«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Santidade e Pecados da Igreja

Papa admite que na Igreja
“há estratégias de guerra pelo poder”

Jesús Bastante
Religión Digital
24-05-2018

“O cristianismo não é um ideal a seguir, uma filosofia a qual aderir ou
uma moral que se deve aplicar”
Restos mortais de Papa João XXIII são restituídos à Bérgamo, região natal do "Papa Bom"

Na Igreja “há estratégias de guerra pelo poder”, destacou Francisco em uma entrevista ao jornal L’Eco, da cidade de Bergamo, coincidindo com a traslado à cidade dos restos de João XXIII. Na mesma, Bergoglio destaca que esta luta, “às vezes, expressa-se em termos econômicos, às vezes, em termos de cargos”.

“Também na Igreja, quando não se vive a lógica da comunhão, mas da corporação, pode acontecer de se desenvolver verdadeiras estratégias de guerra contra alguém pelo poder, que, às vezes, expressa-se em termos econômicos, às vezes, em termos de cargos”, destacou o Pontífice.

“De qualquer modo, trata-se sempre de desacreditar as pessoas”, acrescentou o Papa.

Durante a entrevista, Francisco denunciou que “é uma mentira sem sentido igualar o islamismo ao terrorismo”, pedindo que se separe as religiões dos ataques dos terroristas fundamentalistas que dizem matar em nome de um deus.

O papel das religiões é o da promoção da cultura do encontro, junto à promoção de uma verdadeira educação para comportamentos de responsabilidade no cuidado com a criação”, assegurou.

Além disso, o Pontífice renovou suas críticas aos números do desemprego juvenil pelo mundo. “O desemprego juvenil é um pecado social e a sociedade é responsável por isto”, afirmou.

A respeito de João XXIII, acrescenta Vatican News, o Papa destacou que muitas famílias, ainda hoje, e não só na Itália, mas no mundo inteiro, possuem a imagem do Papa Bom, conforme habitualmente era chamado. Por esta razão, respondeu positivamente ao pedido de permitir seu regresso.

E acrescentou que deseja compartilhar com os bergamascos, e com todos os peregrinos, a alegria que sentem por esta peregrinação, especialmente com os de sua localidade natal, que se tornou um santuário a céu aberto.
PAPA JOÃO XXIII

No dia 27 de abril de quatro anos atrás, no curso da cerimônia de canonização dos Papas João Paulo II e João XXIII, Francisco destacou com ênfase que estes dois Pontífices “tiveram a coragem de olhar as feridas de Jesus, de tocar com suas mãos as chagas e o lado perfurado”, sem se envergonhar da carne de Cristo. Daí a questão acerca desta última expressão.

O Papa Bergoglio explica que “o cristianismo não é um ideal a seguir, uma filosofia a qual aderir ou uma moral que se deve aplicar”. Antes de tudo, é o encontro com Jesus Cristo que faz reconhecer na carne dos irmãos e das irmãs sua própria presença. Ou seja, ir compartilhar o pão com o faminto, ocupar-se dos enfermos e dos anciãos, assim como está repleta a história de Angelo Giuseppe Roncalli muito antes de chegar a ser Papa, e depois na Bulgária, Turquia, Grécia e França até seu regresso à Itália e sem distinguir entre ortodoxos e católicos, disposto a correr riscos pelos judeus que fugiam da perseguição e a dialogar com todos.

Sim, porque, conforme destacou Francisco, o segredo de seu sacerdócio estava no crucifixo que olhava em seu aposento, falando com o crucificado. E nisso, disse o Papa Bergoglio, sinto-me muito próximo dele. “Um homem, um santo, que não conhecia a palavra inimigo”.

Após recordar o papel preponderante que João XXIII teve na crise dos mísseis de Cuba, em 1962, contribuindo para estabelecer a paz e distanciar a sombra da guerra, o Santo Padre afirma que já há mais de meio século, com o mundo à beira de uma crise nuclear, justamente enquanto estava a ponto de começar o Concílio Vaticano II, o Papa Bom interveio junto aos poderosos da terra daquela época e foi escutado. E justamente naqueles dias nascia nele a ideia da Pacem in terris, dirigida a todos os homens de boa vontade. Do mesmo modo, depois – prossegue Francisco –, Paulo VI e João Paulo II o compreenderam muito bem.

Traduzido do espanhol pelo CEPAT. Acesse a versão original deste artigo, clicando aqui.

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos – Notícias – Sábado, 26 de maio de 2018 – Internet: clique aqui.

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