«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

O temor de Papa Francisco

“Tenho medo de uma guerra nuclear.
Estamos no limite”

Andrea Tornielli
Vatican Insider
15-01-2018

Papa Francisco entrega aos jornalistas uma foto chocante
PAPA FRANCISCO
Mostra foto de criança japonesa em Nagasaki, carregando seu irmãozinho morto pela bomba atômica
Interior do avião que o conduzia ao Chile - Segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

O Papa Francisco, no voo que o leva ao Chile, presenteia aos jornalistas uma foto chocante e comovente, tirada em Nagasaki após a bomba atômica: ela retrata um menino na fila do forno crematório, aonde deve levar o irmãozinho que traz em suas costas. Bergoglio escreveu como comentário: “O fruto da guerra”.

“Esta imagem – disse –, eu a encontrei por acaso e foi tirada em 1945. É um menino com o seu irmão sobre as costas, morto, que está esperando o crematório em Nagasaki.”

Francisco comentou: “Me comovi muito quando vi isso, então quis escrever: ‘O fruto da guerra’. Eu quis imprimi-la e dá-la, porque uma imagem comove mais do que mil palavras”.

Depois, o papa passou para cumprimentar os jornalistas um a um e ouviu alguém lhe perguntar se tinha medo de uma guerra nuclear: “Sim, realmente tenho medo. Estamos no limite. Basta um incidente. Não se pode fazer com que a situação precipite. Devemos destruir os armamentos nucleares”.
Tradução do cartão que Papa Francisco distribuiu aos jornalistas no interior do avião:
"Uma criança espera sua vez no crematório
para seu irmão morto às suas costas.
É a foto tirada por um fotógrafo norte-americano
Joseph Roger O'Donnell
depois do bombardeio atômico em Nagasaki.
A tristeza da criança somente se expressa em seus lábios mordidos
e cobertos de sangue"

“O fruto da guerra”

Aos jornalistas que o acompanhavam no voo que partiu nessa segunda-feira de Fiumicino, dirigido para Santiago do Chile, primeira etapa da viagem apostólica ao Chile e ao Peru, o papa quis que distribuíssem a foto do menino que, após o bombardeio de Nagasaki, em 1945, carrega sobre as costas o irmãozinho morto, amarrado sobre os ombros, à espera da cremação.

Uma imagem crua, do fotógrafo estadunidense Joseph Roger O’Donnell, que já no fim de dezembro passado o papa quisera distribuir, reproduzida em um cartão e acompanhada das palavras amargas: “O fruto da guerra”. Ao lado, uma legenda em espanhol que enfatizava o desespero do menino expressada “nos seus lábios mordidos e cobertos de sangue”. Por fim, a assinatura autografada “Franciscus”.

Uma mensagem forte do pontífice, para denunciar os resultados devastadores dos conflitos – de todos os conflitos – e a sua preocupação com essa “terceira guerra mundial em pedaços”, que hoje, como ele disse várias vezes, abala o mundo.

Traduzido do italiano por Moisés Sbardelotto.

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos – Notícias – Segunda-feira, 15 de janeiro de 2018 – Internet: clique aqui.

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