«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

A família encolheu [Importantes dados!]

Kalleo Coura
Veja
23.11.2011

E mudou de formato. Os lares brasileiros, menores, têm estrutura bem mais diversa do que a clássica pai, mãe e filhos

A família brasileira está menor, mais fragmentada e se organiza de forma muito mais diversa do que há dez ou vinte anos. Até 1990, os casais tinham 2,8 filhos em média, 80% dos lares eram encabeçados por um homem e a estrutura da família nuclear era, com raras exceções, a clássica: pai, mãe e filhos. A segunda parte dos resultados do Censo 2010, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na semana passada, revela algumas das mudanças por que o país passou desde 2000, ano em que foi feito o último estudo. E, ao menos no que diz respeito à vida privada dos brasileiros, elas são profundas.


O tamanho das famílias é a parte mais visível dessa transformação. Hoje, os domicílios abrigam em média apenas três pessoas. Além de terem encolhido, as famílias estão mais fragmentadas - 15% delas são formadas por mulheres que vivem com seus filhos sem a presença dos pais das crianças. Essa população - que inclui as viúvas, mas é formada sobretudo por mulheres separadas e mães solteiras - faz parte de um universo maior e crescente, o das autodeclaradas "chefes de família".


Em 2000, em 27% das casas os entrevistados declararam aos recenseadores do IBGE que o "chefe da família" era uma mulher. Em 2010, o índice já havia subido para 38%. Trata-se de uma resposta subjetiva a uma questão que busca determinar quem, na casa, é responsável pela tomada das decisões mais importantes - o que não quer dizer, necessariamente, que seja também seu provedor principal.


O IBGE também constatou um salto no número de pessoas que vivem sozinhas. Há uma década, os solitários eram 4 milhões, responsáveis por 9% das casas. Hoje, são 7 milhões, o que totaliza 12% dos domicílios do Brasil. No Censo 2010, o IBGE pela primeira vez perguntou a opção sexual dos entrevistados. Em 60 000 casas, moradores declararam que ali vivia um casal de homossexuais. O número representa O,1 % do total de domicílios do país.


Mas as questões levantadas pelo Censo também perscrutaram o Brasil que existe da porta da rua para fora. Ao olhar o resultado dos indicadores sociais, o que se nota é que o Brasil avançou em todos. A taxa de analfabetismo, por exemplo, finalmente deixará de ser um problema - e a curto prazo. Hoje, 10% da população é analfabeta, mas um corte estatístico relativiza essa informação. Se, acima dos 65 anos de idade, o analfabetismo assola 29% das pessoas, dos 10 aos 14, apenas 4% não sabem ler e escrever. O futuro é promissor, portanto. Mas, em alguns campos, o Brasil avança a passos muito lentos rumo a ele. A infraestrutura é um exemplo.


A coleta de lixo, atualmente, atende a 87% dos domicílios do país. É melhor que o índice de 79% registrado em 2000. Na coleta de esgoto, a situação é pior. Em 2000, apenas 62% dos lares brasileiros tinham acesso à rede de tubulações ou, ao menos, a uma fossa séptica. Uma década mais tarde, o número não passa de 67%. Na Região Norte, a ampliação da rede de esgotos nem sequer acompanhou o aumento da população. Para o geógrafo Demétrio Magnoli, essa situação é fruto de uma opção feita pelos governos na última década. "Priorizou-se a transferência de renda, por meio de programas como o Bolsa Família, em detrimento de investimentos em áreas vitais como o saneamento, que rendem menos votos", diz ele. Pena que nesse ponto o Brasil não tenha mudado tanto.


O BRASIL DA PORTA PARA DENTRO
Segundo o Censo 2010 (IBGE), as famílias brasileiras estão menores e há mais gente morando sozinha. Pela primeira vez, o IBGE incluiu na pesquisa de domicílios o número de casais gays e de filhos de outras uniões:

  • Hoje, as casas abrigam, em média, apenas 3 pessoas
  • As mulheres são chefes de família em 39% dos domicílios. Há dez anos, esse porcentual era de 27%
  • Em 8% das moradias há crianças que são filhos de apenas um dos cônjuges
  • Quase 7 milhões de imóveis, ou 12% do total, são habitados por uma única pessoa. Há dez anos, esse porcentual era de 9%
  • Casais gays ocupam 60.000 residências - 0,1% do total
  • A porcentagem de uniões consensuais, os casamentos informais, subiu de 29% para 36%

A VIDA MELHOROU
O Brasil tem mais empregos e os brasileiros, mais educação. O crescimento da infraestrutura, no entanto, segue em passos lentos




Fonte: Clipping - Seleção de Notícias - Ministério do Planejamento - 21/11/2011 - Internet: https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/11/21/a-familia-encolheu/

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