«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

sexta-feira, 21 de março de 2014

A ÁGUA QUE TEMOS E QUANTO DELA NECESSITAREMOS

Qualidade da água é ruim ou péssima em 40% dos rios analisados
pela Fundação SOS Mata Atlântica
 
Rio Tietê - o mais poluído de São Paulo
Um levantamento com a medição da qualidade da água em 96 rios, córregos e lagos de 7 Estados brasileiros, o mais amplo até hoje coordenado pela Fundação SOS Mata Atlântica, revela que 40%  apresentam qualidade ruim ou péssima. Os dados, divulgados na semana em que se celebra o Dia da Água (22 de março), foram coletados entre março de 2013 e fevereiro de 2014 e incluem um levantamento inédito envolvendo as 32 Subprefeituras da cidade de São Paulo, além de 15 pontos do Rio de Janeiro. Veja a lista completa dos pontos analisados no relatório técnico, clicando aqui.

De acordo com os números consolidados: 
  • 87 pontos analisados (49%) tiveram sua qualidade da água considerada regular
  • 62 (35%) foram classificados como ruins
  • 9 (5%) apresentaram situação péssima
  • Apenas 19 (11%) dos rios e mananciais – todos localizados em áreas protegidas e que contam com matas ciliares preservadas – mostraram boa qualidade
  • E nenhum dos pontos analisados foi avaliado como ótimo.
 Segundo Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas da SOS Mata Atlântica, os melhores resultados foram obtidos em áreas protegidas, como alguns pontos da Bacia do Alto Tietê na Área de Proteção Ambiental (APA) Capivari-Monos e no Parque Várzeas do Tietê. Em Minas, foi encontrada água com qualidade boa em Extrema, na APA Fernão Dias. E no Espírito Santo, também foi observada água com qualidade boa no município de Santa Teresa, conhecido como Santuário Capixaba da Mata Atlântica, que possui ricos ambientes biológicos como as Reservas de Santa Lúcia e Augusto Ruschi.

“A maioria dos pontos que apresentaram boas condições estavam em Unidades de Conservação, como parques ou reservas, ou em locais em que a mata ciliar foi recuperada. Em 6 pontos monitorados, nos Córregos São José e da Concórdia e no Rio Ingazinho, na Bacia do Rio Piraí (SP), notamos na prática a importância de recuperar a floresta – após um reflorestamento a qualidade da água passou de regular a boa. Isso comprova que para garantir água em qualidade e quantidade é preciso recompor matas ciliares e manter as florestas”, afirma a coordenadora do estudo.

as principais fontes de poluição e contaminação, segundo ela, são decorrentes: 
  • da falta de tratamento de esgotos domésticos
  • de produtos químicos lançados nas redes públicas
  • da poluição difusa proveniente do lixo e resíduos sólidos descartados de forma inadequada nas cidades, além 
  • do desmatamento
  • do uso de defensivos e fertilizantes nas zonas rurais
“Os piores índices estão em áreas densamente urbanizadas”, explica Malu Ribeiro.
 O pior desempenho de pontos próximos a grandes adensamentos urbanos fica evidente em um recorte que reúne as 34 coletas feitas pela equipe da SOS Mata Atlântica nas 32 Subprefeituras da cidade de São Paulo. O levantamento inédito, realizado durante o mês de fevereiro de 2014, apresentou os seguintes resultados:


Já os 15 pontos de coleta analisados na cidade do Rio de Janeiro durante todo o mês de fevereiro de 2014, em locais menos impactados pela urbanização, obtiveram um desempenho mediano, sem nenhum resultado péssimo, bom ou ótimo:
 
Outro dado relevante no levantamento feito pela SOS Mata Atlântica é uma comparação de 88 pontos de 34 cidades nos Estados de SP e MG que haviam sido monitorados em 2010, na qual foi possível perceber que a quantidade de corpos hídricos em péssimo estado caiu de 15 para 7, enquanto o número de rios em situação ruim subiu de 18 para 29 e os rios em boas condições subiram de 5 para 15. “Costumamos dizer que em São Paulo os rios estão saindo da UTI. A situação ainda é preocupante e requer investimentos em saneamento e planejamento urbano. No caso de Minas, os pagamentos por feitos aos proprietários de terra que preservam matas ciliares ajudou a manter a boa qualidade nos períodos de seca”, diz Malu. Veja os dados completos no relatório, clicando aqui.


Segundo os técnicos, um dos destaques positivos foi a cidade de Salto, no interior paulista, onde o ponto de captação saiu do regular (quase ruim) para bom, após ter sido realizado um programa de três anos de restauração florestal. Já o Rio Tamanduateí, que em 2010 esboçava uma recuperação após uma série de medidas de tratamento de esgoto, manteve qualidade péssima após uma nova onda de ocupações irregulares. “A solução não é apenas coletar e tratar esgoto, é preciso conscientização da população e bons planos diretores”, afirma Malu Ribeiro.

Metodologia

A coleta para os estudos é realizada por meio de um kit desenvolvido pelo programa Rede das Águas, da SOS Mata Atlântica, que possibilita a avaliação dos rios a partir de um total de 16 parâmetros, que incluem: 
  • níveis de oxigênio
  • fósforo
  • PH
  • odor
  • aspectos visuais, entre outros. 
O kit classifica a qualidade das águas em cinco níveis de pontuação, de acordo com a legislação: péssimo (de 14 a 20 pontos), ruim (de 21 a 26 pontos), regular (de 27 a 35 pontos), bom (de 36 a 40 pontos) e ótimo (acima de 40 pontos).

Os projetos da Fundação SOS Mata Atlântica para a coleta de rios, córregos e lagos em Estados com o bioma Mata Atlântica estão abertos à população em geral. Os interessados em acompanhar a qualidade dos rios locais podem participar dos grupos de monitoramento já existentes ou ajudar a criar novos grupos em rios próximos a escolas, igrejas e outros centros comunitários. Os grupos fazem a medição uma vez por mês e enviam os resultados pela internet.

Relatório técnico

Detalhes sobre os resultados, tabelas, gráficos e análises estão disponíveis no relatório técnico produzido pela Fundação. Para acessá-lo, clique aqui.

Fonte: EcoDebate - Cidadania & Meio Ambiente - 20/03/2014 - Internet: clique aqui. 
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População mundial vai precisar de 40% a mais de água em 2030,
diz relatório da ONU

Andreia Verdélio
Agência Brasil

Na semana em que se comemora o Dia Mundial da Água (22 de março), a Organização das Nações Unidas (ONU) prevê que, em 2030, a população global vai necessitar de 35% a mais de alimento, 40% a mais de água e 50% a mais de energia. Neste ano, as celebrações giram em torno do tema Água e Energia e a relação arraigada entre esses dois elementos foi destaque na reunião da ONU, em Tóquio, para celebrar o dia.

Água e energia estão entre os desafios globais mais iminentes, segundo o secretário-geral da Organização Meteorológica Global e membro da ONU-Água, Michel Jarraud, em nota divulgada pela organização.
Michel Jarraud - Secretário-Geral da Organização Meteorológica Global
Atualmente, 768 milhões de pessoas não têm acesso à água tratada, 2,5 bilhões não melhoraram suas condições sanitárias e 1,3 bilhão não têm acesso à eletricidade, de acordo com a ONU.

A situação é considerada inaceitável por Jarraud. Segundo ele, outro agravante é que as pessoas que não têm acesso à água tratada e a condições de saneamento são, na maioria das vezes, as mesmas que não têm acesso à energia elétrica.

O Relatório Global sobre Desenvolvimento e Água 2014, de autoria da ONU-Água, reforça a necessidade de políticas e marcos regulatórios que reconheçam e integrem abordagens sobre prioridades nas áreas de água e energia.

O documento destaca como assuntos relacionados à água impactam no campo da energia e vice-versa. Um dos exemplos citados lembra que a seca diminui a produção de energia, enquanto a falta de acesso à energia elétrica limita as possibilidades de irrigação.

Ainda de acordo com o relatório, 75% de todo o consumo industrial de água é direcionado para a produção de energia elétrica.

Energia e água estão no topo da agenda global de desenvolvimento, segundo o reitor da Universidade das Nações Unidas, David Malone, que este ano é o coordenador do Dia Mundial da Água em nome da ONU-Água, juntamente com a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido).

O diretor-geral da Unido, Li Yong, destacou a importância da água e da energia para um desenvolvimento industrial inclusivo e sustentável. “Há um forte clamor hoje para a integração da dimensão econômica e o papel desempenhado pela indústria das manufaturas em particular, na direção das prioridades de desenvolvimento pós?2015. A experiência mostra que intervenções ambientalmente saudáveis nas indústrias de transformação podem ser altamente efetivas e reduzir significativamente a degradação ambiental. Eu estou convencido que um desenvolvimento industrial inclusivo e sustentável será um elemento chave para uma integração bem sucedida das dimensões econômica, social e ambiental,” declarou Li, em nota da ONU.

O Dia Mundial da Água foi instituído em 1992. Desde a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Eco-92, a data é referência para as discussões em busca de soluções para os conflitos existentes entre oferta e demanda de água ao redor do mundo.

Fonte: EcoDebate – Cidadania & Meio Ambiente – 21 de março de 2014 – Internet: clique aqui. 

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