«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

''A Igreja está distante demais dos fiéis, mas os inovadores são maioria''

Entrevista com Hans Küng

Andrea Tarquini
La Repubblica
10-02-2014
Hans Küng - teólogo - em seu escritório

"Agora, o Papa Francisco pode apelar à resposta da maioria dos fiéis sobre questões tão importantes no debate com os reacionários da Cúria. O Papa Emérito Bento XVI escreveu há pouco para mim, eterno rebelde, uma carta afetuosa em que se compromete a apoiar Francisco, esperando em cada sucesso seu." Em suma, substancialmente, é quase como dizer que Francisco é como Gorbachev, o homem novo contra os ortodoxos, mas com as pessoas ao seu lado. Eis a voz de Hans Küng, máximo teólogo católico crítico vivo, sobre a pesquisa chocante publicada nesse domingo no jornal La Repubblica [veja abaixo, após esta entrevista] e sobre o seu efeito na Igreja.

Eis a entrevista.

Professor Küng, como você avalia a sondagem sobre os cristãos no mundo?

Hans Küng - Tomados conjuntamente e analisados, esses dados revelam a extraordinária discrepância entre os ensinamentos da Igreja sobre questões fundamentais, como a família, e, ao contrário, a visão real dos católicos no mundo.

Para você, entre os muitos resultados da sondagem, quais são os mais importantes?

Hans Küng - Para mim, o mais importante é a imensa maioria de consensos para o Papa Francisco: 87% dos católicos entrevistados em todo o mundo e 99% dos italianos estão de acordo com ele. É uma enorme manifestação de confiança para o Sumo Pontífice. Para mim, é um pequeno milagre, depois dos anos da crise de confiança que tinha investido contra a Igreja nos anos do Papa Bento XVI. Agora, em menos de um ano, o Papa Francisco conseguiu inverter a tendência dos sentimentos dos fiéis de todo o mundo.

E o Papa Emérito Bento XVI, a seu ver, ficará feliz ou triste com a resposta da sondagem?

Hans Küng - Naturalmente, ver esses resultados irá lhe entristecer, especialmente repensando hoje nos últimos meses vividos por ele como pontífice, no seu mandato. Mas, seguramente, ele irá se alegrar com o fato de que agora se segue em frente, e ele, a meu ver, pensa mais no destino da Igreja do que naquilo que diz respeito a ele mesmo.

É só uma suposição sua ou você pode provar sobre o que você diz sobre os sentimentos de Joseph Ratzinger neste momento?

Hans Küng - Eu acredito que explicarei melhor o pensamento de Bento XVI citando frases da sua recentíssima carta para mim.

Bento XVI lhe escreveu depois de anos de conflitos? E o que lhe escreveu?

Hans Küng - Bem, espere só um momento, deixe-me pegar aqui na minha escrivaninha lotada esse manuscrito com a carta da Santa Sé endereçada por ele, pessoalmente, da sua residência de papa emérito. Data: 24 de janeiro de 2014. Remetente: "Pontifex emeritus Benedictus XVI". "Sou grato por poder estar ligado por uma grande identidade de pontos de vista e por uma amizade de coração ao Papa Francisco. Hoje, vejo como minha única e última tarefa é apoiar o seu Pontificado na oração." Acredito que são palavras muito belas. Certamente, escritas antes da publicação da sondagem. Essa escolha de inclinação do Papa Emérito Bento XVI me convence ainda mais.

E o que significa a sondagem para os bispos e, em geral, para a hierarquia eclesiástica?

Hans Küng - Eu gostaria de distinguir três categorias de prelados. Para os bispos prontos para as reformas, e eles existem em todo o mundo, os resultados da sondagem significam um grande encorajamento: eles deverão se comprometer abertamente com as suas convicções e não ficar tímidos demais. Segundo, para os conservadores que têm as suas reservas: eles deveriam refletir sobre as suas reservas e deveriam ouvir os argumentos dos reformadores. Terceiro, para os bispos reacionários, presentes não só no Vaticano, mas em todo o mundo, eles deveriam abandonar a sua resistência obstinada e escolher a razoabilidade.

E o que significa a sondagem para a base, para os cristãos? Encorajamento à reforma a partir de dentro, como Gorbachev sonhou em vão para o socialismo real e o Império Soviético?

Hans Küng - É importante o sinal de que o movimento para a reforma dentro da Igreja tem do seu lado a grande maioria dos fiéis. O movimento de reforma é apoiado pela base – movimentos de reforma, como o Nós Somos Igreja – mais do que apareceu até agora, mais do que dentro da Igreja oficial. É um fato em nível internacional.

Professor, há décadas, você pede mudanças e aberturas na Igreja. Foi o primeiro e pagou as consequências por isso. Para você, essa sondagem é uma vitória, uma vitória amarga, ou outra coisa?

Hans Küng - Eu não me considero um vencedor, não liderei uma batalha por mim, mas sim pela Igreja. Evidentemente, eu tive muitas experiências amargas, mas é bom ver uma mudança na direção do Concílio Vaticano II. Eu tive a grande alegria de poder ver, ainda vivo, o sucesso das ideias de reforma da Igreja para a qual eu combati por tanto tempo, de poder ver o início da virada. Para mim, é um novo impulso vital, como diz Bento XVI, para este último trecho do percurso da vida que nós agora temos pela frente.

Que consequências o Papa Francisco deveria tirar dos resultados dessa sondagem?

Hans Küng - Se eu pudesse lhe dar um humilde conselho, ele deveria seguir em frente com coragem no caminho em que está encaminhado e não ter medo das consequências.

Concretamente, o que isso significa?

Hans Küng - Espero que ele use a arte da Distinção que ambos aprendemos na Pontifícia Universidade Gregoriana: 
  • onde há, segundo a sondagem, consenso na Comunidade eclesial, ele deveria propor uma solução positiva para o Sínodo. 
  • Onde há desacordo, ele deveria permitir e suscitar um livre debate na Igreja. 
  • Onde ele mesmo é de outra opinião com relação à maioria dos católicos, como sobre o sacerdócio para as mulheres, ele deveria nomear uma força-tarefa de teólogos e de outros cientistas, de homens e mulheres, para abordar o tema.
Tradução de  Moisés Sbardelotto.

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos - Notícias - Terça-feira, 11 de fevereiro de 2014 - Internet: clique aqui.
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TODOS OS "NÃOS" DOS CATÓLICOS
À MORAL DA IGREJA

Marco Ansaldo
La Repubblica
09-02-2014
Programa no qual foi exibido o resultado da pesquisa mundial

Os fiéis contra a doutrina oficial: a maior parte dos católicos de todo o mundo não compartilha as posições do Vaticano sobre questões decisivas para a família. E não é uma contradição. Por exemplo, em matéria de divórcio, aborto, contracepção. E não só. Mas a maior parte dos fiéis da Europa, da América Latina e dos Estados Unidos está em total desacordo com as políticas que não admitem o casamento dos padres ou o sacerdócio às mulheres.

Esses resultados surpreendentes surgem de uma pesquisa realizada pela Univisión, a principal TV dos Estados Unidos em língua espanhola, e pela empresa internacional de consultoria Bendixen & Amandi, que já trabalhou para as Nações Unidas, o Banco Mundial e a Casa Branca. Tomados em conjunto e analisados, esses dados revelam uma extraordinária discrepância entre os ensinamentos da Igreja sobre questões fundamentais como a família e, por outro lado, a visão real de um bilhão de católicos no mundo sobre elas.


Assista a um vídeo, em espanhol, relatando as reações e principais 
resultados dessa pesquisa. 
Clique aqui.

É, ou deveria ser, um sinal de alerta para o Vaticano. Porque o mais relevante é o fato de que gerações de jovens católicos têm sobre esse tipo de argumentos posições ainda mais radicais e contrárias à doutrina vista como tal. Com uma exceção. De fato, existe uma única área em que o sentimento público se mostra quase alinhado com os ensinamentos tradicionais, e é o casamento gay. Na realidade, com exceção dos Estados Unidos e da Espanha, a maioria dos católicos do mundo se opõe à união entre duas pessoas do mesmo sexo, com uma margem de 2 para 1.

Essa pesquisa antecipatória chega no ano em que, em outubro, no Vaticano, irá ocorrer o importante Sínodo sobre a família. Há poucos dias, o próprio Papa Francisco falou do núcleo familiar como "célula fundamental da sociedade". E, falando do novo pontífice, a pesquisa da B&A confirma o pleno sucesso que Francisco tem em escala internacional, há quase um ano da sua eleição no conclave de 13 de março de 2013. O grau de aprovação de Jorge Mario Bergoglio é muito alto: muito superior aos 80%, com sinais contrários apenas abaixo de 5%.

Ainda em outubro do ano passado, o Vaticano lançara a sua própria sondagem às dioceses do mundo inteiro, enviado para recolher informações e opiniões úteis para preparar os chamados "lineamenta" do Sínodo. Um desafio complexo, porque é uma tentativa de encontrar elementos de baixo para construir a Igreja de amanhã. Agora, lentamente, as primeiras respostas a essa pesquisa oficial começam a chegar.

Segundo informações do Sir (Serviço de Informação Religiosa) sobre essa ampla pesquisa vaticana, já se pode ler a exigência de uma Igreja "mais aberta", em que uma questão particularmente sentida, por exemplo, pelos católicos belgas, é a que "diz respeito às pessoas homossexuais e aos divorciados". Ou, na Conferência dos Bispos da Alemanha, a "exclusão dos divorciados em segunda união dos sacramentos" é percebida até mesmo como "uma discriminação injustificada e uma crueldade".

Como se vê, trata-se de elementos que coincidem com a detecção realizada pela B&A, cujo espírito é o de tentar antecipar, interpretar e compreender esses dados. Uma pesquisa realizada em 12 países que representam África, Ásia, Europa, América Latina e América do Norte. Para o Velho Continente, foram escolhidos França, Espanha, Polônia e Itália.

[...]

Tradução de Moisés Sbardelotto.

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos - Notícias - Terça-feira, 11 de fevereiro de 2014 - Internet: clique aqui.
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Isso é o que pensam os católicos sobre o aborto, mulheres no sacerdócio e uniões gay

El Tiempo
(Colômbia)
09-02-2014

Uma reveladora pesquisa realizada por Univisión, a maior cadeia de televisão dos Estados Unidos, concluiu que a maioria dos católicos do mundo não está de acordo com algumas das principais doutrinas da Igreja como o aborto, o uso de anticoncepcionais e a proibição da comunhão para os divorciados.

A pesquisa, realizada entre dezembro de 2013 e janeiro de 2014, com 12.038 fiéis de 12 países majoritariamente católicos, dos cinco continentes – entre eles a Colômbia -, e com uma margem de erro de 0,9%, adiantou-se em relação ao papa Francisco.

Em novembro do ano passado, o Pontífice argentino enviou um questionário a todos os bispos do mundo, para que perguntassem aos seus fiéis o que pensam sobre as uniões entre casais do mesmo sexo e sobre o ensino da Bíblia, entre outros temas pastorais. Os resultados desta consulta, também realizada na Colômbia – onde não foi divulgada – serão discutidos no próximo mês de outubro, por ocasião do Sínodo dos Bispos, onde serão debatidos diferentes aspectos sobre o futuro do catolicismo.

Comunhão para os divorciados

O documento demonstrou que 58% de consultados estão em discordância com a norma que estabelece que a pessoa que se divorciou e se casou novamente, fora da Igreja, vive em pecado e que, portanto, não pode receber a comunhão. A Europa é o local onde mais desaprovam esta medida (75%), seguida pela América Latina (67%).

Aborto

Também se perguntou sobre o aborto, um tema inegociável para a Igreja católica. Nesse quesito, 57% responderam que deveria se permitir apenas em alguns casos, como quando a vida da mãe ou do ente esteja em perigo; 8% acreditam que se deve permitir sempre e 33% expressaram que não deve nunca ser permitido.

A França é o país onde mais se concorda com o aborto – sempre e em alguns casos – (93%), seguida de Espanha (88%), Itália (83%) e Polônia (82%). Na América Latina, os que mais aprovam esta forma de interrupção da gravidez – sempre e alguns casos – são os brasileiros (81%); seguidos pelos argentinos (79%), mexicanos (73%) e colombianos (61%). Na Colômbia, 38% responderam que o aborto não deve ser permitido sob nenhuma circunstância.

Uso de anticoncepcionais

Sobre o uso dos anticonceptivos, outro tema vetado pela Igreja católica, a imensa maioria (78%) expressou concordar com o uso. Apenas 19% disseram ser contra esses métodos de planejamento. Inclusive, entre aqueles que participam com freqüência da Igreja, a porcentagem dos que concordam é majoritária (72%). E nove em cada dez daqueles que participam com pouca frequência da Igreja também aprovam.

Casamento dos sacerdotes

Também foi perguntado aos fiéis se acreditavam que os sacerdotes católicos deveriam se casar. E cinco em cada dez – o maior porcentagem nesta resposta – respondeu que sim. Sendo que 47% discordaram e 3% não responderam. É na Europa onde estão os que mais concordam que os sacerdotes tenham família (70%); na América Latina são 53%.

Casamento gay e mulheres com batina

A pesquisa também perguntou sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Neste ponto, os fiéis católicos foram majoritariamente contra (66%). Apenas 30% foram a favor das uniões gays. Os africanos são os que mais se opõem (99%), seguidos pelos asiáticos (84%). No caso dos latino-americanos, 57% rejeitaram o chamado ‘casamento gay’. Os Estados Unidos são o local onde mais aprovam (54%) esse tipo de casamento. Os consultados de estratos mais baixos (7 em cada 10) são os que mais rejeitam essas uniões.

No que diz respeito à eterna discussão sobre o sacerdócio para as mulheres, 51% responderam que elas também deveriam ser ordenadas. Já 45% rejeitaram a figura das mulheres nos altares do catolicismo e 4% não responderam.

A Europa é o continente onde mais querem ver as mulheres com batina (64%), seguida pela América do Norte (59%) e América Latina (49%).

Todos querem o papa Francisco

Outra das perguntas desta pesquisa foi sobre a gestão do papa Francisco, durante os primeiros dez meses de seu pontificado. Foram 41% os que a consideraram como ‘excelente’, ao passo que 46% disseram que era ‘boa’. Por fim, 5% disseram que era ‘medíocre’, e 1% que era ruim.

A popularidade do Papa argentino é parecida em todo o mundo, sendo majoritária na Europa (90%), seguida pela América do Norte (89%), América Latina (88%), África (85%) e Ásia-Pacífico (82%).

Tradução do Cepat.


Para ter acesso aos resultados completos dessa pesquisa, 
em língua espanhola e inglesa, clique aqui.
É possível baixar em formato PDF
os resultados da pesquisa. Clique aqui.


DIVORCIO
¿Está de acuerdo o en desacuerdo con la política de la Iglesia católica que establece que la persona que se ha divorciado y vuelto a casar fuera de la Iglesia vive en pecado y, por tanto, no puede recibir la Comunión?
EN DESACUERDO
DE ACUERDO
% GLOBAL
58
38
% POR REGIÓN
75
19
Europa
19
75
Africa
67
30
América Latina
59
32
Estados Unidos
46
50
Filipinas
MATRIMONIO
DE SACERDOTES
¿Cree que se debe permitir que los sacerdotes católicos se casen?
NO
% GLOBAL
50
47
% POR REGIÓN
70
25
Europa
28
70
Africa
53
44
América Latina
61
34
Estados Unidos
21
76
Filipinas
MUJERES
Y EL SACERDOCIO
¿Cree que la Iglesia católica deba permitir que las mujeres sean sacerdotes?
NO
% GLOBAL
45
51
% POR REGIÓN
64
30
Europa
18
80
Africa
49
47
América Latina
59
36
Estados Unidos
21
76
Filipinas
ABORTO
¿Cree que el aborto debe ser permitido siempre, sólo en algunos casos, como cuando la vida de la criatura o de la madre está en peligro, o que no debe permitirse nunca?
DEBE PERMITIRSE SIEMPRE
EN ALGUNOS CASOS
NO DEBE PERMITIRSE NUNCA
% GLOBAL
9
57
33
% POR REGIÓN
20
67
10
Europa
5
33
60
Africa
5
68
26
América Latina
10
66
21
Estados Unidos
2
26
72
Filipinas
ANTI-
CONCEPTIVOS
¿Está usted a favor o en contra del uso de los anticonceptivos?
A FAVOR
EN CONTRA
% GLOBAL
78
19
% POR REGIÓN
86
10
Europa
44
52
Africa
91
8
América Latina
79
15
Estados Unidos
31
68
Filipinas
MATRIMONIO
GAY
¿Usted está a favor o en contra del matrimonio entre dos personas del mismo sexo?
A FAVOR
EN CONTRA
% GLOBAL
30
66
% POR REGIÓN
38
56
Europa
1
99
Africa
37
57
América Latina
54
40
Estados Unidos
14
84
Filipinas
PAPA FRANCISCO
¿Cómo evaluaría el trabajo que el Papa Francisco ha estado desempeñando desde que fue elegido papa hace unos meses?
EXCELENTE O BUENO
MEDIOCRE O POBRE
% GLOBAL
87
6
% POR REGIÓN
89
3
Europa
85
4
Africa
88
9
América Latina
89
9
Estados Unidos
82
3
Filipinas


Fonte: Instituto Humanitas Unisinos - Notícias - Terça-feira, 11 de fevereiro de 2014 - Internet: clique aqui.

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