«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

domingo, 6 de novembro de 2011

Sem controle [Preocupante!]

Editoriais
São preocupantes, embora não constituam a rigor nenhuma surpresa, as últimas declarações do ministro Jorge Hage [foto acima], da Controladoria-Geral da União, a respeito dos mecanismos de combate à corrupção presentes no governo federal.


Na esteira das denúncias envolvendo favorecimentos a ONGs no Ministério do Esporte, a presidente Dilma Rousseff determinou que fossem reavaliados todos os repasses de verbas governamentais a instituições desse tipo, no prazo de um mês.


O ceticismo que tal medida naturalmente suscita se vê confirmado pelas declarações de Hage, na Folha de ontem. O "primeiro responsável" pelo exame de possíveis irregularidades em contratos com as ONGs, segundo o ministro, será o ministério que os celebrou.


Assim, em última análise, o próprio fiscalizado assume o papel de fiscalizador. O máximo que a Controladoria-Geral da União pode fazer é oferecer um auditor para acompanhar o processo em cada ministério.


As deficiências apontadas pelo ministro não se resumem a esse aspecto. Caso fossem acessíveis, pela internet, os termos e condições de cada convênio entre ONGs e governo, a própria sociedade poderia exercer constante fiscalização sobre o que, notoriamente, constitui porta aberta para favorecimentos a entidades fantasmas e apaniguados políticos.


Ocorre que o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) não tem sido capaz de implantar tal sistema de controle on-line. "O Serpro não tem condições de atender às demandas de todos os ministérios da Esplanada, essa que é a verdade", suspira o ministro. "Tudo atrasa."


A asseveração ganha peso especial quando se leva em conta que, ainda segundo Hage, casos como os que motivaram a saída do ministro do Esporte teriam sido evitados -ou revelados- muito antes de assumirem a dimensão que vieram a ter.


Um derradeiro toque de melancolia arremata a entrevista do ministro. "Falta dinheiro", disse Hage, para informatizar plenamente os dados sobre os convênios governamentais. Chega-se ao paradoxo em que, por carência de verbas (e também de disposição, acrescente-se), o governo perde recursos em maior quantidade - ou melhor, entrega-os a parceiros sobre os quais não se tem controle.


Fonte: Folha de S. Paulo - Opinião - Domingo, 6 de novembro de 2011 - Pg. A2 - Internet: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz0611201102.htm

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.