«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Estudo mostra os beneficiários da destruição na Amazônia

 
"Os frigoríficos Bertin e JBS Friboi formaram, em 2009, a maior companhia do mundo no segmento de proteína animal do mundo.  Porém, ao se unirem e construírem uma planta industrial, o grupo adquiriu madeira de empresa que já recebeu matéria-prima de fazenda com área embargada pelo Ibama".
A reportagem é de Thais Jervolino e publicado por Amazonia.org.br, 23-02-2011.

Esse é um dos diversos casos de grandes empresas envolvidas com a cadeia produtiva predatória que ilustram a pesquisa "Quem se beneficia com a destruição da Amazônia", lançada pelo Conexões Sustentáveis: São Paulo - Amazônia, iniciativa que busca mobilizar as cadeias de valor dos setores da pecuária, da madeira e da soja por meio de pactos setoriais para a preservação da floresta amazônica e seus povos.

De acordo com Leonardo Sakamoto, coordenador da ONG Repórter Brasil, um dos autores do estudo, grandes empresas como Casas Bahia e Magazine Luiza estão relacionadas com o desmatamento, ao comprar produtos de fornecedores ligados a crimes socioambientais na Amazônia.  "O desafio é colocar o desenvolvimento sustentável sem impedir que classes sociais mais baixas tenham acesso aos produtos, já que produtos ilegais não possuem o mesmo valor do que o sustentável", explica.

Um dos objetivos do estudo é alertar as empresas e os consumidores sobre a importância de adotar modelos de negócios que não financiem a exploração predatória dos recursos naturais, a exploração desumana de trabalhadores ou que cause danos às populações tradicionais.

Outro autor da pesquisa, Marques Casara, diretor da empresa Papel Social, destaca a influência do governo na ilegalidade.  "Hoje há novas formas de fraudar a extração de madeira e elas são perpetuadas pelo próprio Estado.  Na Secretaria do Meio Ambiente do Pará há uma quadrilha que frauda o sistema de controle.  No Mato Grosso, funcionários do alto escalão foram pegos em um escândalo de esquentamento de madeira", diz.

De acordo com a pesquisa, ao destacar algumas cadeias produtivas que impactam o meio ambiente, a intenção não é "procurar culpados (até porque, em última instância, todos nós, consumidores, somos responsáveis), mas unir esforços para resolver o problema e monitorar a solução.  Com a transparência que uma sociedade que vive na era de informação exige".

Legitimação da ilegalidade

Atualmente, a atividade de extração de madeira ilegal no Pará movimenta ao ano cerca de R$ 2 bilhões.  De acordo com Valmir Ortega, diretor do Programa Cerrado-Pantanal da Conservação Internacional do Brasil, uma das questões mais preocupantes é o fato de que a atividade ilegal é legitimada pelos habitantes onde ela se encontra.  "Os atores que investem em ilegalidades como a grilagem, extração de madeira ilegal, supressão de floresta, associação com madeireiras ilegais, precisam de um capital inicial de R$ 1 milhão.  Após dois anos, a atividade obterá um retorno ao investidor de R$ 15 a R$ 20 milhões.  Duvido que haja outra atividade com tal taxa de retorno.  O mais preocupante é que boa parte da sociedade acha que esse processo é legítimo.  Há um entendimento que nessas regiões a lei não pode ser cumprida.  Por isso combater essas práticas é tão difícil", comenta.

Políticas de compras positivas

Segundo Roberto Smeraldi, diretor da organização Amigos da Terra - Amazônia Brasileira, as políticas de compras que excluem negociações feitas com aqueles que estão em listas de atividades predatórias, como a do desmatamento, não são suficientes.  "É preciso adotar políticas positivas, nas quais se decide e divulga o que se quer comprar, ao invés de excluir fornecedores com base de referência em listas amostrais de exclusão".
Para ele, esse é o momento de abandonar a postura simplista de "limpar a barra".  "É preciso estruturar a cadeia e não excluí-la cada vez mais", afirma.

Leia o estudo na íntegra acessando: http://reporterbrasil.org.br/conexoes/?page_id=6

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos - On-Line - Dia 24/02/2011 - Internet: http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=40916

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