«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

A bombástica entrevista de Chico de Oliveira

 Rubens Mascarenhas
blog Almoço das Horas
03-07-2012

“Lula é muito mais esperto do que vocês pensam. O Lula não tem caráter, ele é um oportunista (...). O Lula tem uma vocação de caudilho”. A afirmação é do sociólogo Chico de Oliveira em entrevista do programa RodaViva da TV Cultura nessa segunda-feira. O renomado sociólogo fez outras afirmações polêmicas. 
Francisco de Oliveira - sociólogo 
Para o sociólogo, a diminuição da pobreza é uma exigência de um governo de esquerda, mas não foi o Lula que fez. “Essa condição de benefícios sociais vem desde José Sarney”. Sobre a atuação política de Lula durante a ditadura militar, afirmou que, nos anos 1970, Lula não liderava nada. Quem liderava as passeatas era “Ulysses Guimarães para garantir que a polícia não reprimisse  as greves dos trabalhadores”.


Para ele, o maior estadista de toda a história política brasileira é Getúlio Vargas, pois todas as modernas instituições do Estado brasileiro são varguistas. O governo Lula não criou nenhuma instituição. Outra afirmação polêmica: “O papel da esquerda não é a busca do poder. É civilizar o capital”.


Falou da tortura que sofreu durante a ditadura e citou os nomes de dois delegados que o torturam em São Paulo (agradecimentos a Caio Toledo).


Em seu sítio, o RodaViva noticiou a entrevista:


O Roda Viva do dia 2 de julho recebeu o sociólogo Chico de Oliveira, professor emérito da Universidade de São Paulo. Na pauta, estiveram temas da política, as eleições municipais deste ano e a proximidade do início do julgamento do Mensalão no Supremo Tribunal Federal.


Um dos fundadores do PT, Chico de Oliveira abandonou o partido em 2003. Fez parte do grupo de dissidentes que ajudou a criar o PSOL, com o qual também viria a romper. Autor de diversos livros, foi premiado com um Jabuti em 2004, pela obra Crítica a Razão Dualista - O Ornitorrinco. Para o professor, "o ornitorrinco é um fracasso de Darwin" e por isso pode ser comparado ao Brasil, que alcançou a modernidade, porém ainda vive em atraso – “uma necessidade de como o país foi formado”.


No período de ditadura militar, Chico foi torturado em São Paulo e preso em Pernambuco. O esquerdista defende que os que cometeram crimes devem ser julgados e afirma que sabe quem foram os seus torturadores. Durante o programa, Chico citou o nome de dois delegados.


O sociólogo diz que o Estado tem que ir atrás dessas pessoas e que se a Comissão da Verdade quiser o seu depoimento ele está disposto a falar. “A minha tortura não vale um tostão, só vale se foi sofrida em nome da liberdade”, declarou ainda.


Chico que participou efetivamente de partidos políticos, hoje afirma que não tem interesse em fazer parte do meio governante. “Eu não sirvo a nenhum governo. Não quero nada com o Poder, estou sempre contra ele”.


Além de criticar o governo, Chico fez declarações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Lula é muito mais esperto do que vocês pensam. O Lula não tem caráter, ele é um oportunista”. O sociólogo defende que Lula não liderou greves dos metalúrgicos. “Se ele quiser, que me processe. O Lula é uma vocação de caudilho, a ante-sala do ditador”.


Para o professor, a diminuição da pobreza é a parte fundamental de um governo de esquerda, mas não foi o Lula que fez. “Essa condição de benefícios sociais vem desde José Sarney”.


Sobre Fernando Henrique Cardoso, Chico disse o presidente se esqueceu do que o sociólogo sabia. “FHC foi de esquerda e foi até do Partido Comunista. Ele resolveu mudar porque decifrou que no Brasil ninguém chega ao poder sendo totalmente de esquerda”.


Já sobre Dilma, ele questionou se ela tem feito mesmo um governo de esquerda e disse ainda que a presidenta não consegue governar porque “Lula não deixa”.


O Roda Viva é apresentado pelo jornalista Mario Sergio Conti e, para esta edição, contou com os seguintes entrevistadores convidados: Ricardo Noblat (jornalista, Blog do Noblat), José Márcio Mendonça (jornalista e editor do blog A Política Como Ela É, articulista do jornal Diário do Comércio de S. Paulo e editor da coluna "Política e Economia na Real" no site Migalhas), João Gabriel de Lima (redator-chefe da revista Época), Liliana Lavoratti (editora-chefe do jornal DCI) e Ivana Jinkings (diretora da Boitempo Editorial e editora da revista Margem Esquerda, de estudos marxistas). O Roda Viva também teve a participação do cartunista Paulo Caruso [abaixo - charge que ele fez durante este programa]:

Assista a esta entrevista
acessando:

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos - Notícias - Quarta-feira, 4 de julho de 2012 - Internet: http://www.ihu.unisinos.br/noticias/511152-a-bombastica-entrevista-de-chico-de-oliveira-
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Lula visitando Maluf — sim, 
Maluf: o PT vende mais um lote de sua antiga alma 
por 1 minuto e 43 segundos no horário eleitoral

Ricardo Setti
Blogs e Colunistas
Veja
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumprimenta o deputado federal Paulo Maluf,
durante anúncio de apoio do PP à candidatura de Fernando Haddad a prefeito de São Paulo
(FolhaPress)
Ele era o Cão, o Maldito, o Inominável. Desde que surgiu na política, bajulando a ditadura para conseguir ser prefeito biônico de São Paulo, depois, sendo secretário dos Transportes e, posteriormente, utilizando métodos que todo mundo conhece para ganhar a “eleição” indireta para governador (cargo que exerceu entre 1979 e 1982), Paulo Salim Maluf, 81 anos, foi combatido ferozmente pelos militantes que, a partir da fundação do partido, em 1980, seriam os quadros do PT.


Seu modo de fazer política, seu modo de governar, suas prioridades como homem público, sua proximidade e vassalagem à ditadura, a maneira ela qual conseguiu ser “candidato” a presidente pelo Colégio Eleitoral — tudo o que contribuiu para unir políticos moderados que até então apoiavam a ditadura para voltar-se ao candidato da oposição ao Planalto, Tancredo Neves — eram o extremo oposto de tudo o que o PT dizia defender.


Dizia. Porque depois que “Lulinha paz e amor” se elegeu presidente, em 2002 (precedido por comportamentos heterodoxos de prefeitos e governadores petistas), as coisas mudaram.


O deus todo-poderoso do lulalato abjurou umas tantas coisas, abriu os braços para gente como: 

  • Sarney
  • Jader Barbalho
  • Renan Calheiros
  • Romero Jucá e tantos outros do mesmo jaez, e aceitou, feliz, o apoio parlamentar do malufismo, que sempre se situou na outra ponta do espectro ideológico “deste país”. 
  • Depois, quando Collor se tornou senador– o mesmo Collor que havia, entre outras proezas, utilizado de forma sórdida a vida pessoal de Lula na histórica primeira eleição presidencial depois da ditadura, em 1989 –, sem pudor algum aceitou a aliança com o homem escorraçado da Presidência, e por aí vai.

Mas homenagear pessoalmente Maluf, como Lula fez hoje, é um passo inédito, significa um grau mais no constante processo de arremesso ao lixo que o PT pratica com suas antigas alegadas convicções e com sua antiga proclamada ética, que uma sentença condenatória no caso do mensalão terminaria de afundar afundar na lama. O ex-presidente dirigiu-se à mansão de Maluf na rua Costa Rica, no Jardim América, em São Paulo, levando pela mão seu candidato a prefeito da capital, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad, acompanhado de todo um séquito petista, para agradecer o apoio do ex-Diabo à candidatura que Lula tirou do bolso do colete.


A procissão antes impensável do petismo até a casa de Maluf é o preço que o PT está pagando para ter 1 minuto e 43 segundos a mais de tempo no horário eleitoral gratuito.


É mais um lote da antiga alma que o PT está vendendo.


[Leia mais, acessando: 

Fonte: VEJA - Política & Cia18/06/2012 às 16h56 - Internet: http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/lula-visitando-maluf-sim-maluf-o-pt-vende-a-antiga-alma-por-1-minuto-e-43-segundos-no-horario-eleitoral/

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