«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

FINADOS: O nosso destino é de ajudar

ABRAHAM JOSHUA HESCHEL*

O maior problema não é como continuar, mas como elevar a existência.
É presunção invocar uma vida além túmulo, se antes de a ele descer não invocamos a vida eterna.


A eternidade não é perpétuo futuro, mas perpétua presença.


Ele [Deus] plantou em nós a semente da vida eterna. O mundo que a de vir não é somente um além, mas também um aqui e agora.


O nosso maior problema não é como continuar, mas como retornar. "Como retribuirei a Deus todo o bem que me fez?" (Sl 116,12).


Quando a vida é uma resposta, a morte é um retorno à casa.
"Preciosa aos olhos do Senhor é a morte dos seus santos" (Sl 116,15).


De fato, o nosso maior problema não é senão um eco da preocupação de Deus: Como posso retribuir ao homem todo o bem que me fez? "Porque a piedade de Deus dura para sempre".


Este é o significado da existência: reconciliar a liberdade com o serviço, o efêmero com o duradouro, tecer os fios temporais no tecido da eternidade.

A sabedoria mais profunda a qual pode chegar o homem consiste em saber que o seu destino é ajudar, servir.


Devemos vencer a fim de ser vencidos; devemos adquirir a fim de dar; devemos triunfar a fim de sermos suplantados.
O homem deve compreender para poder crer, saber para poder aceitar.


A aspiração é obter, a perfeição é distribuir.

Este é o significado da morte: a consagração última de si mesmo ao divino.


A morte, assim entendida, não será deformada pela ânsia da imortalidade, porque este ato de dar é a recompensa do homem a Deus pelo dom da vida que Deus lhe fez.
Para o homem religioso morrer é um privilégio.


* [Foto acima] Proeminente rabino e um dos principais teólogos judeus do século XX. Para saber mais sobre o autor, acessar (em inglês): http://en.wikipedia.org/wiki/Abraham_Joshua_Heschel ou (em espanhol): http://es.wikipedia.org/wiki/Abraham_Joshua_Heschel.

Fonte: HESCHEL, Abraham Joshua. L'uomo non è solo. 4 ed. Milano: Rusconi, 1971 (original inglês: Man Is Not Alone), pp. 300-301.
Tradução: Pe. Telmo José Amaral de Figueiredo.

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