o seu assistente, "os filósofos não

JUVENTUDE: Em situação de carência generalizada

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PAULO HEBMÜLLER Prevenção e atendimento primário da população devem ser as prioridades no cuidado com o adolescente – e não a redução da maioridade penal –, afirmam especialistas em encontro no Instituto de Psicologia Marcha contra a exploração sexual de adolescentes: ação de órgãos públicos tem reduzido violência contra o menor Um adolescente infrator é fruto de um conjunto de situações: da família, da sociedade e de uma política – ou da falta dela – do Estado. "Quando a mídia fica em cima de casos que envolvem um adolescente, ninguém está pensando na escola em que ele estudou, no bairro em que ele cresceu e se ele teve ou não a política necessária para o seu atendimento ", diz a psicóloga Fabiana de Gouveia Pereira , do Serviço de Proteção Especial a Crianças e Adolescentes da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo. A psicóloga é contrária à redução da maioridade penal por acreditar que enviar um jovem de 16 anos para um presídio,

Para além de uma visão da Igreja a partir da Europa

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Entrevista com Timothy Radcliffe * Maria Teresa Pontara Pederiva Blog da Editora Queriniana 24-05-2013 "Precisamos mais do que nunca da vitalidade dos católicos de outros continentes, onde as comunidades muitas vezes são mais jovens e cheias de vitalidade. Eu espero vivamente que um papa latino-americano dê confiança aos católicos daquelas terras, para que encontrem a força para viver sua fé com alegria e criatividade." TIMOTHY RADCLIFFE - teólogo dominicano inglês Eis a entrevista. O que o senhor pensa desta nova estação da Igreja? O novo Papa Francisco deu alguns sinais, mas mais uma vez os conservadores insistem no fato de que nada mudou, os progressistas já o veem dando passos até muito para a frente... É um pouco sempre a mesma história que se repete ou não? Timothy Radcliffe: Naturalmente, cada um examina cada palavra do novo papa para ver se é do "nosso lado" ou não. Isso é profundamente injusto. Francisco precisa de tempo para descobrir o

Pega na mentira [Para refletir!]

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Entrevista com Newton Bignotto * Juliana Sayuri Num mundo onde não é possível ter certezas absolutas, certa dose de ceticismo combina bem com a vida nas democracias, diz filósofo NEWTON BIGNOTTO - Filósofo (UFMG) Presidente do Supremo, Joaquim Barbosa soltou o verbo na universidade dias atrás: “Temos partidos de mentirinha. Diria que o grosso dos brasileiros não vê consistência ideológica e programática em nenhum dos partidos. E tampouco seus partidos e os seus líderes partidários têm interesse em ter consistência programática ou ideológica. Querem o poder pelo poder” . E disse alguma mentira? No paralelo, o estilo “mentirinha” – fábula, farsa, ficção, lorota, tró-ló-ló e afins – pipocou noutras páginas nessa semana: os ruidosos rumores sobre o fim do Bolsa Família, atribuídos por outrem a intriga da oposição; o grampo na conversa do jornalista venezuelano Mario Silva, amigo do finado Hugo Chávez, sobre um possível golpe no país – no fim, o jornalista não negou que a voz