«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

sábado, 30 de março de 2013

DOMINGO DE PÁSCOA - Homilia

Evangelho: João 20,1-9


1 No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus,
bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido tirada do túmulo. 
2 Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”. 
3 Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 
4 Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 
5 Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. 
6 Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 
7 e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. 
8 Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu, e acreditou. 
9 De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos.
"PEDRO E JOÃO CORREM PARA O TÚMULO DE JESUS"
Quadro de Eugène Burnand
JOSÉ ANTONIO PAGOLA

ENCONTRAR-NOS COM O RESSUSCITADO

Segundo o relato de João, Maria de Magdala é a primeira que vai ao sepulcro quando, ainda, estava escuro, e descobre, desconsolada, que ele está vazio. Falta-lhe Jesus. O Mestre que a havia compreendido e curado. O Profeta ao qual havia seguido fielmente até o final. A quem seguirá agora? Assim se lamenta diante dos discípulos: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”

Estas palavras de Maria poderiam expressar a experiência que vivem, hoje, muitos cristãos: O que fizemos de Jesus ressuscitado? Quem o levou? Onde o pusemos? O Senhor, no qual acreditamos, é um Cristo cheio de vida ou um Cristo cuja recordação se vai apagando pouco a pouco nos corações?

É um erro buscarmos “provas” para crer com mais firmeza. Não basta recorrer ao magistério da Igreja. É inútil indagar nas exposições dos teólogos. Para encontrar-nos com o Ressuscitado é necessário, antes de tudo, fazer um percurso interior. Se não o encontramos dentro de nós, não o encontraremos em nenhuma parte!

João descreve, um pouco mais tarde, Maria correndo de um lado para o outro a fim de buscar alguma informação. E, quando vê Jesus, cega pela dor e as lágrimas, não consegue reconhecê-lo. Pensa que seja o jardineiro. Jesus somente lhe faz uma pergunta: “Mulher, por que choras? A quem procuras?”.

Talvez devamos nos perguntar, também, algo semelhante. Por que a nossa fé é, às vezes, tão triste? Qual é a causa última dessa falta de alegria entre nós? O que buscam os cristãos de hoje? O que é que nos falta? Estamos procurando um Jesus que necessitamos para nos sentirmos cheios de vida em nossas comunidades?

De acordo com o relato, Jesus está falando com Maria, porém ela não sabe que é Jesus. É então, quando Jesus a chama por seu nome, com a mesma ternura que punha em sua voz quando caminhavam pela Galileia: “Maria!”. Ela volta-se rapidamente e diz: “Rabuni, Mestre!”.

Maria encontra-se com o Ressuscitado, quando se sente chamada pessoalmente por ele. É assim. Jesus mostra-se cheio de vida, quando nos sentimos chamados por nosso próprio nome, e escutamos o convite que faz a cada um de nós. É, então, quando a nossa fé cresce.

Não reavivaremos nossa fé em Cristo ressuscitado alimentando-a somente por fora. Não nos encontraremos com ele, se não buscarmos o contato vivo com a sua pessoa. Provavelmente, é o amor a Jesus, conhecido pelos evangelhos e procurado pessoalmente no fundo de nosso coração, o que melhor pode conduzir-nos ao encontro com o Ressuscitado.

Tradução do espanhol por Telmo José Amaral de Figueiredo.

Fonte: MUSICALITURGICA.COM - Homilías de José A. Pagola - Segunda-feira, 25 de março de 2013 - 10h15 - Internet: http://www.musicaliturgica.com/0000009a2106d5d04.php

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