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Mostrando postagens de dezembro, 2011

O que mais se buscou na internet em 2011

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Google Os top 10 de 2011 em termos de busca no principal site com este objetivo no mundo, ou seja, o Google É uma informação interessante por revelar aquilo que mais tem ocupado as mentes das pessoas pelo mundo afora. Vejamos: 1.   REBECCA BLACK: fez sucesso na Internet com o lançamento do hit pop de 2011, “Friday” . O videoclipe levou a garota de 13 anos ao status de celebridade depois de se tornar viral, tendo cerca de 167 milhões de exibições no YouTube . As pesquisas por Rebecca Black e pesquisas relacionadas como Rebecca Black Friday foram de >10,000% entre 2010 e 2011, tornando a jovem cantora pop a pesquisa número um em crescimento no Google em 2011. A cantora chegou ao topo de pesquisas no dia 20 de março de 2011 , duas semanas após o lançamento de “Friday”. Seguiu-se uma sensação na mídia internacional. Qual era o tamanho de Rebecca Black? Pode ser uma surpresa, mas as pesquisas relacionadas à cantora adolescente superaram até mesmo as pesquisas pelo ícone pop, Lady ...

2011: QUEM PAGA A CONTA?

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Dom Demétrio Valentini Bispo de Jales - SP O ano de 2011 se retira de cena. Parece com pressa de passar adiante a tocha da história. Quer se ver livre de compromissos, que ele deixa como herança para os anos que vêm pela frente, com a carga pesada que preanunciam.  De fato, o ano de 2011 pareceu mais destinado a anotar compromissos na agenda, do que a cumpri-los.  Basta ver alguns deles, agendados para o Brasil.   De imediato, no mês de junho de 2012 , a “Rio+20” , o novo encontro das Nações Unidas sobres os desafios ambientais, na sequência da “Eco 92”, de vinte anos atrás.  Para 2013 , desta vez em julho , o encontro mundial da juventude , no Rio de Janeiro, evento que já cunhou a imagem de uma juventude que quer retomar o seu protagonismo , resgatando valores que nunca perdem sua importância . Depois, 2014 será o ano da Copa do Mundo , que para nós é simplesmente a de futebol. Ela foi imaginada como uma espécie de convite geral a todos os países do mundo par...

Matrimônio - Expectativas extravagantes

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JOÃO PEREIRA COUTINHO * O casal não conhece limites em seus desejos contraditórios.  Reclama de paixão e de razão Casamentos combinados? Nada contra. Mas existem combinações e combinações. Conhecer a noiva ainda no berço não é a ideia perfeita de romantismo. Casar com ela durante a infância também não. Mas confesso inveja pelos indígenas de Tikopia , uma pequena ilha do Pacífico, onde as combinações matrimoniais impostas pela tribo admitem um período de conhecimento e, digamos, "experimentação" . Se as coisas não resultarem, nenhum drama: é hora de tentar uma nova combinação. É nessas alturas que uma pessoa pensa nas desvantagens de viver no Ocidente pós-moderno, onde estamos por nossa conta e risco na busca da princesa encantada. E tanto esforço, e tanta despesa, e tanta angústia para quê? Vivesse eu em Tikopia e poderia estar tranquilamente em casa, lendo e escrevendo, enquanto a tribo procurava fêmea compatível para mim. Quando a encontrasse, era só bater na m...

O PLANETA ABERTO [Fundamental!]

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Lúcia Guimarães * Quem exerce mais poder sobre a vida privada dos americanos? Um juiz da Suprema Corte ou Mark Zuckerberg ? Acertou quem respondeu o sardento e esquisitão fundador do Facebook. E colocou em sua companhia empresas como Google e Microsoft. O diagóstico do presente Orwelliano é feito por Jeffrey Rosen , professor de Direito da Universidade de Georgetown , editor de temas júridicos da revista New Republic e um dos mais respeitados analistas de assuntos constitucionais nos Estados Unidos. Não se trata de uma conspiração de corporações contra a Constituição americana, um documento cuja influência internacional, nos últimos dois séculos, é difícil subestimar. O problema, explica Rosen, é que os desafios da tecnologia digital dificilmente podem ser vencidos à luz do texto original , de 1787 , ou das emendas existentes, especialmente as que guiam a jurisprudência no direito de cada um à livre expressão e à privacidade. Jeffrey Rosen acaba de editar, com Benjamin Witt...

Retrospectiva 2011: Literatura

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Os livros mais vendidos durante o ano [O nível não foi lá essas coisas!] Milhares de livros foram lançados em 2011 no Brasil. Dentre os novos títulos e outros tantos a que se somaram nas prateleiras das bibliotecas e livrarias (esta última responsável por cerca de 40% da comercialização de livros em 2010, segundo a ABL), uma variedade de assuntos marcou o top 10 dos best-sellers de 2011 . No topo da lista, Ágape , de Padre Marcelo Rossi , ficou à frente do segundo colocado do ranking por milhares de cópias. Foram cerca de 500 mil, contra 98 mil de A Cabana , de William P. Young [foto ao lado], de acordo com o site especializado Publish News . Os que vêm em seguida são, na ordem de classificação:  Querido John , de Nicholas Sparks ,  A Guerra dos Tronos , de George R. R. Martin ,   Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil , de Leandro Narloch ,  mais um de Nicholas Sparks , Diário de Uma Paixão ,  Steve Jobs , de Walter Isaacson ,  ...

Nas mãos do pastor

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KENNETH SERBIN * Sob a reclusa liderança de Bento XVI, a maior organização religiosa do mundo se afasta do diálogo com a modernidade Enquanto os sinais de descontentamento das ruas dominavam boa parte das manchetes em 2011, a maior organização religiosa do mundo parecia definhar. Quase sete anos de papado de Bento XVI e a Igreja Católica Romana, com quase 1,2 bilhão de fiéis e mais de 400 mil padres , continua lutando com profundas dificuldades internas. A liderança de Bento XVI tem sido fraca . Seria difícil rivalizar com o papa viajante João Paulo II (morto em abril de 2005), com seu carisma, imensa popularidade e papel crucial que teve nos acontecimentos mundiais, incluindo o colapso do comunismo. Mas Bento XVI, que prefere temas intelectuais a assuntos pastorais e administrativos, pouco fez para criar uma marca ou oferecer nova inspiração para os católicos. Sua visita em 2007 ao Brasil ilustrou como é mínima a atração que ele exerce sobre as massas . O papa completará ...

Ninguém é de ninguém [Grande alerta!]

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CARLOS GUILHERME MOTA * Apaga-se da história do Brasil a complexidade dos estamentos sociais, substituídos agora pela classe B, pela classe C, etc. O problema mais grave do Brasil nesta última quadra solicita discussão atualizada a propósito dos valores que deveriam reger um país que se pensa em ascensão. Que os índices positivos não nos iludam neste final do primeiro ano do governo Dilma, pois em amplas camadas da população a capacidade de leitura e escrita, de organização do pensamento e de raciocínio matemático minimamente articulado ainda nos remetem à Idade da Pedra Lascada . Um mal-estar da (in)civilização ronda o País, com a sociedade civil em frangalhos se distanciando cada vez mais das utopias democratizantes dos anos 80 e 90. Muitos pensam candidamente, como o ministro Guido Mantega, que é na economia e nas finanças que reside nosso calcanhar de aquiles. Ora, no Brasil, salvo em poucos momentos excepcionais de sua história, as elites sempre evitaram atacar frontalmente o...

As rebeliões do efêmero

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Olgária Chain Feres Matos * A ideologia dominante é a do novo-rico, que conhece o preço de todas as coisas, mas desconhece o seu valor O movimento pela descriminalização do uso da maconha , a luta contra a corrupção , a dos estudantes na USP pela retirada da Polícia Militar do câmpus universitário , dos homossexuais contra a homofobia no Brasil , correspondem à tendência neoliberal global de ocupação do espaço público - mas em um país que não responde pela qualidade da formação educacional que garantiria o fortalecimento da “vida intelectual” e do debate político. Que se pense, em particular, no movimento pela liberação da maconha, que não desenvolve reflexões sobre o sentido da disseminação de narcotizantes na sociedade de massa e do consumo, a questão da cultura do excesso , cuja exemplaridade são as festas rave e a música techno . Nos anos 80, Salvador Dalí , com todo seu surrealismo, interpelado sobre o uso de drogas, respondeu que se deveria consumi-las no máximo cinco vezes du...

A política como lugar [Interessante análise!]

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Saskia Sassen * Ocupar significa enfrentar a lógica antidemocrática do poder, redefinindo o papel do cidadão na "rua global" Ocupar não é o mesmo que demonstrar . Muitos dos protestos do ano passado - Praça Tahrir [foto abaixo], os indignados , Ocupe Wall Street (OWS) e outros - deixam nítido o fato de que ocupar significa estabelecer um novo território . Transformar o que era visto meramente como um espaço num território. Nesse processo, ocupar também cria um pouco de história . Território é um vetor estratégico em todos esses tão diversos processos de ocupação. No sentido em que estou usando o termo, território é uma condição complexa na qual se insere a lógica do poder e da reivindicação , algo que implica muito trabalho para criar e não pode ser reduzido apenas à factibilidade elementar do espaço ou da terra. Assim, ocupar é um processo que reelabora, mesmo temporariamente, a frequentemente antidemocrática lógica do poder incrustada no território . E com frequência ...