«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

PRIMEIRO TIME [É revoltante!!!]



EDITORIAIS

Renan Calheiros, João Alberto e Romero Jucá
estrelas de ponta do PMDB sarneyzista, 
tomam conta do Conselho de Ética do Senado 


"Quem vai mandar alguma coisa para um conselho que tem pessoas amigas do presidente da Casa?" A pergunta do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) exprime o mal-estar da opinião pública diante da composição do novo Conselho de Ética do Senado.

Dos 15 titulares indicados pelos partidos para integrar o órgão, que tem a função de zelar pela observância da ética e do decoro parlamentares, pelo menos oito respondem a inquéritos ou processos no STF (Supremo Tribunal Federal). Mais constrangedoras do que essa circunstância, porém, são as evidências de que o primeiro time de José Sarney (PMDB-AP) se apropriou do conselho.

Afilhado político do presidente da Casa, o senador João Alberto (PMDB-MA) irá presidir o órgão. Gim Argello (PTB-DF) seria o vice-presidente, mas desistiu. Em dezembro, havia deixado a comissão de Orçamento, da qual era relator, depois de descoberta a destinação de R$ 3 milhões em emendas de sua cota a entidades fantasmas.

Além deles, Romero Jucá (PMDB-RR), Valdir Raupp (PMDB-RO) e Renan Calheiros (PMDB-AL) estão entre os novos guardiões da ética no Senado. Calheiros, em 2007, respondeu a cinco representações por quebra de decoro no conselho, convertidas depois em dois processos de cassação, dos quais foi absolvido pelo plenário.

Em 2010, o próprio Sarney enfrentou 11 processos no conselho. Safou-se de todos sem haver refutado os fortes indícios de que o Senado, sob sua responsabilidade, esteve entregue ao descontrole moral e administrativo.

Para além das artes desta ou daquela figura notória da política brasileira, importa ressaltar o papel decisivo do governo Lula no respaldo a esse tipo de conduta.

Calheiros se beneficiou, sobretudo, do compadrio e do espírito corporativo dos colegas, mas Sarney deve sua sobrevivência política à intervenção de Lula. Foi o então presidente quem desarmou gestões por sua cassação. O consórcio do governo petista com o "centrão" redivivo que o apoia está na base de fenômenos como esse conselho de farsa ética.

Nem sempre o órgão funcionou como biombo decorativo. Luiz Estevão foi cassado em 2000. No ano seguinte, para evitar a cassação, Antonio Carlos Magalhães, Jader Barbalho e José Roberto Arruda renunciaram a seus mandatos. Era um sinal da fragilização da base do tucano Fernando Henrique Cardoso no final do mandato.

Hoje não é o caso. Dilma Rousseff tem maioria folgada no Senado, e o conselho evidencia a complacência ética dos senadores.

É uma coincidência sintomática que o PT deva aprovar no sábado o retorno ao partido de Delúbio Soares, tesoureiro do mensalão. Não tem nada a ver com o Senado, mas a lógica perversa é a mesma.

Fonte: Folha de S. Paulo - Opinião - Quinta-feira, 28 de abril de 2011 - Pg. A2 - Internet: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2804201101.htm

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