«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

terça-feira, 5 de março de 2013

CONCLAVE: Entenda como se dará a eleição do Papa

A imagem abaixo,
mostra-nos, em forma esquemática,
o processo preparatório ao Conclave:
reunião durante a qual será escolhido o 
sucessor do Papa Bento XVI


Clicando sobre a imagem abaixo
com a tecla DIREITA do mouse,
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Fazendo assim, tem-se uma melhor visão do
esquema explicativo
de como se realizará o Conclave:

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"Apostou todas as fichas no lugar errado"

Entrevista com José Oscar Beozzo

"Dei entrevista por telefone para o repórter Fabiano Maisonnave que saiu publicada na Folha de S. Paulo de domingo, dia 02 de março, no caderno A16. Revisei-a antes de ir para o editor. Este fez cortes, o que é normal num jornal. Um dos cortes porém, tornou o texto contraditório e incompreensível", escreve José Oscar Beozzo, coordenador do Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular e autor de livros e artigos sobre a história da igreja no Brasil e na América Latina, ao ombudsman do jornal Folha de S. Paulo.

Ao enviar a íntegra da entrevista, Beozzo afirma que "o jornal truncou o texto e por isto envio em anexo a entrevista completa. Prefiro que seja este o texto divulgado".

Eis a entrevista.


JOSÉ OSCAR BEOZZO - historiador e teólogo
O que se pode dizer sobre o provável perfil do novo papa?

Beozzo: Essa renúncia de Bento XVI mexeu profundamente com a igreja toda, com o inusitado do seu gesto. De certa forma, ela fechou o arco de um movimento iniciado no Concílio Vaticano II. O Concílio, de maneira muito sábia estabeleceu um limite de idade para os bispos e os párocos: 75 anos. Depois disto deveriam entregar espontaneamente seus ofícios ou serem solicitados a fazê-lo pela competente autoridade.

Paulo VI aplicou em 1970 essa mesma norma aos Cardeais da Cúria Romana. Deveriam entregar sua carta de demissão aos 75 anos. Aos 80 anos perderiam também seu direito de eleger o próximo papa. 
Bento XVI, com sua renúncia apontou com toda clareza que a sábia norma conciliar devia ser tomada em conta também pelo Papa. Aplicou-a a si próprio e abriu caminho para que seja tomada em consideração pelos futuros papas.

Creio que os cardeais serão muito cautelosos em sua escolha no próximo conclave.  Depois de João XXIII, eleito com quase 80 anos de idade, escolheram um sucessor, Paulo VI, com 65 anos. Depois que Albino Luciani (João Paulo I) morreu com apenas um mês de papado, elegeram um papa bem jovem, para evitar um novo conclave em tão curto espaço de tempo: Karol Wojtyla, escolhido aos 58 anos.

E é sempre essa oscilação. É muito complicado um longo pontificado porque, a partir de certo momento, começa a declinar irremediavelmente. A pessoa vai perdendo força, capacidade de atuar e trabalhar e a Cúria romana passa a governar. A tendência, depois de um pontificado muito longo, é escolher um cardeal de mais idade, para se ter um pontificado breve.

Quando se tem um pontificado breve, surge a tendência inversa ou um meio termo. Vai-se  procurar candidato nem tão jovem mas também não de tanta idade. Eu tenho a impressão de que o papa vai ser escolhido entre cardeais perto dos 70 anos de idade mas não mais do que isso, por causa do breve pontificado e da renúncia de Bento XVI.

O Brasil tem cinco cardeais, menos do que os Estados Unidos, por exemplo. Por quê?

Beozzo: Os Estados Unidos, um país com menos da metade dos católicos do Brasil têm 11 cardeais. Acho que foi uma política de Bento XVI. Ele fez muitos cardeais na Europa e na Cúria ou nos países do norte do mundo: Estados Unidos e Canadá. Houve até uma reação após o consistório de fevereiro de 2012, quando ele criou 22 cardeais, quatro dos quais com idade superior a 80 anos. Dos 18 restantes, 8 eram arcebispos residenciais com responsabilidades pastorais, mas dez eram da Cúria. De fora da Europa, foram criados apenas três, um nos Estados Unidos e dois na Ásia. Nenhum, porém, na América Latina e nenhum na África. Juntos esses dois continentes abrigam quase 60% dos católicos.  Houve críticas generalizadas.

Nove meses depois, em novembro, inopinadamente, Bento XVI criou seis novos cardeais: nas Filipinas, na Índia, na Nigéria, no Líbano, na Colômbia...  Foi uma espécie de remendo na escolha anterior, que havia sim contemplado um brasileiro, mas como cardeal de Cúria: Dom João Braz de Aviz, nomeado para a Congregação dos Institutos de Vida Consagrada e de Vida Apostólica.



Três quartos dos fiéis da Igreja Católica encontram-se hoje  fora da Europa. Não há muito cabimento ter mais da metade dos cardeais eleitores na Europa, quando a Europa representa hoje apenas uns 23% dos católicos de todo o mundo. Há neste sentido, uma sobre-representação europeia no Colégio cardinalício e uma subrepresentação da América Latina. E os Estados Unidos e  Canadá juntos com 16 cardeais, rivalizam com toda a América Latina, que conta com 19 cardeais eleitores. Está tudo muito desequilibrado.

Claro que houve uma internacionalização grande iniciada nos conclaves do século passado. No primeiro [do século XX], não estava presente nenhum cardeal de fora da Europa, porque com a regra de 10 a 15 dias para se iniciar o conclave, navios saindo dos Estados Unidos e da Austrália não chegavam a tempo a Itália. Tampouco saindo-se do Brasil ou de qualquer outro país da América. Só em 1939 é que chegam os estrangeiros de fora da Europa, pois aí já era possível valer-se do avião.

Então hoje, ter metade de fora da Europa é alguma coisa. Mas, nesse meio tempo, houve mudanças tão espetaculares na demografia e na distribuição geográfica do catolicismo: 
  • No começo do século XX, a Europa detinha 73% dos católicos, hoje tem 23%. 
  • A África contava com menos de 1% dos católicos e hoje cerca de 14%; 
  • a América Latina, 44%. 
  • Foi uma inversão total, mas não houve essa inversão na representatividade dentro do colégio cardinalício que se deve reconhecer foi muito internacionalizado, pois há cardeais de mais de 70 países no conjunto do colégio, incluindo eleitores e não eleitores..
Por que Bento XVI reforçou o eurocentrismo?

Beozzo: Porque sua experiência é estritamente europeia. Ele viu como o grande desafio do seu pontificado recristianizar a Europa. Apostou todas as fichas no lugar errado, a meu ver. A Europa entrou num declínio demográfico impressionante. Está com uma população envelhecida, que decresce em vários países. Noutros, é apenas a imigração e os filhos dessas famílias que mascaram o colapso demográfico. Quando se em uma população envelhecida, não se sonha muito com o futuro. A Igreja na Europa e a Igreja na África , vivem dois mundos completamente diferentes. Uma está ancorada no passado e a outra projetada para o futuro.

Mais da metade dos cardeais com direito a voto foram escolhidos por Bento XVI. O sr. vê a possibilidade de que um colégio tão europeizado e indicado por ele consiga chegar à conclusão de que é preciso deseuropeizar?

Beozzo: Depende muito da conversa entre os cardeais nos próximos dias e de todo o amplo debate, em escala mundial que a renúncia de Bento XVI desencadeou. Chegam agora para os nove dias de reuniões que precedem o conclave um cardeal vindo de Hong Kong, na China, outro das Filipinas, outro do Vietnã e outros da Índia (são cinco). Eles vão falar da realidade no continente asiático. Cardeais da África, vão apresentar a realidade daquele continente.

A situação da igreja no mundo vai ser desenhada a partir das falas de quem está vivendo em cada um desses lugares com responsabilidades pastorais muito diretas. Haverá também a fala dos europeus e dos cardeais da Cúria, mas ao lado da fala dos outros continentes. Trata-se de um momento rico nesse sentido, pois se sairá dum discurso monocórdico ditado pelo centro da Igreja. Quem vai dar as cartas não será apenas a Cúria Romana. Aliás, ela está toda decapitada na sua direção mais alta, pois, quando o papa renuncia ou falece, todos os cargos cessam, e o novo papa tem mãos livres para compor o seu quadro de auxiliares mais diretos.

Como são as discussões para a escolha do papa?

Beozzo: Os cardeais têm a obrigação de se reunir para fazer o levantamento do estado da Igreja, em princípio durante nove dias: são as novendiales. Depois, é preciso fazer uma síntese disso. E, diante dessa síntese, se discute qual é o perfil da pessoa que seria mais indicada para fazer face aos desafios levantados.

E as perguntas surgirão: Necessita a Igreja de um pastor ou de um diplomata, de um teólogo ou de um administrador, ou ousadamente de um profeta? A urgência é responder aos desafios da África ou da Ásia, continentes em que a Igreja mais cresce ou da América Latina, onde ela é mais numerosa? Nesse momento, pode-se chegar ao perfil de um não europeu. Aqueles que são apontados como candidatíssimos a papa, podem ter seus nomes descartados, por conta dessa reflexão em comum.

Pouco adianta, no momento atual, dizer: “É esse ou aquele nome o favorito”. Enquanto não se estabelecer esse quadro da Igreja, não se definirem as prioridades e não se traçar o perfil do próximo papa, faz-se uma especulação sem grande fundamento. Uma pessoa que não se encaixe no perfil traçado ao final das discussões e reflexões, embora bom candidato, pode ver sua candidatura não prosperar.

O estado da Igreja e o perfil mais adequado para enfrentar os desafios levantados, vão surgir da discussão entre todos os cardeais, inclusive com o concurso daqueles que não vão participar do conclave, ou seja os cardeais com mais de 80 anos. Há 110 cardeais que não podem ir ao conclave, mas, irão participar se quiserem e puderem das “novendiales”.
ANGELO SCOLA - cardeal-arcebispo de Milão (Itália)
Bento XVI preparou um sucessor, o arcebispo de Milão, Angelo Scola...

Beozzo: O papa Bento XVI emitiu sinais em relação ao Cardeal Scola. Três papas do século passado saíram de Veneza, que não é uma sede qualquer e sim uma sede prestigiosa, cujo titular leva o título de Patriarca. De Veneza saíram três papas no século XX: 
  • Pio X (1903-1914), 
  • João XXIII (1958-1963) e 
  • João Paulo I (1978). 
Bento XVI decidiu transferir Scola de Veneza para Milão, de onde saíram o papa Pio XI (1922-1939) e também Paulo VI (1963-1978). Tirar Scola de Veneza - que é meio fim de carreira, como o posto de um marechal no Exército - e colocá-lo em Milão, pra bom entendedor da política interna... significa uma sinalização. Havia mais de 400 bispos na Itália, dentre os quais o Papa podia escolher livremente um para ser colocado em Milão. Ele escolheu alguém que aparentemente não deveria ser removido, por estar num lugar tão prestigioso, quanto Veneza.

Outra possível sinalização foi a escolha de um dos cardeais eleitores, Gianfranco Ravasi, para pregar seu último retiro como papa!

Beozzo: Mas podemos também nos voltar para a história, para extrair elementos de reflexão e discernimento: Leão XIII falou abertamente para todos os cardeais acerca de quem ele gostaria que fosse seu sucessor e o indicado não foi o escolhido. Depois dele, Pio X apostou no cardeal Gotti, mas ele também não foi eleito. João XXIII apostou no Cardeal Montini e este foi o escolhido, para ser o Papa Paulo VI, em que pese toda a oposição da Cúria Romana.  Então, o papa pode dar o seu pitaco, mas não significa que os cardeais necessariamente seguirão sua opinião ou sugestão.

Com a renúncia, Bento XVI está enfraquecido ou fortalecido para a escolha do seu sucessor?

Beozzo: Ele nomeou 77 cardeais, mais da metade dos que votarão, escolheu mais da metade do time que entrará em campo. Há poder maior do que esse? Por outro lado, com a renúncia, ele vai se recolher em copas. Não tem sentido ele ter renunciado e buscar agora influenciar diretamente no conclave. Ele mostrou humildade com seu gesto e grandeza humana e espiritual.

O ter-se recolhido a Castel Gandoldo é um bom indício dessa atitude de maior discrição. Vai ficar longe do Vaticano, onde irão se desenrolar as reuniões dos cardeais e depois o conclave.

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos - Notícias - Terça-feira, 5 de março de 2013 - Internet: http://www.ihu.unisinos.br/noticias/518128-qapostou-todas-as-fichas-no-lugar-erradoq-entrevista-com-jose-oscar-beozzo
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Quem são, de onde vêm, qual a idade dos cardeais eleitores?

ANTONIO GASPARI

Lista informativa dos cardeais que participarão do Conclave

Baselios Cleemis Thottunkal
Cardeal mais jovem - 53 anos
Ainda nesta semana saberemos quando começa o Conclave para eleger o novo Pontífice.
Enquanto as Congregações pensam quando e como, é interessante conhecer os nomes, a nacionalidade, a idade dos cardeais eleitores. Por isso ZENIT preparou uma lista informativa.

Quem criou os cardeais eleitores?

Dos 117 cardeais eleitores que têm direito a participar do Conclave, 50 foram nomeados por João Paulo II e 67 por Bento XVI.

A idade média é alta, 74 cardeais têm em média 70 anos ou mais; 38 têm entre 60 e 79 anos de idade; apenas 5 têm menos de 60 anos.

O mais jovem é o indiano Baselios Cleemis Thottunkal de 53 anos, o mais velho é o cardeal Walter Kasper que completa 80 anos hoje, 5 de março.

Em relação à região de proveniência, 61 cardeais são da Europa; a América conta com 33, sendo 17 da América do Norte, 3 da América Central e Caribe, e 13 da América do Sul; 11 cardeais da Ásia e 11 da África; apenas 1 da Oceania.

Dos 117 elegíveis que participarão do Conclave, dois se absterão. Em 21 de fevereiro, o cardeal da Indonésia Julius Riyadi Darmaatmadja, 79 anos, tornou público que por razões de saúde não estará em Roma.
Enquanto o cardeal escocês Keith O'Brien renunciou a diocese e não participará do Conclave. Até agora, 115 cardeais devem participar do Conclave.

[...]

Fonte: ZENIT.ORG - Terça-feira, 5 de março de 2013 - Internet: http://www.zenit.org/pt/articles/quem-sao-de-onde-vem-qual-a-idade-dos-cardeais-eleitores?utm_campaign=diarioportughtml&utm_medium=email&utm_source=dispatch
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Os eleitores do novo papa

SANDRO MAGISTER - vaticanista italiano
Sandro Magister
Chiesa.it
05-03-2013

Na sequência está:
  • a lista [de cardeais] por continente e por país
  • com o lugar de atividade de cada um
  • a sigla da eventual ordem religiosa a que pertence
  • a data de nascimento [o ano]
  • as iniciais do Papa que lhes entregou a púrpura [nomeou-os cardeal]: João Paulo II (JP-II) ou Bento XVI (B-XVI).
Depois seguem-se outras notas sobre suas funções e procedências.

* * *

EUROPA – 60 cardeais (37 B-XVI e 23 JP-II)

Itália - 28 cardeais (20 B-XVI e 8 JP-II):
AMATO Angelo sdb, cúria, 1938 (B-XVI)
ANTONELLI Ennio, ex-cúria, 1936 (JP-II)
BAGNASCO Angelo, arcebispo de Gênova, 1943 (B-XVI)
BERTELLO Giuseppe, cúria, 1942 (B-XVI)
BERTONE Tarcisio sdb, cúria, 1934 (JP-II)
BETORI Giuseppe, arcebispo de Florença, 1947 (B-XVI)
CAFFARRA Carlo, arcebispo de Bolonha, 1938 (B-XVI)
CALCAGNO Domenico, cúria, 1943 (B-XVI)
COCCOPALMERIO Francesco, cúria, 1938 (B-XVI) 
COMASTRI Angelo, cúria, 1943 (B-XVI) 
DE PAOLIS Velasio cs, ex-cúria, 1935 (B-XVI) 
FARINA Raffaele sdb, ex curia, 1933 (B-XVI) 
FILONI Fernando, cúria, 1946 (B-XVI) 
LAJOLO Giovanni, ex-cúria, 1935 (B-XVI)
MONTERISI Francesco, ex-cúria, 1934 (B-XVI)
NICORA Attilio, cúria, 1937 (JP-II) 
PIACENZA Mauro, cúria, 1944 (B-XVI) 
POLETTO Severino, arcebispo emérito de Turín, 1933 (JP-II)
RAVASI Gianfranco, cúria, 1942 (B-XVI) 
RE Giovanni Battista, ex-cúria, 1934 (JP-II)
ROMEO Paolo, arcebispo de Palermo, 1938 (B-XVI)
SARDI Paolo, ex-cúria, 1934 (B-XVI)
SCOLA Angelo, arcebispo de Milão, 1941 (JP-II)
SEPE Crescenzio, arcebispo de Nápoles, 1943 (JP-II)
TETTAMANZI Dionigi, arcebispo emérito de Milão, 1934 (JP-II)
VALLINI Agostino, Vigário geral de Roma, 1940 (B-XVI)
VEGLIO’ Antonio M., cúria, 1938 (B-XVI)
VERSALDI Giuseppe, cúria, 1943 (B-XVI)

Alemanha – 6 cardeais (3 B-XVI e 3 JP-II):
CORDES Paul Josef, ex-cúria, 1934 (B-XVI) 
KASPER Walter, ex-cúria, 1933 (JP-II) 
LEHMANN Karl, arcebispo de Magúncia, 1936 (JP-II)
MARX Reinhard, arcebispo de Munique, 1953 (B-XVI)
MEISNER Joachim, arcebispo de Colônia, 1933 (JP-II) 
WOELKI Rainer M., arcebispo de Berlim, 1956 (B-XVI)

Espanha – 5 cardeais (3 B-XVI e 2 JP-II):
ABRIL Y CASTELLÓ Santos, cúria, 1935 (B-XVI)
AMIGO VALLEJO Carlos ofm, arcebispo emérito de Sevilha, 1934 (JP-II)
CAÑIZARES LLOVERA Antonio, cúria, 1945 (B-XVI)
MARTÍNEZ SISTACH Lluís, arcebispo de Barcelona, 1937 (B-XVI)
ROUCO VARELA Antonio María, arcebispo de Madrid, 1936 (JP-II)

França – 4 cardeais (2 B-XVI e 2 JP-II):
BARBARIN Philippe, arcebispo de Lyon, 1950 (JP-II)
RICARD Jean-Pierre, arcebispo de Bordeaux, 1944 (B-XVI) 
TAURAN Jean-Louis, cúria, 1943 (JP-II)
VINGT-TROIS André, arcebispo de Paris, 1942 (B-XVI)

Polônia – 4 cardeais (3 B-XVI e 1 JP-II):
DZIWISZ Stanislaw, arcebispo de Cracóvia, 1939 (B-XVI)
GROCHOLEWSKI Zenon, cúria, 1939 (JP-II)
NYCZ Kazimierz, arcebispo de Varsóvia, 1950 (B-XVI)
RYLKO Stanislaw, cúria, 1945 (B-XVI)

Portugal – 2 cardeais (1 B-XVI e 1 JP-II):
MONTEIRO DE CASTRO Manuel, cúria, 1938 (B-XVI)
POLICARPO José da Cruz, Patriarca de Lisboa, 1936 (JP-II)

Outros – 11 cardeais (5 B-XVI e 6 JP-II):
BACKIS Audrys Juozas, arcebispo de Vilnius, Lituânia, 1937 (JP-II)
BOZANIC Josip, arcebispo de Zagreb (Croácia), 1949 (JP-II)
BRADY Sean Baptist, arcebispo de Armagh (Irlanda), 1939 (B-XVI)
DANNEELS Godfried, arcebispo emérito de Bruxelas (Bélgica), 1933 (JP-II)
DUKA Dominik op, arcebispo de Praga (República Checa), 1943 (B-XVI)
EIJK Willem Jacobus, arcebispo de Utrecht (Holanda), 1953 (B-XVI)
ERD Peter, arcebispo de Esztergom (Hungria), 1952 (JP-II)
KOCH Kurt, cúria, Suíça, 1950 (B-XVI)
PULJIC Vinko, arcebispo de Vrhbosna-Sarajevo (Bósnia), 1945 (JP-II)
RODÉ Franc cm, ex-cúria, Eslovênia, 1934 (B-XVI)
SCHÖNBORN Christoph op, arcebispo de Viena (Áustria), 1945 (JP-II)

AMÉRICA – 33 cardeais (17 B-XVI e 16 JP-II)

AMÉRICA LATINA – 19 cardeais (8 B-XVI e 11 JP-II)

Brasil – 5 cardeais (3 B-XVI e 2 JP-II):
AGNELO Geraldo Majella, arcebispo emérito de Salvador, Bahia, 1933 (JP-II)
BRAZ DE AVIZ João, cúria, 1947 (B-XVI)
DAMASCENO ASSIS Raymundo, arcebispo de Aparecida, 1937 (B-XVI)
HUMMES Cláudio ofm, ex-cúria, 1934 (JP-II)
SCHERER Odilo Paulo, arcebispo de São Paulo, 1949 (B-XVI)

México – 3 cardeais (1 B-XVI e 2 JP-II):
RIVERA CARRERA Norberto, arcebispo de México, 1942 (JP-II)
SANDOVAL IÑIGUEZ Juan, arcebispo emérito de Guadalajara, 1933 (JP-II)
ROBLES ORTEGA Francisco, arcebispo de Guadalajara, 1949 (B-XVI)

Argentina – 2 cardeais (1 B-XVI e 1 JP-II):
BERGOGLIO Jorge Mario sj, arcebispo de Buenos Aires, 1936 (JP-II)
SANDRI Leonardo, cúria, 1943 (B-XVI)

Outros – 9 cardeais (3 B-XVI e 6 JP-II):
CIPRIANI THORNE Juan Luis, Opus Dei, arcebispo de Lima (Peru), 1943 (JP-II)
ERRAZURIZ OSSA Francisco J., Schönstatt, arcebispo emérito de Santiago (Chile), 1933 (JP-II)
LÓPEZ-RODRÍGUEZ Nicolás de Jesús, arcebispo de Santo Domingo (Rep. Dominicana), 1936 (JP-II)
ORTEGA Y ALAMINO Jaime Lucas, arcebispo de Havana (Cuba), 1936 (JP-II)
RODRÍGUEZ MARADIAGA Oscar A. sdb, arcebispo de Tegucigalpa (Honduras), 1942 (JP-II)
SALAZAR GÓMEZ Rubén, arcebispo de Bogotá (Colômbia), 1942 (B-XVI)
TERRAZAS SANDOVAL Julio cssr, arcebispo de Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), 1936 (JP-II)
UROSA SAVINO Jorge Liberato, arcebispo de Caracas (Venezuela), 1942 (B-XVI)
VELA CHIRIBOGA Raúl Eduardo, arcebispo emérito de Quito (Equador), 1934 (B-XVI)

AMÉRICA DO NORTE – 14 cardeais (9 B-XVI e 5 JP-II)

Estados Unidos – 11 cardeais (8 B-XVI e 3 JP-II):
BURKE Raymond Leo, cúria, 1948 (B-XVI) 
DINARDO Daniel Nicholas, arcebispo de Galveston-Houston, 1949 (B-XVI)
DOLAN Timothy Michael, arcebispo de Nova York, 1950 (B-XVI)
GEORGE Eugene Francis omi, arcebispo de Chicago, 1937 (JP-II)
HARVEY James Michael, cúria, 1949 (B-XVI)
LEVADA William Joseph, ex-cúria, 1936 (B-XVI)
MAHONY Roger Michael, arcebispo emérito de Los Angeles, 1936 (JP-II)
O’BRIEN Edwin Frederick, cúria, 1939 (B-XVI)
O'MALLEY Sean Patrick ofm cap, arcebispo de Boston, 1944 (B-XVI)
RIGALI Justin Francis, arcebispo emérito de Filadélfia, 1935 (JP-II)
WUERL Donald William, arcebispo de Washington DC, 1940 (B-XVI)

Canadá – 3 cardeais (1 B-XVI e 2 JP-II):
COLLINS Thomas Christopher, arcebispo de Toronto, 1947 (B-XVI)
OUELLET Marc pss, cúria, 1944 (JP-II)
TURCOTTE Jean-Claude, arcebispo emérito de Montreal, 1936 (JP-II)

ÁFRICA – 11 cardeais (6 B-XVI e 5 JP-II)

Nigéria – 2 cardeais (1 B-XVI e 1 JP-II):
OKOGIE Anthony Olubunmi, arcebispo de Lagos, 1936 (JP-II)
ONAIYEKAN John Olorunfemi, arcebispo de Abuya, 1944 (B-XVI)

Outros – 9 cardeais (5 B-XVI e 4 JP-II):
MONSENGWO PASINYA Laurent, arcebispo de Kinshasa, RD Congo, 1939 (B-XVI)
NAGUIB Antonios, Patriarca emérito de Alexandria dos Coptas (Egito), 1935 (B-XVI)
NAPIER Wilfrid Fox ofm, arcebispo de Durban (África do Sul), 1941 (JP-II)
NJUE John, arcebispo de Nairóbi, Quênia, 1944 (B-XVI)
PENGO Polycarp, Dar es-Salaam (Tanzânia), 1944 (JP-II)
SARAH Robert, cúria, Guiné, 1945 (B-XVI)
SARR Theodore-Adrien, arcebispo de Dakar (Senegal), 1936 (B-XVI)
TURKSON Peter Kodwo Appiah, arcebispo de Cape Coast (Gana), 1948 (JP-II)
ZUBEIR WAKO Gabriel, arcebispo de Jartún (Sudão), 1941 (JP-II)

ÁSIA – 10 cardeais (7 B-XVI e 3 JP-II)

Índia – 5 (3 B-XVI e 2 JP-II):
ALENCHERRY George, arcebispo maior de Ernakulam dos Siro-malankares, 1945 (B-XVI)
DIAS Ivan, ex-cúria, 1936 (JP-II)
GRACIAS Oswald, arcebispo de Bombaim, 1944 (B-XVI)
THOTTUNKAL Baselios Cleemis, arcebispo maior de Trivandrum dos Siro-malankares, 1959 (B-XVI)
TOPPO Telesphore Placidus, arcebispo de Ranchi, 1939 (JP-II)

Outros – 5 cardeais (4 B-XVI e 1 JP-II):
PATABENDIGE DON A. M. Ranjith, arcebispo de Colombo (Sri Lanka), 1947 (B-XVI)
PHAM MINH MAN Jean-Baptiste, arcebispo de Ho Chi Minh (Vietnam), 1934 (JP-II)
RAI Bechara Boutros, Patriarca de Antioquia dos Maronitas (Líbano), 1940 (B-XVI)
TAGLE Luis Antonio, arcebispo de Manila (Filipinas), 1957 (B-XVI)
TONG HON John, arcebispo de Hong Kong (China), 1939 (B-XVI)

OCEANIA - 1 cardeal (JP-II)

PELL George, arcebispo de Sydney (Austrália), 1941 (JP-II)

* * *


WALTER KASPER - cardeal alemão
O mais idoso dos votantes no Conclave
Os cardeais com mais de 80 anos, não podem participar do conclave, mas das congregações gerais que o precedem. Ao começar a sede vacante eles eram 90, 52 dos quais eram europeus (21 italianos), 11 latino-americanos (4 brasileiros), 8 norte-americanos (todos dos Estados Unidos), 9 asiáticos, 7 africanos e 3 da Oceania.

Uma curiosidade: participará do conclave também o cardeal alemão Walter Kasper, que completou 80 anos no dia 04 de março. Segundo a normativa anterior àquela emitida por João Paulo II, sua participação não teria sido admitida.

* * *

Dentre os cardeais pertencentes a ordens religiosas, 19 participarão do conclave (são 15 os de mais de 80 anos):
  • Os mais numerosos são os salesianos com 4 cardeais: Amato, Bertone, Farina e Rodríguez Maradiaga. 
  • Seguem os frades menores franciscanos, com 3: Amigo Vallejo, Hummes e Napier. 
  • Os dominicanos têm 2: Schonborn e Duka. 
  • Um único cardeal eleitor terão também os jesuítas (Bergoglio), 
  • os lazaristas (Rodé), 
  • os redentoristas (Terrazas), 
  • os capuchinhos (O’Malley), 
  • os oblatos (George), 
  • os sulpicianos (Ouellet) e 
  • os membros do Instituto de Schönstatt (Errazuriz Ossa).
O colégio de eleitores do Papa inclui também:
  • um membro da Opus Dei (Cipriani Thorne), 
  • um expoente histórico da Comunhão e Libertação (Scola), 
  • ao menos um par de amigos do movimento dos Focolares (Antonielli e Braz de Aviz). 
  • Fortemente simpatizantes dos neocatecumenais são, por sua vez, Filoni, Cordes e Cañizares. 
  • Próximo ao movimento carismático é Dias.
* * *

São 40 os cardeais eleitores que trabalham ou terminaram o seu “cursus honorum” eclesiástico na cúria ou em outros escritórios romanos.

Os italianos são 19, 13 dos quais em atividade (Amato, Bertello, Bertone, Calcagno, Coccopalmerio, Comastri, Filoni, Nicora, Piacenza, Ravasi, Sardi, Vegliò e Versaldi) e 6 aposentados (Antonelli, De Paolis, Farina, Lajolo, Monterisi e Re).

Os estadunidenses são 4 (3 em atividade – Burke, Harvey e O’Brien) – e 1 aposentado (Levada). Os espanhóis são 2 (Cañizares, Abril y Castelló) e outro tanto os poloneses (Grocholewski e Rylko), todos em atividade. São 2 também os alemães, mas ambos aposentados: Cordes e Kasper.

Da América Latina são o argentino Sandri e o brasileiro Braz de Aviz (em atividade) e 1 outro brasileiro Hummes (aposentado).

Da Europa são o francês Tauran, o português Monteiro e o suíço Koch – todos em atividade – e o aposentado Rodé, esloveno.

São curiais africanos, em atividade, o ganês Turkson e o guineano Sarah. Curial em atividade é também o canadense Ouellet, ao passo que o indiano Dias está aposentado.

Destes 40, a metade teve experiência pastoral como bispo: Antonelli, Bertone, Calcagno, Coccopalmerio, Comastri, Nicora, Versaldi, Kasper, Rodé, Canizares Llovera, Koch, Hummes, Braz de Aviz, Burke, Levada, O’Brien, Ouellet, Dias, Turkson e Sarah.

Enquanto os cardeais que agora estão a cargo de uma diocese e que anteriormente tiveram cargos de responsabilidade no Vaticano são: Sepe, Vallini, Dziwisz, Backis, Agnelo, Hummes, Errazuriz Ossa, Rigali, Patabendige Don. Trabalharam muito tempo na cúria, mas como funcionários, também Scherer, Wuerl e DiNardo.

* * *

Por último, na sequência mencionamos os 16 cardeais que provêm da pontifícia diplomacia vaticana. São eles: Bertello, Filoni, Lajolo, Monterisi, Re, Romeo, Sepe, Vegliò, Tauran, Abril y Castelló, Monteiro de Castro, Backis, Sandri, Harvey, Rigali e Dias.

Também o cardeal Sardi, apesar de não ter frequentado a pontifícia academia eclesiástica, adquiriu o título de núncio apostólico, com os benefícios anexos, quando, como responsável pelo ofício de “ghost writer” pontifício, foi promovido a arcebispo por João Paulo II.

Tradução do italiano pelo Cepat.

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos - Notícias - Quarta-feira, 6 de março de 2013 - Internet: http://www.ihu.unisinos.br/noticias/518146-os-eleitores-do-novo-papa

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