«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

domingo, 6 de novembro de 2011

Estudo expõe dificuldade após perda de peso

GINA KOLATA
THE NEW YORK TIMES


Um estudo, publicado pela revista The New England Journal of Medicine, tentou desvendar um mistério que sempre incomodou endocrinologistas: por que é tão difícil perder peso e mantê-lo. Os resultados dividiram os especialistas.


Durante anos, os estudos de obesidade revelaram que pouco depois de pessoas gordas perderem peso, seu metabolismo desacelerava e elas experimentavam mudanças hormonais que aumentavam seu apetite. Alguns pesquisadores acreditavam que essas mudanças biológicas podiam explicar por que a maioria dos obesos que faziam dietas recuperava boa parte do que havia perdido com tanto esforço.


Agora, porém, um grupo de pesquisadores australianos tentou ver se as alterações persistem a longo prazo. Eles recrutaram pessoas que ou estavam acima do peso ou eram obesas e as colocaram numa dieta altamente restritiva que as fez perder pelo menos 10% de seu peso corporal. Eles as mantiveram, então, numa dieta para conservar essa perda de peso. Um ano depois, os pesquisadores descobriram que o metabolismo e os níveis hormonais dos participantes não tinham voltado aos níveis de antes.


O levantamento é pequeno, mas confirma as convicções sobre por que é tão difícil perder peso e mantê-lo, dizem pesquisadores que não estiveram envolvidos no estudo.


Eles advertiram que o estudo envolveu somente 50 participantes, e 16 deles abandonaram ou não perderam os requeridos 10% de peso corporal. E embora os hormônios estudados tenham uma conexão lógica com o ganho de peso, os pesquisadores não mostraram que os hormônios estavam fazendo os participantes recuperarem seu peso.


No entanto, disse Rudolph Leibel [foto ao lado], um pesquisador da obesidade da Universidade Columbia, embora não surpreenda que os níveis hormonais se alteraram pouco depois de os participantes perderem peso, o "impressionante é que essas mudanças não desaparecem".


Stephen Bloom [foto ao lado], um pesquisador de obesidade no Hammersmith Hospital em Londres, disse que o estudo teria de ser repetido sob condições mais rigorosas, mas acrescentou: "Ele está mostrando algo no qual acredito profundamente - é muito difícil perder peso". E a razão, prosseguiu, é que "nossos hormônios trabalham contra nós".


Apetite
No estudo, Joseph Proietto [foto ao lado] e seus colegas da Universidade de Melbourne recrutaram pessoas que pesavam, em média, 95 quilos. No começo da pesquisa, sua equipe mediu os níveis hormonais dos participantes e avaliou sua fome e apetite depois que eles comiam um ovo cozido, torrada, margarina, suco de laranja e biscoitos no café da manhã. Os fazedores da dieta passaram em seguida dez semanas num regime de pouquíssimas calorias, 500 a 550 por dia, para fazê-los perder 10% de seu peso corporal. Aliás, o peso caiu, em média, 14%, ou cerca de 13 quilos. Como era esperado, seus níveis hormonais se alteraram de uma maneira que aumentou o apetite e, de fato, eles ficavam mais famintos do que quando começaram o estudo.


Eles receberam dietas cuja intenção era manter sua perda de peso. Um ano depois que os participantes haviam perdido o peso, os pesquisadores repetiram suas medições. Eles foram recuperando o peso, apesar da dieta de manutenção - recuperando, em média, metade do que haviam perdido - e os níveis hormonais ofereciam uma possível explicação.


A quantidade de um hormônio, a leptina, que diz ao cérebro quanta gordura corporal está presente, caiu dois terços imediatamente depois de os sujeitos perderem peso. Quando o nível de leptina cai, o apetite aumenta e o metabolismo desacelera. Um ano após a dieta de perda de peso, os níveis de leptina ainda estavam um terço mais baixos do que no início do estudo, e aumentaram à medida que os participantes recuperavam seu peso.


"Um enorme esforço para persuadir o público a alterar seus hábitos simplesmente não evitou nem curou a obesidade", conclui Liebel. "Condenar o público por seu hedonismo incontrolável e a indústria alimentar por suas iniquidades não parece estar fazendo a maré virar."


TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK.


Fonte: O Estado de S. Paulo - Vida - Domingo, 6 de novembro de 2011 - Pg. A25 - Internet: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,estudo-expoe-dificuldade-apos-perda-de-peso-,795117,0.htm

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.