«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

País tem 11 milhões de pessoas em favelas [Vergonha e Indignidade!]

ANTONIO GOIS
DENISE MENCHEN
DO RIO


Censo de 2010 localizou 6.329 áreas irregulares e precárias em 323 cidades; juntas, elas equivalem à população da Grécia
Dez anos atrás, IBGE havia contado cerca de 6,5 milhões de pessoas morando em favelas no país
Dados do Censo 2010 revelam que 11,4 milhões de brasileiros, o equivalente à população da Grécia, vivem em áreas ocupadas irregularmente e com carência de serviços públicos ou urbanização, como favelas, palafitas, grotas e vilas. São 6% dos habitantes do país.


É o retrato mais preciso já feito dessas áreas, e mostra que o problema é concentrado nas regiões metropolitanas, mas espalhado por todos os Estados. Dez favelas têm população maior que 40 mil pessoas, superior a 86% dos municípios brasileiros.


Em 2000, o IBGE identificou 6,5 milhões de pessoas, ou 4% do total, em "aglomerados subnormais", denominação usada pelo instituto.


METODOLOGIA


Não é possível saber quanto do aumento na década se deve à expansão das áreas irregulares e quanto se deve ao aprimoramento da metodologia de pesquisa, como o uso de imagens de satélite.
Em 2010, foram localizadas 6.329 favelas em 323 municípios. Ficam de fora do levantamento áreas precárias, mas regularizadas, ou irregulares, mas sem precariedade.


QUADRO GRAVE


A pesquisa revelou também que o quadro mais grave de moradia está na região metropolitana de Belém (PA), onde 54% da população vive em favelas e similares.


No caso de serviços básicos, o que mais diferencia as favelas das áreas de ocupação regular das cidades é a proporção de casas com coleta adequada de esgoto.


"O fato de existir um alto percentual de pessoas vivendo nessas áreas decorre do Estado brasileiro ter se omitido por décadas em relação a políticas habitacionais, concomitante a um dos processos de urbanização mais intensos da história da humanidade", diz Sérgio Besserman [foto ao lado], ex-presidente do IBGE.


Para a relatora especial da ONU para o direito à moradia adequada, Raquel Rolnik, novos assentamentos precários irão surgir no país nos próximos anos. Ela aponta como motivos a elevação dos preços dos terrenos e as remoções mal conduzidas para a realização de obras, como as da Copa de 2014.


"A máquina de produção de favelas está em operação", diz a urbanista.

Comunidades mais populosas do país
NomeCidadePopulação
RocinhaRio de Janeiro (RJ)69.161
Sol NascenteBrasília (DF)56.483
Rio das PedrasRio de Janeiro (RJ)54.793
CoroadinhoSão Luís (MA)53.945
Baixadas da Estrada Nova JurunasBelém (PA)53.129
Casa AmarelaRecife (PE)53.030
PirambúFortaleza (CE)42.878
ParaisópolisSão Paulo (SP)42.826
Cidade de DeusManaus (AM)42.476
HeliópolisSão Paulo (SP)41.118

Fonte: Folha de S. Paulo - Cotidiano - Quinta-feira, 22 de dezembro de 2011 - Internet: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/16340-pais-tem-11-milhoes-de-pessoas-em-favelas.shtml
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Percentual com renda mais baixa é maior no campo

Apesar de as condições de vida em favelas e similares serem piores do que nas demais áreas urbanas em seu entorno, elas ainda são melhores do que as registradas no campo.


Em 18% dos domicílios nas favelas, a renda per capita era inferior a R$ 128 (um quarto do salário mínimo em 2010). É uma taxa menor do que a de domicílios rurais (28%), que são mais pobres.


O mesmo se verifica em relação ao analfabetismo e ao saneamento.


Entre favelas, no entanto, e mesmo quando se compara apenas favelas de grande porte, os indicadores variam muito.


Em São Paulo, Paraisópolis e Heliópolis [foto acima], por exemplo, têm os melhores indicadores entre as maiores favelas.


Sol Nascente, em Brasília, e Cidade de Deus, em Manaus, têm os indicadores mais precários de saneamento e luz.


Analisando favelas do Rio e de São Paulo, é possível verificar que as piores condições não estão nas grandes comunidades.


Em 136 das 786 favelas do Rio mais da metade dos domicílios têm saneamento inadequado. Somente em três dessas a população supera 2.000 pessoas.


São Paulo tem 302 de 1.020 comunidades com menos de 50% de saneamento adequado. Dessas, só 37 têm população superior a 2.000 pessoas.


Fonte: Folha de S. Paulo - Cotidiano - Quinta-feira, 22 de dezembro de 2011 - Internet: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/16341-percentual-com-renda-mais-baixa-e-maior-no-campo.shtml
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Paraisópolis, na zona sul, é a maior favela paulistana

DO “AGORA”
Com 43 mil habitantes, Paraisópolis [foto acima] entrou na lista do IBGE como a maior favela da cidade de São Paulo. É a oitava maior favela do país.


Em seguida, com apenas 1.708 moradores a menos, aparece outra favela da zona sul: Heliópolis, que, até agora, era considerada pela prefeitura a maior da capital.


Segundo o IBGE, os números não são iguais porque a prefeitura pode utilizar uma metodologia diferente.


Um em cada dez moradores de São Paulo vive em uma das cerca de mil favelas da cidade. Dos 11,2 milhões de habitantes, 1,2 milhão moram em casas ou barracos construídos em áreas ocupadas irregularmente, geralmente em morros, que não contam com infraestrutura básica. Ao todo, são 355 mil moradias.


PROXIMIDADE


A nova maior favela de São Paulo atrai os moradores há pelo menos 50 anos pela proximidade com o bairro nobre Morumbi, de acordo com a Maria Augusta Justi Pisani, professora de arquitetura e urbanismo no Mackenzie.


"A pessoa que precisa de dinheiro sabe que só vai ter se estiver perto de onde ele está", afirma a especialista.


Denise Maria da Silva, 26, se mudou há um ano de Heliópolis para Paraisópolis a fim de viver com o marido e ajudá-lo no bar. "Trabalhar com comércio aqui é tão bom quanto em Heliópolis", diz ela, que alugou seu apartamento na antiga favela para ajudar na renda familiar.


Seu marido, o também comerciante Maurino Santos Souza, 44, trabalhou como motorista por 15 anos em condomínios do Morumbi.


Souza saiu ainda pequeno de Itaipé, em Minas, para viver em Paraisópolis com os pais e os seis irmãos. Todos trabalharam no Morumbi. O pai, que já morreu, pintou casas de alto padrão. A mãe, aposentada, foi faxineira de casas e apartamentos de luxo.


Fonte: Folha de S. Paulo - Cotidiano - Quinta-feira, 22 de dezembro de 2011 - Internet: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/16345-paraisopolis-na-zona-sul-e-a-maior-favela-paulistana.shtml
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População de favelas é predominantemente parda, mostra Censo
DO RIO

Dados do Censo 2010 divulgados nesta quarta-feira [21/12/2011] mostram que 55,5% da população que vive em áreas de ocupação irregular com serviços ou urbanização precários é parda. Já os brancos representam 30,6% dos moradores de favelas e similares, enquanto os pretos somam 12,9%.
Na população brasileira como um todo, o maior percentual é de brancos, que representam 48%. Em seguida vêm pardos (43%) e pretos (8%). A classificação de cor no Censo é autodeclaratória, ou seja, é o próprio entrevistado quem define sua cor.


De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as favelas também concentram mais moradores jovens. A idade média nesses aglomerados é de 27,9 anos. Nas áreas de ocupação regular dos municípios que têm favelas, ela chega a 32,7. Na média nacional, é de 31,3.


Já a taxa de analfabetismo das pessoas com 15 anos ou mais nessas comunidades é de 8,4% -exatamente o dobro dos 4,2% das áreas regulares em seu entorno. O analfabetismo nas favelas, no entanto, é menor do que a média nacional, de 9,6%. Isso porque o problema é mais presente nas zonas rurais do país.


Fonte: FOLHA.COM - Cotidiano - 21/12/2011 - 10h00 - Internet: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1024312-populacao-de-favelas-e-predominantemente-parda-mostra-censo.shtml
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Falta de coleta de esgoto é principal problema em favelas, diz IBGE
DO RIO

Dados divulgados nesta quarta-feira [21/12/2011] pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que a falta de uma solução adequada para a coleta de esgoto é o principal problema de saneamento nas favelas e similares do Brasil. O Censo de 2010 revelou que o país tem 11,4 milhões de pessoas vivendo em áreas de ocupação irregular e serviços ou urbanização precários.


De acordo com o levantamento, apenas 67,3% dos domicílios localizados nesses aglomerados eram ligados à rede coletora de esgoto ou dispunham de fossa séptica. Nas áreas regulares dos mesmos municípios, esse percentual chegava a 85,1%. O dado, porém, não considera se o esgoto é ou não tratado.


O fornecimento adequado de energia elétrica, com medidores de consumo exclusivos para cada residência, também é mais raro nas favelas, onde apenas 72,5% dos domicílios estavam nessas condições em 2010. Nas demais áreas urbanas, eram 88,5%.


No caso da coleta de lixo e do abastecimento de água, a diferença é menor. Nas favelas, a cobertura desses serviços atinge, respectivamente, 95,4% e 88,3% dos domicílios. Nas áreas regulares dos municípios com favelas, os percentuais são de 98,6% e 92,9%.


Segundo o IBGE, de modo geral as áreas mais antigas e consolidadas tendem a ter melhores serviços do que as áreas de ocupação mais recente. Normalmente, a proximidade com áreas centrais da cidade também implica em melhores condições de saneamento.


Fonte: FOLHA.COM - Cotidiano - 21/12/2011 - 10h00 - Internet: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1024310-falta-de-coleta-de-esgoto-e-principal-problema-em-favelas-diz-ibge.shtml

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