32º Domingo do Tempo Comum – Ano A – Homilia
Evangelho: Mateus 25,1-13
Para ouvir a narração deste Evangelho, clique sobre a imagem abaixo:
José María
Castillo
Teólogo
espanhol
Jamais Perder a Alegria do Reino
Esta pequena história nos remete a alguma pregação de Jesus que foi recolhida por Mateus entre as parábolas do final de seus dias em Jerusalém. Pelo menos, é seguro que o redator deste evangelho viu que este era o lugar e o momento mais oportuno para recordar o significado de tal história.
Assim, mediante este relato, Jesus nos recorda que o perigo, a ameaça, o juízo, a condenação, o sofrimento e a morte, nada disso, por mais temível que possa ser, nunca deve constituir motivo para perder a alegria que sempre há de estar presente em nossa vida.
Aqui, Jesus não contou uma parábola sobre a parusia [a segunda
vinda de Cristo] ou o final da História. A metáfora do «noivo» remete a Deus
(Os 2,21s; Is 62,5; Jr 2,2). Tampouco, se trata de uma parábola do juízo, como
fica claro na comparação com as bodas que evocam alegria e não temor. Sem dúvida, como bem assinala Ulrich
Luz [1938-2019: especialista suíço em Mateus, autor de um extenso
comentário ao evangelho], a intenção última do redator foi uma advertência,
na qual se queria dizer:
Aquele que não estiver preparado, pode perder o «momento» (kairós)
da alegria! Por isso, deve-se estar vigilante para não o perder jamais.
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Os Padres da Igreja viram no óleo, que mantém viva a nossa perseverança e esperança, a FÉ |
E isso, ainda que haja «esquecidos» (como as virgens imprudentes)
ou tenhamos conduta egoísta (como a das virgens «prudentes»). Que temos e teremos
limitações e misérias, isso ninguém duvida, por mais boa vontade que tenhamos.
Porém, nada disso nos deve retirar ou diminuir nossa constante alegria de
vivermos na festa sem fim que é o Reino de Deus.
Traduzido do espanhol por Pe. Telmo José Amaral de Figueiredo.
Fonte: CASTILLO, José María. La religión de Jesús: Comentario al evangelio diario – 2020. Bilbao: Desclée De Brouwer, 2019, página 396.
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