«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

domingo, 14 de janeiro de 2018

FRANCISCO ENTRE NÓS!

Com aceno a indígenas, papa inicia no Chile
sexta visita à América Latina

SYLVIA COLOMBO

Papa Francisco peregrina uma semana entre o Chile e o Peru
Visita desafiadora sob vários aspectos
Homem limpa escultura de mapuche diante de cartaz com o papa Francisco em Temuco, no Chile

Em sua sexta visita à América Latina, onde já foi a Brasil, Bolívia, Equador, Paraguai, Cuba, México e Colômbia, o papa Francisco desembarcará nesta segunda (15 de janeiro) no Chile e seguirá dia 18 para o Peru, onde ficará até dia 21.

Entre as várias atividades tradicionais, como encontros com chefes de Estado e missas para multidões, há ao menos duas que são inusitadas.

No Chile, o papa se encontrará dia 17, na cidade de Temuco, com representantes da etnia MAPUCHE. A escolha chama a atenção porque ativistas desse grupo indígena estão em pé de guerra com o Estado tanto no Chile como na Argentina, realizando atos pacíficos e, em alguns casos, cometendo atentados para reivindicar soberania ou terras que julgam lhes terem sido roubadas no século 19.

Já no Peru, Francisco também vai se reunir com representantes indígenas  — entre eles os da Nación Q’ero, considerados descendentes dos incas — no dia 19, em Puerto Maldonado.

Nenhuma dessas comunidades é católica — a maior parte da população indígena do continente foi dizimada na colonização, quando a Igreja Católica atuou ao lado de espanhóis e portugueses.

Segundo o bispo peruano David Martínez Aguirre, que acompanhará o papa na visita, a mensagem que o pontífice quer passar é que os indígenas «são minorias que devem ser levadas em conta», pois podem trazer «outras direções à humanidade».

Francisco também fará referência ao abuso da exploração de recursos naturais na região Amazônica, defendendo que aqueles que vivem da floresta «não devem apostar num benefício imediato».

A ida a Puerto Maldonado é um primeiro passo para o planejamento de um Sínodo de Povos Amazônicos, que o pontífice quer realizar, ainda sem data certa, em localidades da região que se estende por Colômbia, Brasil e Peru.

Além da defesa dos recursos naturais, a Igreja se preocupa com a expansão das igrejas evangélicas na região.
Avião preparado para conduzir Papa Francisco em seus deslocamentos pelo Chile

POLÍTICA

No dia seguinte ao seu desembarque em Santiago, o papa se encontrará, no palácio de La Moneda, com a presidente Michelle Bachelet.

Há expectativa de que ele cite os reiterados pedidos da Bolívia por um acesso ao mar. Na segunda metade do século 19, depois de uma guerra com o Chile da qual o Peru também participou, a Bolívia perdeu 400 km de costa e 120 mil km de território.

Os chilenos dizem que não há volta atrás nessa questão, uma vez que os dois países assinaram um tratado em 1904 estabelecendo a fronteira como é hoje. Morales, porém, usa a saída ao mar de bandeira e recurso eleitoral.

Há duas semanas, o papa recebeu o presidente boliviano em Roma e se mostrou solidário à reivindicação.

Ainda em Santiago, Francisco rezará uma missa no parque O'Higgins, para cerca de 500 mil pessoas. Também neste dia, visitará uma prisão feminina na capital chilena. A última atividade no país será a missa na cidade costeira de Iquique, no norte.

A visita causou polêmica entre os não católicos, uma vez que o governo declarou feriado nas cidades por onde o religioso passará. Pesquisa do instituto Cadem mostra que 54% dos entrevistados se opõem à declaração de feriado por violar o princípio de que o Estado chileno é laico.
Praça de Puerto Maldonado - na amazônia peruana, onde Papa Francisco
provavelmente se encontrará com indígenas

PERU

Em Lima, o papa se encontrará com o presidente Pedro Pablo Kuczynski e rezará uma missa na base aérea de Las Palmas, para a qual são esperadas 1,4 milhão de pessoas.

Além de Puerto Maldonado e Lima, o pontífice ainda irá, no Peru, a Trujillo, onde igualmente rezará uma missa para 1 milhão de pessoas.

Ali, visitará um dos bairros atingidos pelas chuvas trazidas pelo fenômeno El Niño, que deixaram mais de 11 mil famílias locais desabrigadas.

ROTEIRO DO PAPA

CHILE
15/janeiro
Papa chega a Santiago

16/janeiro
Encontra-se com a presidente, celebra missa e visita prisão feminina

17/janeiro
Viaja a Temuco, no centro-sul do país

18/janeiro
Vai a Iquique, no norte, e depois a Lima, no Peru

PERU
18/janeiro
Chegada em Lima

19/janeiro
Encontra-se com o presidente; depois viaja a Puerto Maldonado, perto da fronteira com o Brasil

20/janeiro
Visita Trujillo, no litoral

21/janeiro
Em Lima, reza última missa antes de voltar para Roma

Fonte: Folha de S. Paulo – Mundo – Domingo, 14 de janeiro de 2018 – 02h00 (Horário de Brasília – DF) – Internet: clique aqui.

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