«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Papa faz uma séria constatação

«Às vezes, a Igreja caiu em uma teologia do
“pode” e do “não pode”»

Domenico Agasso Jr.
Vatican Insider
24-04-2017

O bispo de Roma centrou a sua pregação sobre o encontro de Nicodemos
com Jesus e o testemunho de Pedro e João depois da cura do coxo 
PAPA FRANCISCO
Celebrando na Capela Santa Marta - Vaticano

Ele reitera o “não” a uma fé rígida. Unido a um apelo para rejeitar os compromissos e as idealizações que poriam em causa a concretude do credo cristão e que não são compatíveis com a liberdade dada pelo Espírito Santo. Depois, observa com amargura que, às vezes, a própria Igreja caiu em uma “teologia do ‘pode’ e do ‘não pode’”. Tudo isso foi afirmado pelo Papa Francisco na homilia da manhã dessa segunda-feira, 24 de abril de 2017, na Casa Santa Marta, a primeira depois da pausa pascal. Também participaram da missa os cardeais conselheiros do C9, que, entre segunda e quarta-feira, 26 de abril, estarão reunidos com o papa.

O bispo de Roma centrou a sua pregação sobre o encontro de Nicodemos com Jesus e o testemunho de Pedro e João depois da cura do coxo. Cristo explica a Nicodemos com amor e paciência que é preciso “nascer do alto, nascer do Espírito” e, portanto, passar “de uma mentalidade a outra”.

Para entender melhor – indica o papa – é possível se concentrar naquilo que diz a primeira leitura, dos Atos dos Apóstolos: Pedro e João curaram o coxo, e os doutores da lei não sabem como se comportar, como “esconder” tudo isso, porque “a coisa é pública”. No interrogatório, os dois “respondem com simplicidade”. E, quando os intimam a não falar mais a respeito, Pedro responde: “Não! Não podemos calar o que vimos e ouvimos. E... continuaremos assim”.

Aí está, salienta Papa Bergoglio: “A concretude de um fato, a concretude da fé” em relação aos doutores da lei que “querem entrar em negociações para chegar a compromissos”. Pedro e João, “têm coragem – destaca Francisco –, têm a franqueza, a franqueza do Espírito, que significa falar abertamente, com coragem, a verdade, sem compromissos”.

Está justamente aí “o ponto” crucial: “A concretude da fé”. De fato, “às vezes, nós nos esquecemos de que a nossa fé é concreta. O Verbo se fez carne, não se fez ideia: se fez carne”. E, quando rezamos o Credo, “dizem todas coisas concretas: ‘Creio em Deus Pai, que fez o céu e a terra, e em Jesus Cristo, que nasceu, que morreu...’, são todas coisas concretas. O nosso Credo não diz: ‘Creio que devo fazer isto, que devo fazer aquilo ou que as coisas são estas...’ Não - exclama –, são coisas concretas!”.

É “a concretude da fé que leva à franqueza, ao testemunho até o martírio, que é contra os compromissos ou à idealização da fé”. Para aqueles doutores da lei, o Verbo “não se fez carne: se fez lei: e se deve fazer isso até aqui e não mais, deve-se fazer isto”, e nada mais.

Assim, “estavam enjaulados nessa mentalidade racionalista, que não acabou com eles, hein! Porque, na história da Igreja, muitas vezes, a própria Igreja que condenou o racionalismo, o Iluminismo, depois, muitas vezes, caiu em uma teologia do ‘pode e não pode, até aqui, até lá’”. Com essa atitude, a Igreja “esqueceu a força, a liberdade do Espírito, esse renascer pelo Espírito, que te dá a liberdade, a franqueza da pregação, o anúncio de que Jesus Cristo é o Senhor”.

Invocou o pontífice: “Peçamos ao Senhor essa experiência do Espírito que vai e vem, e nos leva em frente, do Espírito que nos dá a unção da fé, a unção das concretudes da fé: ‘O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim é todo aquele que nasceu do Espírito’”. Ouve “a voz, segue o vento, segue a voz do Espírito, sem saber aonde vai acabar. Porque fez uma opção pela concretude da fé e o renascimento no Espírito”.

Deus “nos dê esse Espírito pascal – conclui o papa – de ir nas estradas do Espírito, sem compromissos, sem rigidez, com a liberdade de anunciar Jesus Cristo como Ele veio: na carne”.

Traduzido do italiano por Moisés Sbardelotto.

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos – Notícias – Terça-feira, 25 de abril de 2017 –  Internet: clique aqui.

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