«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

terça-feira, 31 de julho de 2018

Ei, veja só isto...

E se o candidato que você detesta ganhar
a eleição?

Frei Betto
Frade dominicano, teólogo, escritor e ativista de movimentos populares

O fato é que lidamos mal com a democracia. 
Exceto quando seus ventos sopram a favor de nossos interesses
ELEIÇÕES:
dependendo do resultado, vamos da alegria e exultação ao ódio, à raiva, ao desencanto!!!

Praticar a democracia não é nada fácil. Uma roda de amigos conversava sobre preferências eleitorais. Fiz a pergunta: E se Bolsonaro for eleito presidente? Houve repúdio geral: “Saio do país”, disse um; “Ditadura de novo, nem pensar!”, reagiu outro. Um terceiro surpreendeu a todos ao declarar que talvez vote nele.

E se Lula for candidato e ganhar? Novas reações de apoio e rejeição. “Nenhum governo fez tanto para o povo brasileiro como o PT”; “Seria legitimar a corrupção”, falou outro.

O fato é que lidamos mal com a democracia. Exceto quando seus ventos sopram a favor de nossos interesses. Se o candidato que odeio for eleito cubro a democracia de maldições. Malditos eleitores que não sabem votar! Com certeza as urnas foram manipuladas! Ah, quem dera um novo golpe derrube o eleito!

Porém, se o candidato de minha preferência for eleito presidente da República, viva o povo brasileiro! Afinal, predominou o bom senso! Os oportunistas foram derrotados!

“Tudo em um Estado democrático deve ser um meio para atingir a democracia, mas a única coisa que não pode, nunca, tornar-se um meio é a própria democracia. Uma concepção meramente instrumental da democracia é a negação, cedo ou tarde, de uma sociedade democrática. Quem se vale da democracia para alcançar os próprios objetivos políticos acabará, em um momento ou outro, sufocando-a”, escreveu Norberto Bobbio (Entre duas Repúblicas - as origens da democracia italiana, Brasília/São Paulo, editora UnB/Imprensa Oficial de São Paulo, 2001).

É equivocado, nas eleições deste ano, centrar o foco apenas em candidatos a presidente. Qualquer um que for eleito terá que se submeter às decisões do Congresso Nacional. Por isso é de suma importância votar bem para eleger deputados federais e senadores. Renovar o parlamento. Evitar que sejam eleitos ou reeleitos candidatos lobistas, interessados apenas em defender interesses corporativos, em geral por meios escusos.

Na roda de amigos todos concordamos que é preciso pôr fim à carreira política daqueles que sempre defenderam os privilégios da minoria contra os direitos da maioria.

Pelo nosso voto podemos fechar as portas do Congresso Nacional
aos corruptos, oportunistas e nepotistas.

O Brasil merece sair do atraso:
* ampliar suas políticas de proteção social,
* aumentar os recursos na saúde e na educação,
* reduzir drasticamente a desigualdade social,
* fonte da violência que assola o país.

Menos cadeias e mais escolas.
Menos agrotóxicos e mais agricultura orgânica.
Menos veículos particulares e mais transportes coletivos.
Menos especulação financeira e mais produtividade.
Menos criminalização dos movimentos sociais e mais respeito à diversidade.
Menos maracutaias e mais transparência.
Menos autocracia e mais democracia.

Vote no projeto Brasil. E eleja quem é capaz de aglutinar forças sociais capaz de torná-lo realidade.

Fonte: Dom Total – Análise e informação atualizadas a cada instante – Belo Horizonte (MG) – Internet: clique aqui.

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