«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

O PAPA NO EGITO

Em visita ao Egito, papa condena violência
cometida “em nome de Deus”

Agência France Press (AFP)

“Nenhuma violência pode ser cometida em nome de Deus porque
profanaria Seu nome”
PAPA FRANCISCO E TAWADROS II

O papa Francisco condenou a violência cometida "em nome de Deus" e o populismo que ameaça a paz nesta sexta-feira (28 de abril), durante sua primeira visita ao Egito, onde a minoria cristã local sofre constantes ataques.

Sob forte esquema de segurança, a visita do pontífice argentino acontece três semanas após os dois atentados de 9 de abril contra igrejas coptas ortodoxas que deixaram 45 mortos e que foram reivindicadas pela facção terrorista Estado Islâmico.

"Nenhuma violência pode ser cometida em nome de Deus porque profanaria Seu nome", declarou o papa em um discurso pronunciado durante uma conferência organizada pela instituição sunita Al-Azhar.

Para esta primeira visita do papa ao mais populoso dos países árabes, que segue em estado de emergência, policiais e militares eram onipresentes nas ruas da capital egípcia.

Os arredores da Nunciatura Apostólica, onde o papa deve ficar hospedado, foram fechadas ao tráfego nesta sexta-feira. E perto da catedral, sede da Igreja Ortodoxa copta, tanques estavam estacionados.

Francisco se dirigiu ao palácio presidencial para uma reunião com o presidente Abdel Fattah al-Sisi. Depois foi para a instituição de Al-Azhar, onde foi recebido pelo grande imã, xeque Ahmed al-Tayeb, e deverá encontrar mais tarde o líder dos coptas, o papa Tawadros II.

Em seu discurso, Francisco criticou "os populismos demagógicos que não ajudam a consolidar a paz". "Nenhuma incitação à violência garantirá a paz", insistiu, sem citar exemplos. Ele também pediu para "bloquear os fluxos de dinheiro e de armas" para "prevenir os conflitos e edificar a paz".

"Juntos, nesta terra de encontro entre o céu e a terra, de alianças entre os povos e entre os crentes, repetimos um 'não' alto e claro a toda forma de violência", acrescentou o chefe da Igreja Católica.

"Só trazendo à luz as turvas manobras que alimentam o câncer da guerra é possível prevenir suas causas reais", afirmou ainda o papa, para quem o verdadeiro culpado pelos conflitos no Oriente Médio é o tráfico de armas.

"Para prevenir os conflitos e construir a paz, é essencial trabalhar para eliminar as situações de pobreza e de exploração, onde os extremismos se fortalecem facilmente", alertou.

Todas as igrejas no Cairo foram colocadas sob vigilância, por medo de atentado, enquanto o Estado Islâmico ameaçou multiplicar os ataques contra os coptas, majoritariamente ortodoxos, que representam cerca de 10% dos 92 milhões de egípcios.

Mais importante comunidade cristã em número no Oriente Médio, os coptas ortodoxos do Egito se dizem vítimas de discriminação por parte das autoridades e da maioria muçulmana.

Em outro discurso pronunciado diante do presidente Sisi, o papa Francisco pediu respeito "incondicional" aos direitos humanos, citando "a liberdade religiosa e de expressão".

Criticado no exterior por violações dos direitos humanos, Sisi demonstrou certa abertura à comunidade cristã egípcia desde que chegou ao poder em 2014. Ele foi o primeiro presidente do Egito a participar de uma missa de Natal, em 2015.

Sisi prometeu aos coptas identificar os responsáveis pelos atentados reivindicados pelo Estado Islâmico contra as igrejas em Tanta e Alexandria, que mataram 45 pessoas no início da Semana Santa.

DEGELO

A viagem de Francisco é a segunda de um papa ao Egito contemporâneo, após a de João Paulo II em 2000.

A instituição sunita de Al-Azhar se opõe ao jihadismo inspirado no salafismo rigoroso dominante na Arábia Saudita.

Mas Al-Azhar está igualmente no centro de uma disputa entre as autoridades políticas e religiosas desde que Sisi fez campanha por reformas visando erradicar os discursos extremistas na esfera religiosa.

A visita do papa ao Cairo visa, muito particularmente, a consolidar as relações entre Al-Azhar e o Vaticano, tensas a partir de 2006, em razão das polêmicas declarações do papa Bento XVI associando o islã à violência.

Já em maio de 2016, o papa Francisco recebeu o imã al-Tayeb, ponto culminante de uma aproximação entre a Santa Sé e Al-Azhar.

O líder espiritual de quase 1,3 bilhão de católicos finalmente se reuniu com o papa copta ortodoxo do Egito, Tawadros II. Os dois visitaram a igreja copta de São Pedro e São Paulo, onde um atentado do Estado Islâmico matou 29 pessoas em dezembro. Dentro do templo, Francisco sentou-se junto a Tawadros 2º e participou em uma missa.

Fonte: Folha de S. Paulo – Mundo – Sexta-feira, 28 de abril de 2017 – 17h29 (Horário de Brasília – DF) – Internet: clique aqui.

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