«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Dinheiros eleitorais


JANIO DE FREITAS 

Financiamento público proporcionará uma fonte a mais de ganhos inconfessos à maioria dos candidatos

A SIMPLES CITAÇÃO de uma cifra deveria derrubar a ideia de financiar com dinheiro público os candidatos e partidos nas eleições, aprovada entre as propostas da comissão de reforma política do Senado.

O montante movimentado por candidatos e partidos nas últimas eleições chegou a R$ 3,3 bilhões. E ainda é preciso ressaltar: a soma só inclui os valores declarados à Justiça Eleitoral, sabidamente (nos dois sentidos) destituída de boa parte do dinheiro arrecado pelos candidatos e partidos -e nem sempre, ou só em menor número de casos, posto na campanha, e não no bolso.

A quantia citada pelo ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Tribunal Superior Eleitoral e integrante do Supremo, foi seguida de um comentário também suficiente por si mesmo: "Imagina como isso seria oneroso para os cofres públicos, se aprovado sem a fixação de um teto".

Se ao menos o financiamento com dinheiro público, ou seja, pelo público eleitor e não eleitor, se prestasse de algum modo à melhoria dos padrões da política e de desempenho dos eleitos, seria possível um argumento a favor do sistema proposto. Mas o problema das administrações e dos três níveis de Parlamentos não se resolve com a mudança do financiamento.

O custo para os cofres públicos, além do mais, não impede o mais previsível: a continuidade da arrecadação privada, tanto por conveniência de candidatos como de doadores, que se asseguram dos serviços a serem prestados por seus financiados. Daí resulta que o financiamento público proporcionará uma fonte a mais de ganhos inconfessos para a maioria dos candidatos - ou alguém imagina ser a minoria? Bem, aí está o que e quem seriam os beneficiados pelo financiamento das campanhas com dinheiro público, em vez do sistema eleitoral e dos eleitores.

O INADEQUADO
Começou muito mal o ministro da nova Secretaria Especial da Aviação, Wagner Bittencourt. "Adequado" foi a palavra mais usada em seu primeiro frente a frente com repórteres questionadores. Tudo em relação ao preparo dos aeroportos para a Copa está no tempo adequado, está no ritmo adequado, vai avançar de modo adequado, o trabalho do governo está adequado ao cronograma.

Só o ministro não está adequado à veracidade. Nem aos bons modos, se a pergunta for embaraçosa. O aeroporto de Guarulhos, peça fundamental na intenção paulista de sediar a abertura da Copa, nem projeto acabado tem ainda para sua ampliação. São vários assim, com apenas três anos para obras numerosas, extensas e demoradas.

HUMANIDADES
Um dado aterrador perdido no relatório do Banco Mundial a respeito da situação decorrente do aumento internacional de preços, sobretudo, no caso, dos alimentos frequentes: a cada minuto, mais 68 pessoas estão se juntando ao 1,2 bilhão que já sobrevivem na faixa socioeconômica da pobreza.

Não é impróprio imaginar que outros 68 estejam entrando no nível da riqueza, por decorrência do aumento internacional de preços.

Fonte: Folha de S. Paulo - Poder - Domingo, 17 de abril de 2011 - Pg. A11 - Internet: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po1704201107.htm

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