«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

ONU pede que Vaticano entregue às autoridades envolvidos em abusos

G1-São Paulo

Relatório faz duras críticas ao modo como Santa Sé lidou com pedofilia.
Comitê também quer que a Igreja abra arquivos sobre abusos do clero.
O embaixador do Vaticano na ONU, monsenhor Silvano Tomasi, à esquerda, 
fala com o ex-responsável por investigar abusos na Igreja Charles Scicluna, 
antes do início dos questionamentos, em 16 de janeiro, na Suíça 
 (Foto: Fabrice Coffrini/AFP)

 A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu nesta quarta-feira (5) que o Vaticano "afaste imediatamente" de seus cargos todos os clérigos responsáveis ou suspeitos de abuso de crianças, e os denuncie às autoridades civis, em um relatório sem precedentes feito sobre pedofilia na Igreja Católica.

O Comitê da ONU para os Direitos da Infância (CRC, na sigla em inglês) disse que a Santa Sé também deve entregar seus arquivos sobre abusos sexuais a dezenas de milhares de crianças para que os culpados e as pessoas ligadas aos crimes possam ser responsabilizados.

 "O comitê está gravemente preocupado pelo fato de que a Santa Sé não percebeu a extensão dos crimes cometidos, não tomou as medidas necessárias para lidar com casos de abuso sexual infantil nem para proteger essas crianças, e adotou políticas e práticas que levaram à continuidade dos abusos e à impunidade dos perpetradores [criminosos]", diz o documento.

O Vaticano disse nesta quarta que enfrenta os casos de pedofilia na Igreja Católica com uma "exigência de transparência", e a prova disso é que, nos próximos dias ou semanas, irá explicar o funcionamento da comissão criada para preveni-los.

O comitê da ONU acrescentou que a Igreja Católica ainda não tomou as medidas para evitar a repetição de casos como o escândalo das lavanderias da Irlanda, em que meninas foram colocadas arbitrariamente em condições de trabalho forçado, entre 1922 e 1996.

O órgão pediu uma investigação interna sobre o caso e situações semelhantes, para que os responsáveis possam ser processados e uma "compensação total" seja paga às vítimas e às suas famílias.

Uma comissão criada em dezembro de 2013 pelo Papa Francisco deveria investigar todos os casos de abuso sexual infantil, "assim como a conduta da hierarquia católica ao lidar com eles", aponta o texto da ONU.

Nos últimos anos, integrantes do clero envolvidos em abuso foram transferidos de paróquia a paróquia em seus países, "em uma tentativa de acobertar tais crimes", acrescenta o relatório.

"A prática da mobilidade dos criminosos, que tem permitido a muitos sacerdotes permanecer em contato com crianças e seguir abusando delas, continua expondo menores de muitos países a um alto risco de sofrer abusos sexuais", afirma o relatório.

"Devido ao código de silêncio imposto a todos os membros do clero, sob pena de excomunhão [expulsão da Igreja], casos de abuso sexual infantil dificilmente foram relatados às autoridades policiais nos países onde tais crimes ocorreram", diz o documento.

O Vaticano viola a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança ao não fazer o suficiente para erradicar os casos de pedofilia na Igreja, afirmou também nesta quarta a presidente do comitê.

"A resposta é sim, até agora tem violado a Convenção, porque não tem feito tudo o que deveriam para acabar com este problema", disse Kirsten Sandberg.

Sessão pública

 
Em uma sessão pública realizada no mês passado em Genebra, na Suíça, o comitê da ONU pressionou representantes do Vaticano a revelar o alcance dos casos de pedofilia nas últimas décadas dentro da Igreja.

Na ocasião, a delegação da Santa Sé respondeu a perguntas de 18 integrantes de diversas nacionalidades – pela primeira vez desde que o escândalo surgiu, há mais de duas décadas – e negou as acusações de que o Vaticano tenha acobertado os casos. Além disso, declarou que foram criadas diretrizes claras para proteger as crianças.

O Papa Francisco afirmou, à época, que os casos são motivo de "vergonha" para a Igreja.

Fonte: Portal G1 - Mundo - 05/02/2014 - 08h53 - Atualizado em 05/02/2014 às 10h23 - Internet: clique aqui.

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