21º Domingo do Tempo Comum – Homilia
Evangelho: Mateus 16,13-20
Assista à narração do Evangelho deste
domingo, clicando sobre a imagem abaixo:
José Antonio
Pagola
Biblista espanhol
O QUE NÓS DIZEMOS
Também hoje, Jesus dirige aos
cristãos a mesma pergunta que fez, um dia, a seus discípulos: “E vós, quem
dizeis que eu sou?”. Não nos pergunta, somente, para que nos pronunciemos
sobre sua identidade misteriosa, mas também para que revisemos nossa relação
com ele. O que lhe podemos responder a partir de nossas comunidades?
Conhecemos cada vez melhor Jesus,
ou o temos “trancafiado em nossos velhos esquemas cansativos” de sempre? Somos
comunidades vivas, interessadas em colocar Jesus no centro de nossa vida e de
nossas atividades, ou vivemos cansados na rotina e na mediocridade?
Amamos a Jesus com paixão
ou ele se converteu para nós em um personagem desgastado,
ao qual continuamos invocando,
enquanto em nosso coração cresce a indiferença e o esquecimento?
Aqueles que se aproximam de nossas
comunidades podem sentir a força e a atração que Jesus tem para nós?
Sentimo-nos discípulos e discípulas
de Jesus? Estamos aprendendo a viver com seu estilo de vida em meio da
sociedade atual, ou nos deixamos arrastar por qualquer apelo mais atraente aos
nossos interesses? Não nos importamos de viver de qualquer maneira, ou
temos feito de nossa comunidade uma escola para aprender a viver como Jesus?
Estamos aprendendo a olhar a vida
como a olhava Jesus? Olhamos, a partir de nossas comunidades, para os
necessitados e excluídos com compaixão e responsabilidade, ou nos fechamos
em nossas celebrações, indiferentes ao sofrimento dos mais desvalidos e esquecidos:
os que foram sempre os prediletos de Jesus?
Seguimos Jesus colaborando com ele
no projeto humanizador do Pai, ou continuamos pensando que o mais
importante do cristianismo é preocupar-nos, exclusivamente, com a nossa
salvação? Estamos convencidos de que o modo de seguir Jesus é viver, cada dia,
tornando a vida mais humana e mais alegre para todos?
Vivemos o domingo cristão celebrando a ressurreição de
Jesus,
ou organizamos o nosso final de semana vazio de todo sentido
cristão?
Aprendemos a encontrar Jesus no
silêncio do coração, ou sentimos que nossa fé desvanece abafada pelo ruído e o
vazio que há dentro de nós?
Cremos em Jesus ressuscitado que
caminha conosco cheio de vida? Vivemos acolhendo em nossas comunidades a paz
que ele deixou em herança aos seus seguidores? Cremos que Jesus os ama com
um amor que nunca acabará? Cremos em sua força renovadora? Sabemos ser
testemunhas do mistério da esperança que levamos dentro de nós?
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