CHEGA DE MURMURAÇÃO ! ! !
Este é o apelo de Papa Francisco para
paróquias e dioceses
Vatican News /
Redação da Aleteia
As palavras certamente ajudam, mas é o
testemunho o que atrai
e faz a Igreja crescer
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PAPA FRANCISCO Presidindo a Eucaristia na Capela da Casa Santa Marta - Vaticano |
Nesta
quinta-feira, 8 de novembro, o Papa Francisco
destacou 3 palavras em sua homilia: testemunho,
murmuração e pergunta.
A
reflexão se desenvolveu a partir do Evangelho
de Lucas [15,1-10], da liturgia do dia:
«Os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar.
Os fariseus,
porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus.
“Este homem
acolhe os pecadores e faz refeição com eles”».
O
testemunho faz a Igreja crescer
Disse
Francisco:
«Testemunhar
é romper um costume, uma maneira de ser. Romper para melhorar, para mudar. Por isso, a Igreja vai adiante para
testemunhar. O que atrai é o testemunho, não as palavras, que certamente
ajudam, mas o testemunho é o que atrai e faz a Igreja crescer. Jesus testemunha. É algo novo, mas não muito novo, porque a misericórdia de Deus
existe desde o Antigo Testamento. Os
doutores da lei nunca entenderam isso: “Eu
quero misericórdia e não sacrifícios”. Eles liam, mas não entendiam o
significado da misericórdia. Jesus com sua maneira de agir, proclama essa
misericórdia com o testemunho».
O
testemunho de Jesus provoca murmuração
Os
fariseus, escribas e doutores da lei diziam sobre Jesus: «Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles».
Não
reconheciam que ele procurava converter os pecadores, mas se limitavam ao comentário
negativo para destruir o testemunho,
observou o Papa.
E
aplicou o caso à realidade da Igreja:
«Quanto
se murmura nas paróquias? Por muitas coisas… Se há um testemunho de que eu não gosto ou uma pessoa de que eu não
gosto, logo se desencadeia a falação».
«E na
diocese? As lutas dentro das dioceses. As
lutas internas nas dioceses! Vocês sabem disso. E também na política. Isso é feio. Quando um governo não é honesto,
procura sujar os adversários com a murmuração. Que seja difamação, calúnia,
procura sempre. Vocês conhecem bem os governos ditadores, pois viveram isso. O que faz um governo ditador? Primeiro,
toma os meios de comunicação com uma lei
e dali começa a murmurar, a
menosprezar todos aqueles que são um perigo para o governo. O murmúrio é o nosso pão cotidiano no
âmbito pessoal, familiar, paroquial, diocesano, social …”
A
pergunta de Jesus
Jesus
«usa o mesmo método que eles usam», ou seja, o de fazer perguntas.
Eles fazem perguntas para colocar Jesus em dificuldade, «com má intenção», «para
fazê-lo cair»: por exemplo, com uma pergunta sobre os impostos a serem pagos ao
império ou sobre repudiar a própria esposa. Jesus usa o mesmo método, «mas
depois vemos a diferença».
Jesus
lhes pergunta: «Se um de vós tem cem ovelhas e perde uma,
não deixa as noventa e nove no deserto e vai atrás daquela que se perdeu, até
encontrá-la?».
A
lógica farisaica e dos doutores da lei, porém, é outra: «Deixemos pra lá aquela perdida e entre perdas e ganhos teremos lucro.
Salvemos estas». E Francisco observa:
«Eles
escolhem o contrário de Jesus. Por isso, não conversam com os pecadores, com os publicanos, não vão até eles porque “é melhor não se sujar com essa gente, é um risco. Conservemos os
nossos”. Jesus é inteligente e lhes faz essa pergunta: entra na sua
casuística, mas os deixa numa posição diferente em relação à postura justa».
A
lógica do Evangelho é contrária à lógica do mundo
Por
fim, o Papa recordou mais uma vez as três
palavras de sua reflexão:
* «testemunho», que é provocador, «que faz a Igreja crescer»;
* «murmuração», que é «como uma
guarda do meu interior para que o testemunho não me fira»; e
* «a pergunta» de Jesus.
Francisco
também recordou as palavras «alegria» e «festa», que essas pessoas não
conhecem: «Todos aqueles que seguem o
caminho dos doutores da lei não conhecem a alegria do Evangelho», sublinhou
o Pontífice, concluindo com a seguinte frase:
«Que o Senhor nos faça entender essa lógica do
Evangelho contrária à lógica do mundo».
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