«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Metade das arenas construídas para a Copa dá prejuízo à África do Sul


Jamil Chade
GENEBRA


Cinco estádios utilizados em 2010 só são mantidos hoje graças ao dinheiro público
[Será este o caminho do Brasil?]
Estádio da Cidade do Cabo - África do Sul
Quase dois anos depois da Copa da África do Sul, cinco dos dez estádios construídos para a competição são hoje mantidos integralmente graças ao dinheiro público, não conseguem atrair eventos suficientes nem sequer para cobrir seus custos de manutenção e já se calcula que, em alguns casos, custaria menos demoli-los do que pagar por sua manutenção na próxima década.


Os dados foram coletados pelo sul-africano Eddie Cottle, especialista que por meses estudou a situação dos estádios do país e, com dados oficiais dos governos das províncias, revela que o contribuinte ainda paga pela manutenção desses elefantes brancos. "Esse é o legado da Copa que ninguém ousa falar'', declarou Cottle ao Estado.


Segundo ele, entre 2003 e 2010, o orçamento público previsto pelo governo para o Mundial aumentou em 1.709%, para um total de US$ 4,8 bilhões (cerca de R$ 8,8 bilhões) apenas para as obras dos estádios e infraestrutura. "Mas o que ninguém se deu conta é que, mesmo depois da Copa terminada, os gastos continuaram'', declarou. Para ele, essa conta também precisará ser feita no Brasil.


Eddie Cottle
Segundo o levantamento de Cottle, o Estádio Moses Mabhida, em Durban, ainda não conseguiu terminar uma temporada sem que a prefeitura não tivesse de intervir e resgatar os administradores do local de suas dívidas.


Na Cidade do Cabo, o Green Point exige a cada ano US$ 5,6 milhões (R$ 10,2 milhões) da prefeitura para que possa ser mantido, mesmo com a organização de jogos e shows no local. Tanto Durban quanto a Cidade do Cabo já pediram ajuda ao governo federal para permitir que essas dívidas sejam compartilhadas com a administração central do país.


Em Porto Elizabeth, o custo anual de manutenção chega a US$ 8,1 milhões (R$ 14,8 milhões), arcado pelo poder público. Para fazer frente às dívidas, o governo local anunciou no final de 2011 que estava reduzindo gastos de outras áreas em US$ 99 milhões (R$ 181,5 milhões).


O Peter Mokaba, em Polokwane, e o Mbombela, em Nelspruit, são os outros elefantes brancos que a Copa deixou.


Os custos para manter as 5 arenas são tão altos que estudos mostram que demoli-las seria mais econômico. "Só não farão isso agora porque o custo político seria gigante. Mas, economicamente, sabem que é o que faz sentido e acredito que, em alguns anos, vamos ver essa proposta seriamente debatida'', declarou Cottle.


Fonte: ESTADÃO.COM - Esportes - 12 de abril de 2012 - 03h05 - Internet: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,metade-das-arenas-construidas-para-a-copa-da-prejuizo-a-africa-do-sul-,860005,0.htm

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