«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Evangélicos esperam se beneficiar de nova lei eleitoral

Thais Bilenky

A redução da campanha para 45 dias, a restrição de plataformas de propaganda e a proibição de doações de empresas tendem a favorecer segmentos com base eleitoral formada, como igrejas.
PALÁCIO ANCHIETA
Sede da Câmara Municipal de São Paulo - capital

Potenciais beneficiárias da nova legislação eleitoral, igrejas evangélicas articulam candidaturas próprias para ampliar a bancada na Câmara Municipal de São Paulo. [O mesmo deve se dar em todo o Brasil!]

As denominações pretendem usar a influência de líderes religiosos e a presença de candidatos em atividades internas para eleger ao menos cinco vereadores, além dos dez que tentam renovar o mandato.

Na disputa pela prefeitura, a possibilidade de Celso Russomanno (PRB) ter a candidatura barrada pela Justiça favoreceu João Doria (PSDB), que obteve gestos de simpatia de lideranças como o bispo Robson Rodovalho, da Sara Nossa Terra, e o pastor Silas Malafaia. [Nossa, o candidato tucano está em “ótima” companhia!]

A redução da campanha para 45 dias, a restrição de plataformas de propaganda e a proibição de doações de empresas tendem a favorecer segmentos com base eleitoral formada, como igrejas.

De olho nisso, denominações lançam candidaturas próprias como as de João Jorge (PSDB) e Gilberto Nascimento Jr. (PSC) pela Assembleia de Deus - Ministério Madureira, que se empenha também na reeleição das vereadoras Noemi Nonato (PR) e Sandra Tadeu (DEM).

A Assembleia de Deus do Belém, sem vereador na atual legislatura, lançará Rute Costa (PSD). Filha de seu presidente, José Wellington Bezerra da Costa, sua eleição é dada como certa no setor.

A igreja do Evangelho Quadrangular lançou o pastor Rinaldi Digiglio (PRB) e a Plenitude do Trono de Deus, a irmã Anita (PRB).
JOÃO DORIA - PSDB ("TUCANO") - Candidato a Prefeito
é o predileto de vários pastores e igrejas evangélicas de São Paulo, capital.
Bispo Rodovalho da igreja "Sara Nossa Terra" alega que com ele há "uma reciprocidade rápida"!


Algumas campanhas devem esbarrar, contudo, no veto à presença de candidatos no púlpito. A prática é comum e pouco fiscalizada, embora vetada desde 1997, observou o advogado especializado em eleição Ricardo Penteado, que atuará na campanha de Marta Suplicy (PMDB).

Para ele, a minirreforma eleitoral trará "desequilíbrios" e "algumas forças podem ser utilizadas indevidamente como os cultos".

O pastor Wilton Acosta, articulador político do PRB para igrejas evangélicas, afirmou que "a falta de conhecimento da legislação pode fazer com que a gente cometa uma série de equívocos". [Isso é no mínimo estranho! Esse pastor, com antecedência, já admite que não conhece a legislação! Por que não a estuda para poder obedecê-la?]

"A participação de candidatos nas atividades internas, sua presença com a turma da igreja em uma reunião de bairro, isso pode ser caracterizado como trabalho eleitoral e, para nós, é voluntário. Traz bastante temor", disse.

Expansão

Malafaia, pastor no Rio de Janeiro, disse que vai ajudar de "50 a 60 candidatos" pelo país – em São Paulo, será Gilberto Nascimento Jr.

"As bancadas vão aumentar, porque, quando você tem uma demanda ideológica, cresce o voto nos representantes", disse o pastor.
SILAS MALAFAIA
Pastor e líder da igreja "Ministério Vitória em Cristo" - ligado à Assembleia de Deus
Fará campanha aberta por mais de 50 candidatos Brasil afora!

Ele citou o que evangélicos chamam de "ideologia do gênero" –a concepção combatida pelo programa da Escola sem Partido segundo a qual crianças desenvolvem a orientação sexual no decorrer de sua formação.

"Querem botar na goela da sociedade o que foi rejeitado pela Câmara e o Senado. Isso provoca a necessidade de manifestar a nossa cidadania." [Até parece que seja esta, de fato, a preocupação quando lançam tantos candidatos! No fundo, é a busca pelo poder e pela influência na sociedade!]

Segundo Malafaia, a mobilização de fiéis se dará por meio de santinhos distribuídos em portas de igrejas e, especialmente, pelas redes sociais. "Nós temos uma vantagem: está provado que ninguém usa rede social mais que as igrejas evangélicas, porque somos comunidades. Isso é muito poderoso".

Malafaia disse que Doria "faria bonito" se eleito, assim como Russomanno, "se não for cassado".

O tucano "é simpático e preparado para esse tempo de crise e dificuldade", disse.

Bispo Rodovalho, da Sara Nossa Terra, disse que com os dois há "mais abertura de diálogo" e "reciprocidade rápida". Ele afirmou que Russomanno, "ao nosso ver, tem muito pouca chance de manter candidatura".

O deputado Missionário José Olimpo (DEM-SP), da Igreja Mundial do Poder de Deus, disse crer que a bancada evangélica passará a representar 30% dos vereadores paulistanos. "A tendência é sempre aumentar, porque o crescimento do povo evangélico é grande no país."

Olimpo lembrou o crescimento de 15% da bancada evangélica na Câmara dos Deputados em 2014.

A NOVA REGRA DO JOGO

* Eleições terão campanha mais curta e sem doações de empresas; veja novas regras

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* Nova lei eleitoral é “experimento”, dizem especialistas

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Fonte: Folha de S. Paulo – Poder – Sexta-feira, 5 de agosto de 2016 – 02h00 – Internet: clique aqui.

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