«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

"A Lava Jato está incomodando tanto e a quem e por quê?"

Fausto Macedo, Ricardo Brandt e Julia Affonso

Durante reunião do Conselho Nacional do Ministério Público, procurador-geral da República, Rodrigo Janot afirma que sua Instituição “não tem bandeira, não tem ideologia”
RODRIGO JANOT
 Procurador-Geral da República lançou a pergunta correta para o momento:
"A quem mais incomoda a Operação Lava Jato" - Foi só começar a chegar perto de políticos e membros
da alta cúpula para disparar a artilharia contra a operação!

O procurador-geral da República Rodrigo Janot fez uma indagação enigmática durante reunião do Conselho Nacional do Ministério Público nesta terça-feira, 23 de agosto. “A Lava Jato, hoje, está incomodando tanto e a quem e por quê?”

Janot fez essa colocação ao final de um longo pronunciamento ao colegiado em reação aos ataques desfechados à Procuradoria pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal [STF].

Gilmar Mendes atribuiu à Procuradoria o vazamento de detalhes da suposta delação do empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, que teria citado o ministro do STF, Dias Toffoli.

Janot afirma que jamais chegou ao Ministério Público Federal, em meio às negociações com a OAS que já se arrastam há seis meses, qualquer citação a Toffoli. O procurador disse que é “um estelionato delacional, um factóide, uma invencionice”.

Ao rebater as acusações de Gilmar Mandes, o procurador foi enfático. “O Ministério Público não tem bandeira”. Segundo ele, os procuradores realizam investigações com isenção.

“O que me chamou a atenção nesse episódio desses dois ou três dias é que o Brasil vive um jogo Fla-Flu, um jogo de dois lados, e nesse jogo o Ministério Público tem apanhado de ambos. Portanto, estamos desagradando a ambos os lados. Na minha visão é um sinal positivo. Caminhamos bem porque não estamos agradando a lado algum. Não temos bandeira, não temos ideologia, não temos parte, não temos lado. Temos o lado da investigação dos fatos.”

Janot reafirmou que nenhuma informação sobre Toffoli chegou ao Ministério Público. Ele diz que foi criado “um factoide”.

“Essas reações me fizeram pensar muito. Fizemos aqui (recentemente), neste Conselho Nacional do Ministério Público, um evento sobre grandes casos criminais Brasil-Itália. O que está acontecendo neste exato momento com as investigações da Lava Jato não é novidade. Isso aconteceu exatamente na Itália (em meio à Operação Mãos Limpas).”
GILMAR MENDES
Este Ministro do Supremo Tribunal Federal tem atacado sistematicamente:
A Lei da Ficha Limpa, a Lava Jato por estar "indo longe demais" e, agora, as 10 Propostas de combate à Corrupção,
iniciativa do Ministério Público Federal
Quando eram membros do PT que estavam caindo na rede, ele apoiava a Operação, mas agora não. Estranho...

Janot

“Eu reafirmo: essa pretensa negociação (com a OAS) não é coisa de agora. São seis meses de duríssimas negociações. Nenhum fato, ou nenhum anexo, encaminhando ou insinuando a participação de um alto magistrado da República chegou por qualquer forma ao Ministério Público Federal. Já compraram a tese do vazamento. A gente vaza aquilo que tem. Se você não tem a informação, você vaza o quê? Vaza o nada. Não sei a quem interessa essa cortina de fumaça que tem intuito indireto para sugerir a aceitação do Ministério Público Federal por determinada colaboração.”

Janot reiterou uma frase que usa sempre que sua Instituição sofre ataques. “O Ministério Público tem o couro grosso. Não sofre pressão de poder econômico, não sofre pressão de partido político, de poder da República. O Ministério Público tem algo que a Constituição lhe atribuiu e que eu espero que não seja retirado, numa eventual reforma futura, que é a autonomia e independência na sua atuação.”

Aos conselheiros que o ouviam, Janot acrescentou. “Eu me senti na obrigação de prestar essas informações para evitar que o factóide se espalhe. Reafirmo que não existiu nenhum fato imputado a nenhum magistrado. Essas reações que se seguiram eu não consigo identificar a razão pelas quais existem. Nego que, em qualquer tempo da investigação, tenhamos buscado pessoas.”

Ele disse que o Ministério Público investiga os fatos “de maneira equilibrada”.
“Não é agradável ao Ministério Público abrir uma chaga, mas é sua função fazê-lo.”
Ao final do pronunciamento, o procurador-geral da República fez a indagação enigmática. “A Lava Jato, hoje, está incomodando tanto e a quem e por quê?”

Fonte: ESTADÃO.COM.BR – Política – Quarta-feira, 24 de agosto de 2016 – 05h05 –  Internet: clique aqui.

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