«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

domingo, 1 de setembro de 2019

22° Domingo do Tempo Comum – Ano C – Homilia

Evangelho: Lucas 14,1.7-14

Para ouvir a proclamação deste Santo Evangelho, clique aqui.

José María Castillo
Teólogo católico espanhol
 Resultado de imagem para Jesus à mesa da refeição
Jesus quer uma sociedade igualitária

O ato de comer em comum, o symposio [em grego], nas culturas antigas tinha uma importância que hoje, em boa parte, perdeu-se. A comida compartilhada era um acontecimento de integração social. De modo que, o principal não era nem o sagrado, nem o profano do banquete, mas a função integradora na sociedade antiga, na qual se combinava a experiência da mesa compartilhada como ato de integração na sociedade e também de participação em um acontecimento sagrado.

Porém, também é certo que a categoria social de cada um dos comensais se refletia na postura e no lugar que ocupava no banquete. Até o ponto que as pessoas de classe superior comiam recostadas em divãs, enquanto que os escravos e os pobres comiam de pé ou no solo. É fundamental saber isso. Especialmente, se levamos em conta que «a grande maioria das pessoas que vivia no Império Romano era pobre».

Por isso, compreende-se a importância que têm, nos evangelhos, as refeições de Jesus com toda classe de pessoas. E se compreende, também, o cuidado especial que Jesus tinha com as refeições compartilhadas para que se celebrassem como devia ser, dado o poder que tinham de integrar as pessoas em uma determinada ordem social.

Contudo, Jesus não tolerava, justamente por isso, as pretensões de importância e honra que mostravam os fariseus, ao querer ser sempre os primeiros. Eles se consideravam os primeiros, na «ordem do religioso», e empenhavam-se em deixar isso claro igualmente na «ordem do secular».

O projeto de Jesus foi, entre outras coisas, acabar com a sociedade desigual. E, para isso, viu claramente que o mais eficaz era cortar pela raiz com a estratificação de «seletos» e «plebeus» que sempre se fez. Por isso, o empenho de Jesus em colocar «os últimos» no lugar dos «primeiros». E ao inverso.

A mesma coisa deve-se dizer quando se trata das categorias sociais de ricos e pobres. O que Jesus quer é que nossa tendência seja colocar no lugar principal aos últimos e aos pobres. Se fizermos isso, estaremos dando um passo decisivo para o êxito de uma sociedade igualitária, na qual todos sejamos irmãos, humanos, boa gente de verdade.

Traduzido do espanhol por Pe. Telmo José Amaral de Figueiredo.

Fonte: CASTILLO, José María. La religión de Jesús: comentario al Evangelio diario – Ciclo C (2018-2019). Bilbao: Desclée De Brouwer, 2018, páginas 331-332.

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